Hortolândia está entre as 10 cidades mais desenvolvidas do Estado
Estudo realizado por professores de universidades públicas de São Paulo considera para o ranking temas como segurança, mobilidade urbana e planejamento financeiro
Hortolândia é o décimo município mais desenvolvido no estado de São Paulo. É o que aponta um estudo divulgado, neste ano, pelo NEC (Núcleo de Estudos das Cidades), formado por professores da USP, UFSCar e Fatec-SP.
O estudo desenvolvido pelo Núcleo de Estudos das Cidades considera municípios acima de 200 mil habitantes. A proposta dos organizadores é explorar indicadores de qualidade de vida que não são abordados pela classificação tradicional do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que explora majoritariamente temas como Educação, Saúde e Economia. Além de considerar o Meio Ambiente, o NEC inova ao apresentar a avaliação de indicadores das áreas de segurança, mobilidade urbana e finanças públicas. Pelo IDH tradicional, Hortolândia ficaria na 11ª colocação como cidade de grande porte mais desenvolvida no Estado, com uma pontuação de 7,87 (a classificação global do índice considera uma nota entre 0 a 10).
O prefeito de Hortolândia, José Nazareno Zezé Gomes, avalia que o planejamento estratégico é fundamental para que o município figure em uma posição favorável no ranking de municípios mais desenvolvidos do Estado. “Somos uma cidade jovem, portanto, o planejamento é fundamental. Quando o gestor pensa apenas em obras eleitoreiras, não pensa em melhorar a cidade, é impossível subir um degrau. Em Hortolândia, pensamos 30 anos a frente. Temos obras já programadas para serem executadas em 2025. Chegamos a essa posição devido ao planejamento, bom uso do dinheiro público, habilidade na captação de recursos e, principalmente, por pensarmos na construção de uma cidade de qualidade, inteligente e sustentável”, comenta.
O professor da USP e coordenador do Núcleo de Estudos das Cidades, Antônio Clóvis Ferraz, explica a importância da metodologia aplicada pelo núcleo como forma de atualizar os índices divulgados pelos métodos tradicionais. “O NEC começou há dois anos. Atualmente, possuímos uma metodologia mais consolidada. Para chegarmos aos resultados, consideramos a média, porque vários tópicos oscilam muito, como é o caso da mortalidade infantil, que em um ano está alta em alguma cidade, no outro pode estar baixa. A última divulgação do IDH está muito defasada. As cidades mudaram muito nos últimos anos. A metodologia do NEC permite diminuir as defasagens ao divulgar um estudo mais atualizado”, avalia.
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