CRAM de Hortolândia completa quatro anos de fundação com mais de 1,6 mil atendimentos realizados com foco no combate à violência contra a mulher
No Dia Internacional de Mulher (08/04), Hortolândia tem outra razão para celebrar a data: os quatro anos de existência do CRAM (Centro de Referência e Atendimento à Mulher) “Debora Regina Leme dos Santos”, órgão da Prefeitura de acolhimento e suporte às vítimas de violência doméstica no município. Neste período, a entidade já realizou mais de 1.600 atendimentos, representando um avanço no tocante à efetivação de políticas públicas para mulheres, na avaliação do Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Governo.
O CRAM atua como articulador de diversos serviços públicos, tendo como objetivo primário acabar com a situação de violência vivenciada pela mulher atendida, sem, no entanto, ferir o seu direito à autodeterminação. Cabe ao órgão promover meios para que ela fortaleça a autoestima e tome decisões, a fim de livrar-se do ciclo de violência que vive.
Desde 2017, quando o órgão especializado foi criado, a equipe multi profissional já socorreu 1.648 mulheres, realizou e intermediou milhares de procedimentos, entre acolhimentos e atendimentos psicossociais; orientação jurídica à vítima; registro de Boletim de Ocorrência Eletrônico; acompanhamento ao IML (Instituto Médico Legal), a hospitais e UPAs-24h (Unidades de Pronto Atendimento); retiradas de pertences com apoio da Guarda Municipal; além de recâmbio para cidades de origem e famílias extensivas. O órgão também monitora casos de medidas protetivas deferidas pelo Judiciário no município. Neste ano, até o momento, o município já conta com 29 mulheres beneficiadas com medidas protetivas.
“O CRAM é uma estrutura essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura de situações de violência e a construção da cidadania, por meio de ações globais e atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico e de orientação e informação) à mulher em situação de violência doméstica. Temos como premissa o atendimento humanizado. Procuramos estabelecer vínculos e relação de confiança porque, na maioria das vezes, as mulheres não nos procuram para fazer a denúncia com base na Lei Maria da Penha 11346/2006 e sim, porque necessitam ser ouvidas, desejam espaço para falar e desabafar, buscam alívio e conforto pessoal. Nosso atendimento acolhedor realiza escuta atenta e diferenciada com olhar sensível para as questões humanas e respeitamos a intimidade e as diferenças”, afirma a assistente social e coordenadora do CRAM, Josefa Teixeira.
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