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Hortolândia realiza ações de combate ao Aedes aegypti e enfrentamento às arboviroses

Hortolândia realiza ações de combate ao Aedes aegypti e enfrentamento às arboviroses

Prefeitura contrata mais agentes para atuarem na UVZ e ministra capacitação sobre arboviroses para equipes de saúde    

Hortolândia continua a investir firme em ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e de enfrentamento às arboviroses, que são doenças provocadas pelo inseto, dentre as quais Dengue, Chikungunya e Zika. 

Para reforçar o trabalho de casa a casa no município, a Secretaria de Saúde contratou 27 novos agentes para a UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses). Eles foram contratados por meio de concurso público realizado pela Prefeitura. Nesta semana, o órgão retoma a ação nas regiões do Jardim Boa Esperança e Jardim Amanda.

Na ação, os agentes visitam imóveis para fazer busca ativa e eliminação de possíveis criadouros do Aedes aegypti. O objetivo é eliminar o mosquito ainda na fase larval. Caso sejam encontradas larvas, os agentes recolhem algumas delas para identificação em laboratório. De acordo com a UVZ, 80% dos focos de criadouros do inseto estão nas casas das pessoas.

ADL

A ação casa a casa havia sido suspensa para que o órgão pudesse realizar a ADL (foto) (Análise de Densidade Larvária). O órgão concluiu a análise semana passada. O resultado foi que a cidade registrou o Índice de Breteau de 7,2, considerado alto.

A ADL consiste na contagem de larvas de Aedes aegypti que são encontradas em imóveis da cidade. A contagem é feita por meio das visitas que os agentes da UVZ fazem às casas dos moradores. A ADL é importante para o município reforçar ações que já são realizadas e/ou definir estratégias mais efetivas de combate ao mosquito.

Nas visitas, os agentes entram nas casas para investigar locais onde há larvas do mosquito e eliminar as mesmas e os criadouros onde foram encontradas. De acordo com a UVZ, a ADL é realizada por amostragem. Em média, são visitados dez imóveis por quarteirão. A definição dos quarteirões a serem percorridos é feita por sorteio. Para a ADL, o órgão visitou 3.000 imóveis em todas as regiões da cidade.

Nas visitas, os agentes recolhem algumas das larvas encontradas para serem identificadas e contabilizadas. A quantidade de larvas medida gera o chamado Índice de Breteau. O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado baixo; de 1 a 4, médio; e acima de 4, alto. A ADL é realizada três vezes ao ano: em janeiro, julho e outubro. De acordo com a UVZ, a ADL registrada em outubro de 2023 foi 5,3, considerado alto. Já em janeiro de 2023, a ADL medida na cidade foi de 6,4, também considerada alta.

O gerente da UVZ, Ibraim Almeida, ressalta que a ADL confirmou a expectativa da cidade registrar um índice alto no verão, uma vez que nessa estação o calor é maior, condição que favorece a reprodução mais rápida do Aedes aegypti. “Além disso, tivemos uma grande quantidade de chuva no período, fator que também contribuiu para que índice medido fosse alto”, argumenta o gerente.

PERMITIR A ENTRADA

Em razão do índice alto registrado, o gerente Ibraim Almeida reforça para a população a importância de redobrar os cuidados para evitar o acúmulo de água parada nos quintais e nas áreas externas de suas casas. É na água parada que a fêmea do Aedes aegypti deposita os ovos que darão origem a mais mosquitos. 

“Outra orientação que reforçamos é que os moradores permitam a entrada dos agentes da UVZ em suas residências durante a ação casa a casa. Na ação eles fazem a busca ativa e a eliminação dos criadouros do mosquito”, ressalta o gerente do órgão.

Ainda de acordo com a UVZ, o município registra neste ano 161 casos notificados de Dengue, dos quais cinco positivos e nenhum óbito. Já de Chikungunya, a cidade registra neste ano seis casos notificados que estão em investigação. Até o momento o município não registra neste ano nenhum caso notificado de Zika. 

CAPACITAÇÃO 

Em paralelo às ações de combate ao Aedes aegypti, o município investe na capacitação contínua das equipes de saúde para atuar no enfrentamento às arboviroses. A Prefeitura promove uma capacitação sobre o tema para os profissionais da rede de urgência do Hospital Municipal Mario Covas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A atividade será realizada em parceria com a OS (Organização Social) BHCL (Beneficência Hospitalar Cesario Lange) nesta quinta e sexta-feira (31/01 e 01/02). 

A capacitação abordará os cuidados médicos e de enfermagem que as equipes devem ter ao atender pacientes com suspeita de arboviroses. Esses cuidados são preconizados no Plano de Contigência das Arboviroses Urbanas elaborado pela Secretaria de Saúde.

Outro tema importante que será abordado na capacitação é o sorotipo 3 da Dengue. “Esse sorotipo voltou recentemente. Ele estava desaparecido no país há 15 anos. Já foram registrados casos positivos desse sorotipo na cidade de São Paulo e num município do interior do estado. O sorotipo 3 é grave, e se não for tratado pode evoluir para a Dengue hemorrágica, que pode levar a óbito”, alerta a enfermeira do hospital municipal, Giovana Camilo, que ministrará a capacitação junto com a infectologista do hospital Caroline Martins.

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