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Prefeitura busca levar projeto Hortas Educativas a toda rede municipal

Prefeitura busca levar projeto Hortas Educativas a toda rede municipal

Informação foi divulgada pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, nesta quinta-feira (21/06), durante lançamento do projeto, em parceria com o Fundo de Solidariedade, na Emef Dayla Amorim, no Jd. Sumarezinho

 

“A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas mudam o mundo. Sejamos, pois, as sementes do amanhã”. Inspirado no pedagogo Paulo Freire, patrono da Educação no Brasil, o painel anuncia à comunidade escolar os objetivos do projeto Hortas Educativas, que a Prefeitura implanta, em parceria com o Funsol (Fundo Social de Solidariedade de Hortolândia), a partir desta quinta-feira (21/06), na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Dayla Cristina Souza de Amorim, no Jd. Santiago. 

Durante a cerimônia, a diretora do Departamento de Ensino Fundamental, Roberta Morais Diniz, solicitou à representante do Fussesp (Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo), entidade idealizadora do projeto, a ampliação das hortas educativas a todas as unidades da rede, em 2019. Receptiva à proposta, a técnica Luanne Santos, representante da primeira-dama e presidente do Fussesp, Lúcia França, orientou aos gestores da Educação que formalizassem o pedido ao Fundo Social. Atualmente, duas das 58 escolas municipais já desenvolvem o projeto: além da Emef Dayla Amorim, a Emef Janilde Flores, na Vila Real. A iniciativa beneficia, inicialmente, cerca de 850 alunos do 1o ao 4o ano do Ensino Fundamental.

“É um projeto muito importante, de reeducação alimentar e de consciência ambiental”, ressaltou Roberta, apresentando à comunidade escolar o material didático de apoio. São quatro cadernos impressos: um para o aluno, um para a família, um para o educador e outro para o cuidador da horta. Enquanto o do estudante será usado como uma espécie de agenda para registro periódico das atividades nos canteiros, o da família apresenta aos pais o projeto e traz receitas saudáveis, de baixo custo, como creme de milho, panquecas, biscoitos, cuscuz de legumes e verduras e suflê de legumes. Uma das propostas do projeto é que o conhecimento sobre ecologia, nutrição e alimentação saudável, obtido na lida com a horta, chegue também à casa dos alunos e seja partilhado com a família e outros membros da comunidade. “Queremos que as crianças saibam de onde vem o alimento que comem em casa e na escola. Além disso, terão a responsabilidade de que a horta depende delas para vingar”, explica Luanne.

Para o vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Nazareno Zezé Gomes, que representou o prefeito Angelo Perugini, na cerimônia, o projeto está alinhado com as demais ações de educação ambiental que a Prefeitura executa na cidade, como a coleta seletiva do programa Agenda Verde – Mutirão de Limpeza e Zeladoria e as hortas comunitárias do Viva Mais. “É uma realização quando o trabalho é feito com muitas mãos. Assim, podemos fazer para além da escola. Vai também para dentro das casas. Afinal, com o que aprendem aqui, vocês podem fazer em casa também a hortinha, usar garrafas pets em hortas verticais”, sugeriu o secretário. Zezé ressaltou a importância de a comunidade contribuir com a coleta seletiva na cidade. “É preciso parar de jogar lixo em áreas públicas. A Prefeitura faz um grande esforço para limpar toda a cidade. Isso traz resultados na saúde das pessoas, desafoga os postos de saúde”, avaliou.

A exemplo do que ocorreu na Emef Janilde, a equipe de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente reforçou as palavras de Zezé, sensibilizando de maneira lúdica as crianças quanto aos cuidados necessários ao meio ambiente. Vivenciado pelo coordenador da equipe, Ricardo Zanoni, o palhaço “Natureza” arrancou muitos risos dos pequeninos ao falar sobre a importância do descarte correto de resíduos recicláveis na cidade. 

 

Conheça o projeto

Nas hortas, os estudantes plantarão verduras e legumes, tais como alface lisa e americana, couve manteiga, rúcula, cebolinha, salsinha, chicória, cenoura, abobrinha, rabanete e beterraba. A cada etapa, os pequenos aprendizes receberão apoio e orientação da equipe técnica multiprofissional, formada por engenheira agrícola, nutricionista, enfermeira e educadores, todos servidores municipais das secretarias integrantes: Saúde; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação, Ciência e Tecnologia. Sementes, pás, enxadas, mangueiras, regadores, bacias, carriolas, bandeja de sementeiras, assim como outros insumos necessários à implantação das hortas, foram fornecidos pelo Funsol/Fussesp.

As ações na horta se estendem por um ano, com visitas semanais ao local por parte dos alunos envolvidos no projeto. Cada turma semeará e cuidará de um pedacinho do canteiro. Na Emef Janilde, são 470 estudantes; na Emef Dayla, a ação envolverá  374, do 1o ao 4o ano. 

“O projeto da Horta Educativa é muito importante, principalmente porque envolve toda a comunidade escolar. Temos que incentivar e ensinar, desde a infância, os benefícios da alimentação saudável, pois é assim que podemos prevenir a obesidade e consequências precoces da má alimentação. Os nossos alunos vão ter a oportunidade plantar, aprender sobre sementes, adubos e muito mais. Além de eles serem multiplicadores, vão ter a oportunidade de continuar as atividades em casa, com os pais e familiares”, afirma a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Alessandra Amora Barchini.

Participação

Segundo a coordenadora pedagógica Juliana Santos Borelli, responsável pelo projeto-piloto, as hortas educativas serão um instrumento de educação ambiental e alimentar, aplicado de forma interdisciplinar e vivenciada. Entre os objetivos específicos do projeto estão os de sensibilizar os participantes quanto à importância da boa alimentação para um crescimento saudável e criar uma atitude positiva diante da natureza e dos alimentos oriundos do ecossistema de cada região. 

Para a dona de casa Juliana Albino da Silva, mãe de Natália, de 10 anos, e de Amanda, de 4 anos, estudantes da rede municipal, o projeto é muito bem-vindo. “Elas comem bem frutas e salada. Temos horta em casa, com alface, cebolinha e alguns chás (cidreira, hortelã e gengibre) e elas me ajudam. Mas é bom ter o projeto na escola, porque as crianças vão aprender mais. Vão aprender a fazer a horta na escola e é para elas mesmas”, afirma. Patrícia Ferreira, mãe de Bruno, de 1 ano, e de Beatriz, de 8 anos, aluna do 3o ano, também aprovou a iniciativa. “É muito bom. Ela acompanha a horta na casa da avó e também planta. Agora, vai poder plantar na escola. É ótimo”, comenta a dona de casa.

Entre os primeiros a participar do plantio na escola estão os estudantes Natália Borges da Silva e Nauã Pablo Bertoldo da Silva, ambos de 10 anos. “É legal plantar estas coisas. Em casa, temos cebolinha, acerola e mexerica”, diz a menina. Quando morava em São Paulo, Nauã tinha horta em casa. Agora, ainda não. Mas está feliz em poder participar do projeto na escola. “Gosto muito de frutas. Mas é bom cuidar dos legumes também”, afirma o garoto.

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