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Idosos debatem políticas públicas para envelhecer com qualidade de vida

Idosos debatem políticas públicas para envelhecer com qualidade de vida

Evento, realizado nesta sexta-feira (29/03), reuniu centenas de participantes na Uniesp/Faculdade de Hortolândia, no Jd. Amanda

 

Animação e disposição não faltaram às centenas de idosos que participaram, na manhã desta sexta-feira (29/03), da II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Hortolândia, realizada no auditório da Uniesp/Faculdade de Hortolândia, no Jd. Amanda. Eles vieram de diversas áreas do município, dispostos a apresentar sugestões que contribuam para aprimorar as políticas públicas voltadas ao segmento. O evento, que tem como tema “Os Desafios de Envelhecer no Século XXI e o Papel das Políticas Públicas”, recebeu o apoio da Prefeitura de Hortolândia, por meio do Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Governo.

Na abertura dos trabalhos, o prefeito Angelo Perugini, deu as boas-vindas aos cerca de 400 presentes, a maioria integrantes da chamada Melhor Idade. “A melhor profissão da vida é a experiência. Cobra caro, mas explica bem. É uma alegria ver este auditório cheio, ver a participação que tiveram nas pré-conferências. Este é o momento para criarmos oportunidade de estarmos juntos: fazer bailes, viagens, passeios, fazer vocês aproveitarem o mais possível a vida, com a convivência. Não existe coisa mais prazerosa que o amor entre as pessoas. Tenho certeza que vocês estão aqui hoje porque alguém os trouxe: um amigo, uma amiga, o companheiro, a esposa, alguém especial. Precisamos descobrir o valor que as pessoas têm para nós. Às vezes, a gente é colocado num lugar cheio de problemas para ser a solução e para viver o desafio como motivação de melhorar. O segredo da longevidade está em três coisas: comer pela metade, andar o dobro e rir o triplo. Temos aqui temas para que vocês deem as suas opiniões. Vocês não são excluídos, têm dignidade e ombridade para participar. Parabéns a vocês”, afirmou Perugini. 

Para a atual presidenta do CMI (Conselho Municipal do Idoso), Elisabetta Brighetti, a Beta, uma das fundadoras do órgão, o evento é relevante tanto para passar em revista as políticas públicas para o segmento quanto para a escolha de representantes do município na Conferência Estadual, que acontecerá em agosto deste ano. “É um momento muito importante. Vemos que a população de Hortolândia atendeu ao convite para participar, seja  das pré-conferências, seja do evento. Hoje, vamos discutir quatro eixos e ver o que o idoso de Hortolândia quer, o que reivindica para o segmento. Veremos as prioridades de cada grupo”, explicou. Os eixos temáticos a que ela se refere são: 1) Direitos Fundamentais na Construção/Efetivação das Políticas Públicas, com os sub eixos: Saúde, Assistência Social, Previdência, Moradia, Transporte, Cultura, Esporte e Lazer; 2) Educação: assegurando direitos e emancipação humana; 3) Enfrentamento da Violação dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa; 4) Os Conselhos de Direitos: seu papel na efetivação do controle social na geração e implementação das políticas públicas.

“Esta é a oportunidade de juntos elaborarmos programas e ações que virão ampliar políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa. Neste ano, teremos a 3a edição da Pessoa Centenária, em maio”, ressaltou José Piveta Benedito, chefe do Setor de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa, da Secretaria de Governo. Já a secretária-adjunta de Inclusão e Desenvolvimento Social, Tereza M. Godinho, ressaltou a possibilidade de os presentes canalizarem toda a juventude e a animação apresentadas ali para “auxiliar na construção de políticas públicas para as pessoas idosas de Hortolândia”.

Entre os participantes, a veterana Maria Conceição Batista André, de 69 anos, moradora do Jd. do Lago, se mostrou disposta a acompanhar as propostas da Conferência, em especial às relativas à saúde. Principiante neste tipo de evento, Maria de Lourdes Silva Juarez, de 60 anos, moradora do Jd. Amanda, estava atenta às falas de autoridades e convidados. “É importante participar para saber o que está acontecendo, o que envolve os idosos. Eu pego ônibus toda semana e vejo os jovens sentados e os idosos em pé. À tarde, vejo alguns que até xingam os idosos. Me sinto desrespeitada. Quero colocar este problema e ver o que é possível fazer. Minha sugestão é que, quando o ônibus parar, deixar os idosos entrarem primeiro”, opina ela.

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