Prefeitura de Hortolândia orienta população sobre a Fibromialgia
Doença tem como sintomas dor crônica no corpo, dor de cabeça e sensação de cansaço, e afeta principalmente mulheres
Há dias que você se sente cansado, com dores de cabeça e no corpo. Geralmente, uma boa noite de sono ajuda a recuperar o ânimo. Mas se o cansaço e as dores continuarem por um período prolongado, você deve procurar atendimento médico. Esses sintomas podem ser de Fibromialgia. Para marcar a campanha Fevereiro Roxo de conscientização sobre a doença, a Prefeitura de Hortolândia dá orientações para a população de como se prevenir. Ao longo deste mês, a campanha também visa conscientizar e informar as pessoas sobre outras duas doenças: Alzheimer e Lúpus. Neste ano, em razão da pandemia do Coronavírus, o município não realizará ações referentes à campanha para evitar aglomeração.
O médico psiquiatra do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Vida, órgão da Secretaria de Saúde, Claudio Rocha, explica que a Fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dores no corpo todo. De acordo com o especialista, a ciência ainda não conseguiu descobrir a causa da doença. “Os estudos mostram que os pacientes com Fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor. Seria como se o cérebro delas interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor”, explica Rocha.
O médico ainda salienta que a doença afeta principalmente mulheres na faixa etária de 35 a 50 anos, mas também pode acometer homens, jovens e idosos. A causa para a doença se manifestar mais em mulheres também ainda não foi determinada pela ciência.
Apesar da causa ainda ser desconhecida, o médico informa que algumas situações e fatores provocam a piora das dores em pacientes com a doença. Dentre essas situações e fatores estão excesso de esforço físico, estresse emocional, trauma, infecção, exposição ao frio e má qualidade de sono.
O principal sintoma da doença é a dor no corpo todo, em especial nos músculos. Outros sintomas frequentes apontados pelo médico são cansaço e alterações do sono. “Uma vez que é uma doença em que as sensações estão amplificadas, os pacientes relatam dores em outras partes do corpo, como na região abdominal e na cabeça, queimação e formigamento. Além da dor crônica, outros sintomas relatados por pacientes são falta de memória e dificuldade de concentração”, salienta o psiquiatra.
DIAGNÓSTICO
Por meio do relato do paciente, o psiquiatra Claudio Rocha explica que o diagnóstico da doença é feito por meio de exame físico para identificar as regiões do corpo dolorosas. “Não existe exame de sangue ou de imagem para o diagnóstico da doença. Por isso, são solicitados exames laboratoriais e de imagem do paciente apenas para descartar outros quadros que possam confundir o diagnóstico ou se somar à Fibromialgia”, explica o médico.
O tratamento da doença é feito por meio de medicamentos e da prática regular de atividades físicas. De acordo com o psiquiatra Claudio Rocha, o tratamento medicamentoso inclui antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos e relaxantes musculares. Já dentre as atividades físicas recomendadas pelo médico estão caminhada, bicicleta, hidroginástica e natação, por pelo menos 150 minutos por semana. “Acupuntura e pilates também são grandes aliados para o controle da doença. Uma vez que a Fibromialgia não tem cura, tanto o tratamento medicamentoso quanto o não medicamentoso podem ser necessários por longos períodos de tempo”, salienta Rocha.