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Centro de Memória de Hortolândia comemora 8 anos com uma visita especial

Centro de Memória de Hortolândia comemora 8 anos com uma visita especial

Espaço da Prefeitura recebeu a visita de dona Anna Camargo, de 90 anos, uma das moradoras mais antigas da cidade, nesta quarta-feira (28/09)  

O Centro de Memória Professor Leovigildo Duarte Júnior, órgão da Prefeitura de Hortolândia, é uma das principais atrações culturais da cidade. O espaço comemorou o aniversário de oito anos com uma visita especial, nesta quarta-feira (28/09). O centro recebeu a moradora Anna Camargo (foto), de 90 anos. Residente da região do Remanso Campineiro, dona Anna é da família Camargo, uma das mais tradicionais da cidade e que tem importância histórica no surgimento e desenvolvimento de Hortolândia. Dona Anna é filha de Sabina Baptista Camargo, que dá nome a uma das principais avenidas do município. 

A ilustre moradora, acompanhada pela sobrinha Maria Luiza França, fez uma visita monitorada com a equipe do centro. Um dos espaços que mais atraiu a atenção de Dona Anna foi a “Sala das Famílias”, que reúne imagens de moradores antigos da cidade. Dona Anna se encantou ao reconhecer fotos antigas de vários parentes e familiares. 

“É a primeira vez que visito o Centro de Memória. Achei um lugar bonito. Gostei muito das fotos antigas, que me trouxeram lembranças boas. Moro em Hortolândia desde que eu nasci. A cidade está bonita hoje. Quando eu era mocinha, não havia nada aqui. Hoje, Hortolândia é um lugar muito bom para morar”, elogiou Dona Anna, esbanjando vivacidade. 

Dona Anna, que já trabalhou como costureira, também é uma das pessoas que participaram dos documentários “Histórias de nossa gente” e “Cem anos de história nos trilhos da Estação Jacuba”, produzidos pela Prefeitura e disponíveis no canal do YouTube da Secretaria de Cultura.

Antiga Estação Jacuba

O Centro de Memória Professor Leovigildo Duarte Júnior fica na rua Rosa Maestrello, 2, Vila São Francisco. O espaço funciona de terça à sexta-feira, das 9h às 16h. O local também abre no último fim de semana de cada mês para visitação. 

O centro é uma viagem no tempo que o público pode conhecer a história do município. O espaço ocupa o prédio da antiga estação ferroviária Jacuba, que foi restaurado pela Prefeitura e inaugurado em 2014. O espaço guarda parte importante da história da cidade, com um acervo de objetos, fotos e materiais antigos.

O Centro de Memória oferece dois atrativos tecnológicos para o público. O primeiro é uma câmera de monitoramento de trens que passam na via férrea ao lado do local. A câmera, do modelo 360º, funciona 24 horas. As imagens da câmera são exibidas em tempo real no canal no YouTube do grupo Railcam Brasil. O equipamento foi inaugurado no evento “Café Com Viola”, realizado, em maio deste ano, pela Prefeitura em comemoração ao 31º aniversário de emancipação política de Hortolândia.

O fornecimento e a instalação do equipamento foram feitos pelo grupo Railcam Brasil, que reúne admiradores e fãs de trens e ferrovias do Brasil e de outros países. Hortolândia é o segundo município a receber a câmera. A iniciativa conta com o apoio da empresa Rumo e da Prefeitura. O outro atrativo é Wi-Fi, cujo uso é gratuito somente para visitantes, mediante uso de senha, fornecida pelo centro. O sistema também foi oferecido pelo grupo Railcam Brasil.

Exposição sobre Mestre Chiquinho

Atualmente, o centro está com a exposição “Chiquinho: trajetória e legado do mestre do mundo”, em homenagem a Mestre Chiquinho, morador ilustre da cidade.  

A exposição, inaugurada em dezembro de 2021, reúne cerca de 100 objetos, dentre fotos, vestimentas, fantasias e outros itens, que fazem parte dos acervos pessoal de Mestre Chiquinho e do próprio centro. Um dos itens de destaque é uma foto antiga do avô de Mestre Chiquinho, que de acordo com ele, tem mais de 100 anos. “É a foto mais antiga da exposição”, conta o homenageado.

Durante a visita ao centro, que fica ao lado da via férrea, o público poderá ainda ter a sorte de ver o trem passar. Por motivo de segurança, o centro reforça a orientação para os visitantes que queiram tirar fotos ou fazer vídeos da passagem do trem para que permaneçam na área externa cercada com grade. 

Após o passeio, o público pode ainda descansar e usufruir a área externa do centro, onde há árvores frutíferas (duas mangueiras e uma caramboleira) que oferecem sombras acolhedoras, principalmente nos dias de sol forte. Outra atração verde do centro é o exemplar de uma espécie arbórea popularmente chamada “árvore-do-viajante”, que foi plantada na época da restauração do prédio. De acordo com a engenheira agrônoma da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alynne Sant’Anna, a árvore é de utilização ornamental. 

“É uma espécie que serve mais para uso paisagístico em jardins ou áreas verdes de grande extensão. Ela tem estrutura e tronco parecidos com a da bananeira. Porém, seu fruto não é comestível. Outra característica é a copa em forma de leque. A espécie é originária de Madagascar”, explica Alynne. 

Já de acordo com informações levantadas pela Secretaria de Cultura, o nome científico da espécie é Ravenala madagascariensis. Suas folhas são grandes, também parecidas com as da bananeira. Em razão disso, a planta acumula água, que servia para matar a sede dos viajantes, motivo pelo qual recebeu seu nome popular.

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