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Idosos de Hortolândia são batizados em Capoeira Adaptada

Idosos de Hortolândia são batizados em Capoeira Adaptada

Membros da Melhor idade dos CCMIs do Remanso Campineiro e Jd. Amanda receberam cordão verde

Gingado e palmas ritmadas ao som do berimbau e do atabaque. A manhã desta sexta-feira (08/12) simbolizou o batizado em capoeira adaptada de 50 idosos inscritos nos CCMIs (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso Campineiro e do Jd. Amanda. Além dos certificados, os membros da melhor idade receberam um cordão da cor verde, que representa o primeiro nível de graduação na arte marcial. O batizado dos idosos na modalidade esportiva é uma iniciativa da Secretaria de Governo com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer.

A capoeira adaptada ao público da melhor idade é uma atividade regular que acontece semanalmente nas duas unidades do CCMI, em Hortolândia. O objetivo da prática esportiva é adaptar movimentos da capoeira para que sejam exequíveis aos idosos. A atividade também tem o propósito de apresentar elementos representativos da expressão cultural brasileira, já que a arte marcial está associada à cultura popular, dança, música e ao esporte.

Responsável por ministrar as aulas semanais nos CCMIs, o mestre de capoeira, Ari Silva, explica como funciona a dinâmica com os idosos. “A capoeira adaptada visa uma preocupação maior com a parte física, respeitando a limitações de cada um. Os exercícios são mais voltados para o alongamento, movimentos que não trazem risco de lesão, que estimulam a movimentação. A participação dos idosos nas aulas é muito satisfatória, pois eles são muito dedicados. Eu saio sempre muito renovado com a energia deles”, declara Mestre Ari.

Entre movimentos alternados de pernas e braços, os idosos gingavam enquanto aguardavam o momento em que receberiam o cordão verde, que simboliza a primeira graduação na arte da capoeira. Nair Pedroso é uma das idosas praticantes da arte marcial. “A capoeira me ajuda a ser mais leve, ter mais movimentação, coordenação motora. Eu gosto do gingado, da música, do ritmo”, comentou a moradora do Remanso Campineiro.

Acompanhada das amigas, Benedita de Jesus Lopes elenca os benefícios em praticar o esporte. “Já faz um ano que treino capoeira. Eu aprendi muita coisa, a movimentar o corpo, a me exercitar. É muito bom para a saúde, me ajuda aliviar dores na coluna”, revelou a moradora do Jd. Amanda II.

A psicóloga e coordenadora do CCMI Remanso, Fernanda Fadiga, associa a prática esportiva ao empoderamento da pessoa idosa. “Esse tipo de atividade melhora a autoestima dos idosos, pois reforça a crença de que eles são capazes de realizar qualquer atividade a que se propuserem. A tomada de decisão na capoeira estimula valores como perseverança, dedicação e disciplina. Tudo isso leva a uma melhor qualidade de vida e, também, traz benefícios ao corpo, já que eles treinam alongamento e elasticidade”, afirma Fernanda, ao revelar que o batizado era um sonho entre os participantes mais antigos.

Além de praticarem a capoeira como atividade esportiva, os idosos cadastrados no CCMI Remanso participaram, em novembro deste ano, de uma oficina de capoterapia, atividade integrativa que utiliza elementos da arte marcial. A prática, voltada ao público da melhor idade, consiste em promover dinâmicas em grupo, para estimular a memória dos idosos por meio da contação de história, cantigas e resgate de elementos do folclore brasileiro.

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