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Centro de Memória de Hortolândia recebe visita do Estado para se tornar museu em breve

Centro de Memória de Hortolândia recebe visita do Estado para se tornar museu em breve

Agentes estaduais colheram informações e imagens para atualização de dados do espaço durante visita na sexta-feira (21/10)

O Centro de Memória Professor Leovigildo Duarte Junior, órgão da Prefeitura de Hortolândia, pode se tornar um museu em breve. Para isso, o espaço recebeu a visita do SISEM (Sistema Estadual de Museus), vinculado ao governo do Estado, na sexta-feira (21/10). As agentes estaduais foram recebidas pelo secretário adjunto de Cultura, Claudinei Prazeres de Barros, e pela equipe do centro. 

A visita integra o trabalho de avaliação e atualização de cadastro realizado pelo órgão estadual. As agentes técnicas Ana Carolina Xavier Ávila, do SISEM, e Carolina Rocha Teixeira, da ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), organização social parceira do governo estadual, colheram informações e registraram imagens do espaço. A partir dos dados obtidos, será feito um relatório com indicações de adequações e critérios para que o Centro de Memória busque atingir padrões internacionais de preservação e exposição do acervo. A visita faz parte do Mapeamento Estadual de Museus, Centro de Memórias e Casas de Cultura do SISEM.

De acordo com a Secretaria de Cultura, ao estar cadastrado no SISEM, o Centro de Memória está apto a receber orientação técnica gratuita para melhorar e adequar cuidados com a manutenção do acervo e tratamento técnico de dados. O trabalho de orientação inclui, ainda, capacitação para a equipe que atua no espaço. 

Com o cadastro no SISEM, o Centro de Memória também dá mais um importante passo para se tornar, em breve, o primeiro museu do município. Ao atingir esse status, o centro poderá receber recursos e apoios institucionais do poder público e da iniciativa privada para consolidação e ampliação de suas atividades e projetos.

“Acompanhamos essa importante visita, e entendemos que é um passo importante para garantir a relevância que Hortolândia merece na preservação da memória do município. Queremos ser reconhecidos como uma cidade que respeita e resguarda a história do seu povo para as gerações do presente e do futuro”, destaca o secretário adjunto de Cultura, Claudinei Prazeres de Barros. 

Antiga Estação Jacuba

O Centro de Memória Professor Leovigildo Duarte Júnior fica na rua Rosa Maestrello, 2, Vila São Francisco. O espaço funciona de terça à sexta-feira, das 9h às 16h. O local também abre no último fim de semana de cada mês para visitação. 

O centro é uma viagem no tempo que o público pode conhecer a história do município. O espaço ocupa o prédio da antiga estação ferroviária Jacuba, que foi restaurado pela Prefeitura e inaugurado em 2014. O espaço guarda parte importante da história da cidade, com um acervo de objetos, fotos e materiais antigos.

Exposição sobre Mestre Chiquinho

Atualmente, o centro está com a exposição “Chiquinho: trajetória e legado do mestre do mundo”, em homenagem a Mestre Chiquinho, morador ilustre da cidade. 

A exposição, inaugurada em dezembro de 2021, reúne cerca de 100 objetos, dentre fotos, vestimentas, fantasias e outros itens, que fazem parte dos acervos pessoal de Mestre Chiquinho e do próprio centro. Um dos itens de destaque é uma foto antiga do avô de Mestre Chiquinho, que de acordo com ele, tem mais de 100 anos. “É a foto mais antiga da exposição”, conta o homenageado.

Durante a visita ao centro, que fica ao lado da via férrea, o público poderá ainda ter a sorte de ver o trem passar. Por motivo de segurança, o centro reforça a orientação para os visitantes que queiram tirar fotos ou fazer vídeos da passagem do trem para que permaneçam na área externa cercada com grade. 

Após o passeio, o público pode ainda descansar e usufruir a área externa do centro, onde há árvores frutíferas (duas mangueiras e uma caramboleira) que oferecem sombras acolhedoras, principalmente nos dias de sol forte. Outra atração verde do centro é o exemplar de uma espécie arbórea popularmente chamada “árvore-do-viajante”, que foi plantada na época da restauração do prédio. A espécie, originária de Madagascar, tem principal característica a copa em forma de leque. Suas folhas são grandes, parecidas com as da bananeira. Em razão disso, a planta acumula água, que servia para matar a sede dos viajantes, motivo pelo qual recebeu o nome popular.

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