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Debate sobre “Intolerância religiosa e preconceito” reúne mais de 80 participantes

Debate sobre “Intolerância religiosa e preconceito” reúne mais de 80 participantes

Mais de 80 pessoas prestigiaram a palestra desta quarta-feira à noite (24/03), sobre “Intolerância religiosa e preconceito”. O evento faz parte da programação especial do Mês da Mulher, elaborada pela Prefeitura de Hortolândia.

Todos os encontros trazem temas relevantes para o fortalecimento do protagonismo feminino e acontecem de maneira online e remota, em razão da pandemia do Coronavírus (veja abaixo). Os diálogos são uma iniciativa do Setor de Políticas Públicas para Mulheres do Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Governo, em parceria com o CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) e a ONG (Organização Não Governamental) “Mulher em Ação: na construção de uma sociedade melhor”.

Durante o debate, Karen Larissa de Cagliari Gonçalves, atual presidente do JMDB (Ala Jovem do Movimento Democrático Brasileiro) de Hortolândia, relatou que sofre com preconceitos desde muito jovem, por ter sido mãe aos 16 anos. Após o nascimento do filho, conseguiu terminar o Ensino Médio, o técnico em nutrição, segurança e informática e hoje cursa Direito. Em 2020, foi candidata à vereadora e sofreu preconceito, novamente. Ela diz que se inspirou em Antonieta de Barros, a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, que se alfabetizou tarde e venceu.

Já Rubiane Soares Viana Mendes, diaconisa da Igreja Adventista Central de Hortolândia, ressaltou que a mulher ainda hoje é vista como sexo frágil, embora ocupe posições e cargos altos. Ela, que trabalha com o projeto social “Juntos somos mais” há 12 anos, ajudando famílias carentes, pessoas em situação de rua e moradores de casa de recuperação, acredita que, para superar o preconceito, a mulher precisa descobrir sua identidade, se destacar, ter propósito. “Ela tem que estar ao lado do homem, não atrás dele”, comenta, percebendo o preconceito mesmo dentro da própria igreja, já que há pessoas que não aceitam que mulher seja pastora e suba ao púlpito para levar a palavra de Deus, embora seja bíblico que a mulher ajudou o apóstolo Paulo em sua missão evangélica.

A terceira convidada, Doné Eleonora, ressaltou que há 30 anos luta contra a intolerância às religiões de matriz africana, as que mais sofrem com esse comportamento cultural, que têm como origem outro problema grave: o racismo. Segundo ela, dentro do Cristianismo, ainda há grupos que perseguem candomblecistas e umbandistas, numa prática de intolerância religiosa, uma construção moderna cuja base está no racismo estrutural existente no Brasil. “A espiritualidade nada tem a ver com isso. É uma busca do bem comum. Buscamos a paz”, afirma.

“Foi muito bom esse trabalho de ontem, me surpreendeu. Tanto que as participantes estão pedindo que continue essa roda de conversa, mesmo depois do Mês da Mulher”, afirma a chefe do Setor de Políticas Públicas para Mulheres, Izabel Herdeiro.

Mês da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia oito de março. Segundo a revista Nova Escola, embora a data esteja associada ao protesto feito por milhares de operárias russas, em 1917, ao Czar Nicolau II, pelas longuíssimas jornadas de trabalho e baixíssimos salários, pela fome e em protesto pela participação do país na Primeira Guerra Mundial, o Século XX marca um período de intensas lutas feministas por melhores condições de vida, de trabalho e ampliação de direitos.

Confira abaixo a programação completa:

sexta-feira, 26/03, 19h – “Mulheres nas ações sociais”

quarta-feira, 31/03, 19h – “Fator pandemia para as mulheres”

 

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