Hortolândia realiza ações para promover o amor e a cultura da paz nas escolas da Prefeitura
As 60 unidades desenvolvem propostas inspiradas pelo “Manifesto da Amorosidade”, lançado pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia
Escolas da rede municipal de Hortolândia realizaram, nesta segunda-feira (17/04), um dia especial com uma série de atividades e ações para promover, junto à comunidade escolar, a vivência do amor e a cultura da paz. A ideia é criar um ambiente de permanente respeito, generosidade e empatia, que envolva os 26 mil estudantes municipais, assim como os profissionais da Educação e também as famílias. Para tanto, todas as 60 unidades escolares abraçaram o “Manifesto da Amorosidade", documento lançado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, a fim de nortear as diversas ações de conscientização sobre a cultura de paz. O “Manifesto” é mais uma resposta do Poder Público aos recentes episódios de violência em escolas brasileiras, como o registrado em Blumenau, Santa Catarina, no início deste mês.
“O diálogo é um instrumento indispensável para as relações sociais e humanas, pois se constitui como oportunidade para ensinar o respeito, a convivência e a percepção da diversidade cultural e humana no ambiente escolar, proporcionando a todas as crianças/estudantes um aprender com significado e bons afetos, o que certamente desenvolverá saberes pelas diferenças, habilidades socioemocionais de autoregulação, bem como o estabelecimento de relacionamentos saudáveis. [...] a escola se configura como espaço privilegiado de aprendizagem através do encontro da diversidade humana, étnica e cultural, o que oferece oportunidades no tratamento de assuntos como o respeito, a empatia, a convivência e os afetos, se qualificando como temática de alta relevância social. Cada criança/estudante é única(o) e traz consigo experiências, vivências, histórias, trajetórias e particularidades que enriquecem a convivência e necessitam ser compreendidas e respeitadas por todos(as) na escola, de modo que essa apropriação, desenvolvimento e consciência para convivência social e humana tenha sentido, significado e ocorra de forma gradual, sistematizada e contínua”, orienta o documento, escrito pela equipe do Centro de Formação dos Profissionais em Educação “Paulo Freire” e enviado a todas as 60 unidades da rede municipal de ensino, propondo um conjunto de ações e atividades, dentre elas rodas de conversa; oficinas de integração; exibição de filmes e materiais audiovisuais; confecção de painéis coletivos; realização de jogos cooperativos, dinâmicas de interação e brincadeira; contação de histórias e atividades falando sobre as emoções, dentre outras.
A ação da prefeitura busca promover o diálogo contínuo, durante todo ano letivo, junto às crianças, refletindo sobre a importância do respeito ao próximo e da necessidade da construção de espaços de respeito mútuo. Cada unidade escolar teve autonomia para desenvolver as atividades de acordo com o perfil de cada turma.
Na Emeief (Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental) Jd. Santa Clara do Lago I, as crianças assistiram ao filme “Smilinguido - A Invasão”. A animação fala da importância de preservar o meio ambiente, respeitar o outro e trabalhar em grupo. Após isso, participaram de uma roda de conversa com a professora para discutir as principais deias e refletir sobre elas. “A gente precisa ter respeito e educação. Foi muito legal, porque, no final, as formiguinhas marrons ajudaram as pretas e elas não brigaram mais”, refletiu a estudante Laura Batista Borges do Jardim I C.
"Estamos trabalhando amorosidade com as crianças. Eu passei uma música para elas sobre o respeito, que fala sobre etnias, pobreza, desigualdade social. Após a atividade, eu pedi que ilustrassem a canção que ouviram. Essa atividade é muito importante, porque hoje em dia está faltando a amorosidade e o respeito. Muitas crianças, no começo do ano, não sabiam o que era ‘por favor’, ‘obrigada’, ‘com licença’ e como demonstrar o amor. Uma das crianças desenhou que estava dando um maço de flor para a professora, que no caso sou eu. Achei o máximo”, afirmou Sheila Noriega, professora do Jardim II C da Emeief Santa Clara do Lago I. Segundo a profissional, a ideia é estender as atividades para toda a semana.
Já na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Profa Marleciene Priscila Presta Bonfim, os estudantes participaram da contação de histórias “Pinote, o Fracote, e Janjão, o Fortão”. Depois, houve roda de conversa e um momento musical com a canção “Errar é humano", do cantor, compositor e o violonista brasileiro Toquinho.
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