Circo-teatro do grupo Chico Pepeu divertiu os idosos do CCMI Remanso 

Um dia para relembrar a juventude e se divertir com uma típica história da roça. Assim foi a manhã desta quinta-feira (04/04) para os idosos inscritos no CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) Remanso, órgão vinculado à Secretaria de Governo, durante a exibição do projeto circense itinerante “Circo-Teatro: Eu Fui”, de autoria do grupo Chico Pepeu Produções Artísticas. A atividade cultural contou com o apoio da Secretaria de Cultura.

Inspirada em piadas de duplos sentidos, em figurinos caricatos e nas peripécias de palhaços caipiras que marcaram uma geração, como Casquinha, Barnabé e Mazzaropi, a peça teatral “Circo-Teatro: Eu fui” narra a história de um pai ciumento e controlador, o Tonho, que morre de ciúmes da filha Rosinha, sua única companhia na humilde casa onde vivem.

Do café da manhã simples ao rádio que toca clássicos da música sertaneja raiz, como “Velha Porteira”, de Lourenço & Lourival, o cotidiano pacato de pai e filha começa a mudar quando um terceiro personagem surge na história: Nénzinho é um homem apaixonado e um tanto atrapalhado, que sonha em se casar com Rosinha, mas que não encontra a coragem necessária para pedir a mão da jovem em casamento.

O clímax do enredo explora as tentativas de Rosinha em esconder Nénzinho, já que seu pai, Tonho, não tolera a presença de outro homem na casa. E para isso, vale de tudo, desde cenas de esconderijo, enganação bem frente aos olhos e Nénzinho se passando por sombra de Tonho e, até mesmo, por santo. 

Para o criador do grupo e diretor da peça teatral, Chico Pepeu, o espetáculo busca trabalhar com a memória do público. “Esta peça é para retratar o circo antigo, o chamado circo-teatro. Esses dramas eram comuns na década de 1970, por isso é destinado ao público da melhor idade, que se lembra da época em que frequentavam os circos”, explica. 

Durante a encenação, o protagonista quebra, em vários momentos, a quarta parede, improvisando diálogos com a plateia. “É muito satisfatório se apresentar para o público da melhor idade de Hortolândia. Nós percebemos, em visita a outras cidades, que não há a mesma estrutura e ações voltadas ao idosos. Nós buscamos despertar nos idosos a vontade de atuar”, comenta Chico Pepeu.

A atriz Priscila Martins dá vida à personagem Rosinha. A artista comenta sobre a troca entre público e atores. “É maravilhoso ver os idosos resgatarem por meio da comédia, do circo-teatro, os momentos que eles viveram na juventude. Durante a apresentação, conseguimos perceber que eles têm essa nostalgia aflorada”, afirma.

Um dos idosos que se viu encantado pelo resgate da memória foi o membro do CCMI Remanso, Manoel Pereira de Souza. “O rádio me faz lembrar do tempo em que eu morava no sítio. Eu também me lembro das cartas de namoro. Eu cheguei a fazer isso”, revela.

Para o ator Pedro França, o Nénzinho, a interação com os idosos foi muito positiva. “Eu atuo há quinze anos, mas essa está sendo uma experiência nova para mim, já que estou acostumado a atuar para o público infantil. É muito bom receber essa energia alegre e feliz. É um prazer enorme fazer esse tipo de espetáculo para a melhor idade”, declara o ator.

A psicóloga e coordenadora do CCMI Remanso, Fernanda Fadiga, esclarece que a atração artística tem por objetivo complementar as diversas atividades ofertadas ao público da melhor idade. “Rir também é um santo remédio, faz bem para o corpo e para a alma. Este tipo de atividade transmite a mensagem de que rir das coisas e rir de si mesmo faz uma diferença muito grande, pois nos ajuda a, naturalmente, não dar tanto peso para nossos problemas”, encerra Fernanda Fadiga.

FICHA TÉCNICA

“Circo-Teatro: Eu Fui!”

Realização: Secretaria de Governo e Secretaria de Cultura

Elenco: Chico Pepeu, Pedro França e Priscila Martins

Direção Artística: Chico Pepeu

Produção: Chico Pepeu Produções Artísticas

Sonoplastia e Iluminação: Pietro Wallace

Videomaker: Rafael Morales

Duração: 50 minutos

Classificação: Livre

Prefeitura realizou vacinação contra a doença para usuários da unidade do Remanso Campineiro, na manhã desta segunda-feira (01/04)

A vacina contra a gripe funciona. A pessoa imunizada com ela pode contrair a doença, mas os sintomas são mais brandos. Essa foi a opinião expressa por idosos do CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso Campineiro. Eles compareceram à vacinação contra a gripe, realizada pela Prefeitura de Hortolândia no próprio centro, na manhã desta segunda-feira (01/04). De acordo com a Secretaria de Saúde, 103 usuários do órgão foram vacinados contra a gripe. 

A primeira pessoa da fila a ser imunizada foi Izaura Pereira Nunes, de 61 anos. A idosa, que tem sinusite, conta que já faz anos que toma a vacina contra a gripe. Antes disso, ela contraia a doença com frequência. “Por causa da sinusite, eu pegava gripe a ponto de ficar com o nariz pingando. No mínimo, era uma vez por mês. Os sintomas eram fortes. Cheguei a ficar de cama, fazer inalação e tomar antibiótico”, relatou a idosa.   

Ao estar imunizada, dona Izaura destaca que a doença não a acomete mais com tanta frequência. “É importante ser vacinado para você se precaver contra a gripe. Se a doença atacar, os sintomas são mais leves. Ao receber a vacina, eu também protejo as pessoas que estão a minha volta”, ressaltou a idosa.    

Quem também aguardava sua vez na fila era Tomaz Zandona, de 76 anos. O idoso também ressaltou a eficácia da vacina. “Ah, já tem uns 10 anos que eu tomo a vacina. Antes de receber a vacina, eu tinha que ficar dias em casa, e com isso não ia ao trabalho. Ao tomar a vacina, mesmo que você pegue gripe, os sintomas são bem mais leves”, contou o idoso. 

Antes da vacinação, a Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria de Saúde, ministrou uma palestra sobre gripe, COVID-19 e as respectivas vacinas para cerca de 200 idosos cadastrados do CCMI, que lotaram o salão do prédio do órgão no bairro Remanso Campineiro. A palestra integra o projeto Saúde até você, que a Prefeitura iniciou no órgão, no mês passado. 

MAIOR GRAVIDADE 

A Prefeitura de Hortolândia iniciou a campanha de vacinação contra a gripe na segunda-feira passada. A campanha é realizada nas 17 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município, das 8h às 15h30. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, nos primeiros três dias da campanha foram aplicadas mais de 3.400 doses da vacina. Em Hortolândia, a semana passada foi curta por causa do feriado prolongado da Sexta-Feira Santa e da Páscoa. 

Um dos públicos prioritários da campanha deste ano são os idosos acima de 60 anos. A coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde, Ana Paula Fernandes, alerta a importância dos idosos se imunizarem contra a doença. Em razão da idade, os idosos estão sujeitos a sofrer com maior gravidade os sintomas da gripe. 

“A vacina é uma prevenção para evitar a internação do idoso por causa da pneumonia. A pneumonia é o quadro mais grave da gripe”, alerta Ana Paula. A coordenadora salienta ainda que os idosos com comorbidade devem se vacinar a fim de evitar que a gripe agrave a doença crônica que eles já têm.

Atividade compõe o calendário oficial do CCMI Remanso; Expectativa para este ano é superar o número de participantes da edição anterior

Uma noite para ficar na memória. Idosos inscritos no CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso participam, nesta sexta-feira (26/01), da 2ª Edição da Festa do Pijama. O evento, organizado pelo órgão vinculado à Secretaria de Governo, integra a programação de férias da Melhor Idade de Hortolândia.

Assim como a primeira edição, a Festa do Pijama deste ano promete agitar a Melhor Idade de Hortolândia com uma série de atividades. O cronograma prevê a chegada dos idosos a partir das 17h, com início das atividades às 18h. Entre as brincadeiras programadas, estão a dança das cadeiras, batata quente, karaokê, corrida do ovo, jogo de baralhos, entre outros. A novidade deste ano é a organização de uma roda de conversas para contação de histórias e causos folclóricos, uma sugestão que partiu dos idosos. 

De acordo com a psicóloga e coordenadora do CCMI Remanso, Fernanda Fadiga, a organização da Festa do Pijama surgiu de um pedido dos próprios idosos. Ainda segundo a coordenação do órgão, mais de 50 idosos já confirmaram presença na Festa do Pijama desta sexta-feira (26/01), número que supera o público de 36 idosos que compareceram no ano passado.

A idosa cadastrada no CCMI Remanso, Maria Cândida Tangerino, não esconde a animação em participar pela primeira vez da Festa do Pijama. “Eu já estou com minha mala pronta. Já organizei pijama, escova de dente, pasta, toalha. No ano passado eu não participei, então estou muito animada. Estou acostumada a dormir cedo, às 7h. Esta será uma oportunidade para relembrar os tempos da juventude, quando eu amanhecia nos forrós”, revela a moradora do Remanso Campineiro, inscrita no CCMI há dez anos.

Já a moradora do Campos Verdes, Dalzi Alves da Silva, gostou tanto da primeira edição que antecipou os preparativos para a festa. “Eu estava esperando pela Festa do Pijama desde novembro do ano passado. Até comprei um pijama novo e um colchonete. Eu insisto para os colegas que não participaram da primeira festa a ir neste ano. É uma noite descontraída, com muita brincadeira. As atividades são muito boas, porque nos lembram as brincadeiras de adolescentes. A gente dá muita risada e se diverte. Eu nunca tinha participado de uma festa do pijama quando era jovem, então eu não posso perder”, declara Dalzi.

Para participar da Festa do Pijama, a coordenação do CCMI Remanso orienta aos idosos participantes do grupo da Melhor Idade a trazer colchão, travesseiro, cobertor, lençol, toalha de rosto, pijama comportado, escova e pasta de dente, escova ou pente de cabelo, remédios de uso contínuo, chinelo, carregador de celular, desodorante e lenço umedecido.

Programação de final de ano organizada pelo CCMI Remanso inclui atividades culturais nesta quarta-feira (13/12) e entrega do Prêmio Melhores do Ano na quinta (14/12)

O contato com a natureza aliado aos exercícios físicos e à integração social entre os idosos. Esse foi o propósito do festival de atividades físicas promovido, nesta terça-feira (12/12), pelo CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso Campineiro, órgão vinculado à Secretaria de Governo. O encontro ao livre foi organizado no Parque Socioambiental Chico Mendes, na região central.

Durante a atividade, os membros da Melhor Idade praticaram exercícios físicos diversos enquanto contemplavam as belezas naturais do parque Chico Mendes. O encontro promoveu dinâmicas em grupo para a realização de aulas que compõem o calendário regular de atividades promovidas pelo CCMI. Os membros da Melhor Idade se divertiram com os alongamentos do Lian Gong, com os golpes do Boxe e capoeira adaptados e com os exercícios de ginástica. Ao final das atividades, os idosos participaram de um piquenique de frutas.

A psicóloga e coordenadora do CCMI Remanso, Fernanda Fadiga, explica que o encontro promovido no Parque Socioambiental buscou oferecer uma experiência diferente aos idosos. “Um dos objetivos era mudar um pouco a rotina. Eu acho que esse momento de se conectar com a natureza e fazer atividades ao ar livre traz muitos benefícios. Essas atividades estão relacionadas com os pilares em busca da qualidade de vida. A promoção de exercícios físicos, relacionamentos com os amigos, alimentação saudável e contato com a natureza buscam atingir um equilíbrio”, avalia Fernanda Fadiga. 

A prática do Liang Gong não é novidade para os idosos cadastrados no CCMI, já que as aulas da ginástica chinesa são promovidas semanalmente. Ao mesclar movimentos de alongamento com movimentos de tração, o Lian Gong trabalha a musculatura, articulações e tendões do corpo todo, oferecendo benefícios para a saúde, como confirma a moradora do Vila Real, Maria Efigênia de Assis. “Eu pratico Lian Gong há 16 anos. Eu tinha um problema na coluna, mas, depois que comecei a praticar, melhorou bastante. Eu não consigo ficar sem”, comenta Maria Efigênia, uma das idosas que há mais tempo frequentam o CCMI Remanso.

As atividades promovidas pelo CCMI Remanso no Parque Socioambiental Chico Mendes animaram tanto os membros mais antigos quanto os idosos recém-inscritos no órgão. É o caso do morador do Remanso Campineiro, Josias Cláudio do Carmo, que começou a frequentar o CCMI em junho deste ano. “Eu gostei dessa atividade porque é em ambiente aberto, com bastante espaço e sombra. Tem bastante gente. Essas atividades me ajudam a cuidar da saúde”, revela Josias.

Além das atividades físicas, a programação de final de ano do CCMI Remanso contará com atividades culturais, que serão promovidas nesta quarta-feira (13/12). O evento apresentará ao público da melhor idade atividades de teatro, dança, música e uma apresentação do Grupo de Viola orquestrado pelo Mestre Chiquinho. Já na quinta-feira (14/12), os idosos do CCMI participarão do Prêmio “Melhores dos Ano 2023”, que entregará prêmios nas categorias “Professores”, “Funcionários”, “Aulas” e “Eventos”.

Equipes do projeto “Gen-t do Brasil” iniciarão cadastros dos voluntários nos dias 4 e 5 dezembro; coletas serão realizadas entre os dias 6 a 9

Que tal realizar exames de sangue de rotina e, ainda, contribuir para um estudo de mapeamento genético da população brasileira? Esse é o convite do projeto “Gen-t do Brasil”, que realiza mais uma edição de coleta de sangue em Hortolândia. A startup inicia, nesta segunda e terça-feira (04 e 05/12), das 8h às 17h, o atendimento presencial para cadastro e preenchimento dos dados dos voluntários interessados. O mesmo cadastro poderá ser preenchido, no entanto, de maneira on-line, por meio deste LINK. Já nos dias 6, 7, 8 e 9 de dezembro, das 7h15 às 10h45, o público poderá realizar o exame de sangue e ter a pressão arterial aferida. A ação, que conta com o apoio da Prefeitura de Hortolândia, acontecerá no CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso Campineiro, localizado na Rua Euclides Pires de Assis, 200, na região central.

O projeto “Gen-t do Brasil” nasceu com objetivo de contribuir com a medicina de precisão ao explorar os estudos sobre as variações genéticas presentes na população brasileira, já que boa parte do banco de dados genômico mundial provém das populações brancas da Europa e dos Estados Unidos. Para tanto, a startup pretende sequenciar o genoma de 200 mil brasileiros. Em Hortolândia, a ação teve início em agosto deste ano, com as coletas nas UBSs (Unidade Básica de Saúde) Amanda I e da Dom Bruno Gamberini. Em novembro, as coletas foram realizada no espaço Viva Mais. De acordo com a startup, desde que ação foi iniciada no município, mais de 2.500 amostras foram coletadas. 

Embora seja possível realizar o cadastro de maneira on-line, o atendimento presencial para preenchimento das informações pessoais, nesta segunda e terça-feira (04 e 05/12), pretende auxiliar os participantes que tenham dificuldade em utilizar dispositivos móveis ou não tenham acesso à internet, sobretudo aos idosos. Já a coleta programa para o dia 09 de dezembro busca facilitar a participação dos servidores públicos e trabalhadores no geral ao promover ação no sábado.

Para participar do estudo, os voluntários deverão ser brasileiros, ter 18 anos ou mais e estar em jejum há pelo menos 8 horas. Além disso, os interessados deverão preencher um questionário sobre sua saúde, apresentar um documento de identidade com foto e assinar um termo de consentimento, autorizando a coleta de sangue para fins científicos. A startup “Gen-t” do Brasil é a responsável por coletar as amostrar, divulgar os exames e realizar os estudos genéticos, sendo que a Prefeitura de Hortolândia colabora com a ação com a cessão dos prédios públicos. Os dados genéticos coletados serão mantidos sob sigilos pelo projeto. 

Além de contribuir para o enriquecimento das pesquisas científicas na área da genética no Brasil, os participantes terão a oportunidade, ao participar da ação, de realizar exames de rotina importantes para monitorar a saúde. A coleta contempla exames de hemograma completo, avaliação de colesterol, exames para diabetes, triglicérides, creatina, PCR (Reação em cadeia da Polimerase) e hemoglobina glicada. A triagem também realizará a aferição de pressão arterial e cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal). Após a análise laboratorial para obtenção do DNA, os participantes receberão o resultado dos exames por e-mail e SMS.

As coletas dos dados genéticos serão utilizadas em pesquisas na área da medicina de precisão, conhecida popularmente como “medicina do futuro”. Com os avanços nos estudos sobre sequenciamento de DNA, a pesquisa pretende facilitar a identificação de fatores mais comuns para o surgimento de doenças como a diabetes ou Alzheimer. Ao alinhar os dados genéticos com os estudos já realizados pela medicina tradicional, o projeto “Gen-t do Brasil” espera contribuir para o desenvolvimento de remédios e tratamentos mais eficientes de acordo com o perfil genético das diferentes etnias que formam a população brasileira.

SERVIÇO

Coleta de Sangue e aferição de pressão arterial

Realização: Projeto “Gen-t do Brasil”

Cadastro on-line: por meio deste LINK

Cadastro Presencial: 4 e 5 de dezembro (das 8h às 17h)

Coletas: de 6 a 9 de dezembro (das 7h15 às 10h45)

Local: CCMI do Remanso Campineiro

Endereço: Rua Euclides Pires de Assis, 200, na região central

CCMI do Remanso realizou oficinas de Movimento Vital Expressivo e Capoterapia, em novembro

Promover o bem-estar, elevar a autoestima, incentivar a prática de exercícios físicos e favorecer a socialização entre os idosos. Esses são alguns dos benefícios promovidos pelas atividades integrativas organizadas pelo CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso com o público da melhor idade. Entre as dinâmicas realizadas, em novembro, pelo órgão do Departamento de Direitos Humanos vinculado à Secretaria de Governo, estão a Capoterapia e o Movimento Vital Expressivo.

“Levantar o braço, levantar o outro, fazer bambolê, mexendo o pescoço. Olhe para cima, olhe para baixo. Escolha um amigo para dar um abraço”. Foi ao som desse cântico entoado pelo mestre de capoeira, Paulo Santana, que os idosos cadastrados no CCMI Remanso participaram, nessa terça-feira (28/11), da oficina de capoterapia. Criada no final da década de 1990, a modalidade voltada ao público da melhor idade é baseada em elementos da capoeira, mas sem utilizar os golpes de luta. 

A capoterapia é uma modalidade das atividades físicas que evoca movimentos e a musicalidades típicas da capoeira. A prática é indicada, principalmente, ao público da melhor idade, já que a atividade melhora a coordenação motora, aumenta a força muscular, estimula a ressocialização, além de contribuir para o tratamento de doenças e de quadros depressivos. Realizada em dinâmicas de grupo, a capoterapia também desperta a memória dos idosos, ao resgatar elementos da infância por meio de cantigas e elementos do folclore brasileiro.

A psicóloga e coordenadora do CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Remanso, Fernanda Fadiga elenca os aspectos positivos da recreação entre os idosos. “As atividades integrativas apresentam exercícios que se complementam, que trazem benefícios não só para a saúde física dos idosos, mas também colaboram para a saúde emocional. Há também a questão da memória afetiva, por meio das músicas que remetem ao passado dos idosos. A sensação de bem-estar é imediata, o que, naturalmente, contribui para a qualidade de vida dos idosos, que se divertem, relaxam, esquecem dos problemas, das dores”, avalia Fernanda Fadiga, ao classificar a integração social entre os idosos como um dos benefícios percebidos com a prática das atividades.

A inscrita no CCMI Remanso, Nair Pedroso, foi uma das idosas que participaram da oficina de capoterapia. “Foi muito descontraído, porque pudemos fazer exercícios brincando, nos divertimos muito. O que mais me chamou a atenção foram as cantigas que lembraram do nosso passado. Eu amei”, comenta a moradora do Remanso Campineiro.

Outra atividade de caráter integrativo promovido pelo CCMI Remanso, neste mês, foi a dinâmica MVE (Movimento Vital Expressivo). A prática promove a saúde e bem-estar dos participantes por meio de dinâmicas em grupo, em que são trabalhados elementos como música, imitação, coordenação motora, expressão e movimentos corporais. Entre os benefícios propiciados pela prática, estão o relaxamento, redução de dores musculares, melhora na postura, identificação de lembranças pessoais, além do autoconhecimento e da percepção do próprio corpo. O foco da MVE está centrado na vitalidade do indivíduo.

Responsável por ministrar a dinâmica em grupo com os idosos, a assistente social vinculada ao CCS (Centro de Convivência Social) do Jd. Rosolém, Kátia Castanheira, descreve a prática do Movimento Vital Expressivo. “A proposta é liberar nossas travas, tanto na questão física quanto na psíquica, pensando na evolução plena do indivíduo, estimulando a libertação do centro energético. Utilizando diferentes tipos de músicas e de movimentos, os participantes vão se soltando, permitindo que a mente pare de controlar e impor limites ao corpo. O MVE também promove o reencontro do indivíduo com alguns elementos do corpo que ficaram no passado, já que deixamos de executar alguns movimentos específicos quando ficamos adultos”, explica Kátia Castanheira.

A recreação e integração social entre os idosos

Além das atividades de capoterapia e MVE, o CCMI Remanso promove uma série de atividades integrativas que compõem o calendário regular do órgão. Semanalmente, são organizadas atividades como Liang Gong, Auriculoterapia e o Reiki, terapêutica alternativa que utiliza movimentos com as mãos para canalizar energias do corpo.

A papoterapia é uma dessas atividades integrativas promovidas pelo CCMI Remanso. Organizado em encontros semanais, a papoterapia é uma experiência grupal que proporciona reflexões, acolhimento e sentimento entre o público da melhor idade, como reforça a coordenadora do órgão, Fernanda Fadiga. “A papoterapia foi implementada em fevereiro deste ano, como forma de apresentar um espaço para os idosos compartilharem suas experiências e se fazerem ouvir. É um momento em que cada idoso pode livremente se expressar, tirar dúvidas, esclarecer questionamentos, sentimentos, emoções, sem julgamento”, encerra Fernanda.