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Alunos fazem primeira colheita no Projeto Hortas Educativas

Alunos fazem primeira colheita no Projeto Hortas Educativas

Foi nesta segunda-feira (01/10), na Emef Janilde Flores Gabi do Vale, na Vila Real; ação de incentivo à alimentação saudável é realizada pela Prefeitura, por meio do Fundo de Solidariedade

 

Após o plantio, chega o tempo da colheita. Passados três meses, o projeto-piloto das “Hortas Educativas”, realizado pela Prefeitura de Hortolândia, por meio do Funsol (Fundo Social de Solidariedade de Hortolândia), começa a dar os primeiros frutos. Na manhã desta segunda-feira (01/10), alunos da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Janilde Flores Gabi do Vale, na Vila Real, saborearam, durante a merenda escolar, rúculas plantadas por eles mesmos e colhidas logo cedo em um dos canteiros da escola.

A primeira colheita do projeto, acompanhada por educadores e pela presidente do Funsol, Leila Dobelin, rendeu três bacias cheias da verdura e momentos de muita alegria entre os alunos participantes. “É muito bom ver as crianças felizes, motivadas com a colheita e empolgadas em plantar de novo. Era só que o que perguntavam: tem mais semente?”, ressaltou Leila, destacando a importância da iniciativa que beneficia atualmente cerca de 850 alunos do 1o ao 4o ano do Ensino Fundamental, em duas escolas: a Emef Janilde Flores e a Emef Dayla Cristina Souza de Amorim, no Jd. Santiago. A meta da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia é levar a iniciativa a um número maior de unidades, o que só poderá ocorrer depois de transcorrido o primeiro ano do projeto, sendo a avaliação positiva nas escolas-piloto.

Na Emef Janilde, em razão do espaço disponível para a horta, bem atrás da cozinha, foi possível cultivar um canteiro de alface, outro de rúcula, um de salsinha, um de cebolinha e, por fim, um de tomate. Segundo a assistente de direção Vanderli Miranda da Silva Rodrigues, uma das cuidadoras do espaço, na escola há aproximadamente 500 “agricultores” aprendizes participando do projeto. “Eles estão adorando. Participam das ações de acordo com a faixa etária. Alguns plantam, outros molham, há os que passam o rastelo e os que ajudam a retirar as pragas. Gostam muito de mexer com a terra, de ver a verdura crescer. Hoje, colhemos meio canteiro de rúcula. A próxima hortaliça a ser colhida será a alface. Como a rúcula não dava para todo mundo, priorizamos servir para quatro turmas, com 120 alunos que estavam no plantio. Vamos fazer assim com nas demais colheitas”, comenta.

Para Vanderli, a experiência é muito importante, pedagogicamente. “Além da alimentação, que é saudável, traz também presente o sentimento de cuidar, de preservar o meio ambiente, de ter cuidado com o que foi plantado”, salienta a educadora. A visão é compartilhada pela diretora de Ensino Fundamental, Roberta M. Diniz, que considera as hortas educativas um instrumento de educação ambiental e alimentar, aplicado de forma interdisciplinar e vivenciada.  “É muito positivo este convênio. Cada escola o desenvolve de acordo com sua necessidade e o público que tem. Envolve alunos, professores, a família. Para os alunos, oferece a possibilidade de perceber a educação alimentar, um tema que já é trabalhado na rede, mostrando um dos caminhos para a alimentação saudável: eles veem toda a trajetória – o plantar, o crescer, o cuidar, o colher. Com os manuais, acompanham e registram. Na escola, os profissionais também podem abordar outros temas associados, como a compostagem, e a família se sensibiliza para a adoção de hábitos saudáveis”, ressalta Roberta.

Sobre as “Hortas Escolares”

Nas “Hortas Escolares”, os estudantes plantam verduras e legumes, tais como alface lisa e americana, couve manteiga, rúcula, cebolinha, abobrinha, rabanete e beterraba. Os pequenos aprendizes recebem, a cada etapa, apoio e orientação da equipe técnica multiprofissional, formada por engenheira agrícola, nutricionista, enfermeira e educadores, todos servidores municipais das secretarias integrantes: Saúde; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Educação, Ciência e Tecnologia. Sementes, pás, enxadas, mangueiras, regadores, bacias, carriolas, bandeja de sementeiras, assim como outros insumos necessários à implantação das hortas, foram fornecidos pelo Funsol.

Além disso, para que os conhecimentos aprendidos sobre ecologia, nutrição e alimentação saudável cheguem à casa dos alunos e sejam partilhadas com a família e outros membros da comunidade, os participantes do projeto receberam material didático de apoio. São quatro cadernos impressos: um para o aluno, um para a família, um para o educador e outro para o cuidador da horta. Enquanto o do estudante funciona como uma espécie de agenda para registro periódico das atividades nos canteiros, o da família apresenta aos pais o projeto e traz receitas saudáveis, de baixo custo, como panquecas, cuscuz de legumes e verduras e suflê de legumes.

As ações na horta se estendem por um ano, com visitas semanais ao local por parte dos alunos envolvidos no projeto. Cada turma semeia e cuida de um pedacinho do canteiro.

“O projeto da Horta Educativa é muito importante, principalmente porque envolve toda a comunidade escolar. Temos que incentivar e ensinar, desde a infância, os benefícios da alimentação saudável, pois é assim que podemos prevenir a obesidade e consequências precoces da má alimentação. Os nossos alunos vão ter a oportunidade plantar, aprender sobre sementes, adubos e muito mais. Além de eles serem multiplicadores, vão ter a oportunidade de continuar as atividades em casa, com os pais e familiares”, ressaltou a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Alessandra Amora Barchini, quando do lançamento do projeto, em junho deste ano.

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