Menu


Para atender estudantes com deficiência, Prefeitura de Hortolândia contratará 70 educadores infantojuvenis, aprovados em concurso público

Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia já nomeou 33 profissionais no último dia 17 deste mês; outros 37 estão sendo convocados via Diário Oficial Eletrônico

A fim de atender os estudantes com deficiência, matriculados na rede municipal de ensino de Hortolândia, a Prefeitura contratará, ainda no início deste ano letivo, 70 educadores infantojuvenis, que trabalharão em sala de aula em diversas unidades escolares. Trinta e três destes profissionais, aprovados em concurso público, já estão nomeados e lotados em 19 escolas, além do Cier (Centro Integrado de Educação e Reabilitação) “Romildo Pardini”, com previsão de ingressarem no trabalho, após cumpridos os trâmites de contratação, até o dia 16 de abril (veja listagem abaixo). Em razão do aumento da demanda de alunos que precisam ser incluídos na rede, a intenção da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia é ampliar este número e contratar outros 37 profissionais, que estão já estão sendo convocados via Diário Oficial Eletrônico do Município.

Depois de nomeados, os profissionais da Educação passam por formação ao longo do ano, promovida por servidores do CFPF (Centro de Formação dos Profissionais em Educação) “Paulo Freire”. Além dos alunos da Educação Especial atendidos exclusivamente no Cier, a Prefeitura de Hortolândia oferece o AEE (Atendimento Educacional Especializado) a cerca de 530 crianças com deficiência (auditiva, visual, múltiplas, física, síndromes autismo e surdocegueira). Estes estudantes estão inseridos na rede regular de ensino, em 58 escolas municipais da rede. Segundo a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, dos novos contratados 31 atuarão diretamente no AEE, junto aos 32 professores de sala onde há o Atendimento Especializado.

De acordo com o supervisor educacional Aparecido Donizeti Chagas de Faria, o AEE é uma das políticas públicas municipais voltadas à inclusão de crianças com deficiência na rede de ensino da Prefeitura. Este Atendimento Educacional Especializado vai da Educação Infantil à EJA (Educação de Jovens e Adultos). Além disso, há o encaminhamento de alunos para atendimento no Cier Saúde; apoio de estagiários; apoio de educadores infanto juvenis; orientação da Terapia Educacional e Fonoaudiologia às escolas para auxílio na adaptação; adequação curricular; bem como formação nas áreas da deficiência e/ou outros temas de relevância para a área.

“A contratação atual de 70 novos educadores infantojuvenis visa apoiar as unidades de educação, os professores e as crianças em sua rotina escolar, em especial nas AVDs (Atividades de Vida Diária) e AVPs (Atividades de Vida Prática), conforme as necessidades de locomoção, alimentação e higiene. O objetivo é apoiar as necessidades especiais da criança e auxiliar no desenvolvimento da autonomia”, explica a Coordenadora Pedagógica responsável pelo AEE, Milena Castro.

“Com relação à contratação de novos agentes infantojuvenis, entendemos que, com o aumento de alunos de inclusão e alunos com deficiência, precisamos fortalecer a equipe de profissionais para atuar com um conceito de integralidade, atendendo não somente a questão de aprendizado da criança, mas também compreender a deficiência dela e ter uma atuação de cuidado. Por isso, o prefeito Zezé Gomes determinou a contratação imediata de 70 profissionais para atuação voltada ao atendimento educacional especializado, considerando que a educação emerge esse atendimento. É dever da educação promover a inclusão dentro de um ambiente participativo, que esteja focado nas deficiências, para que a gente possa ter um trabalho mais harmônico e mais assertivo na educação especial”, afirma o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Fernando Moraes.

Confira as atividades desempenhadas pelos educadores infantojuvenis junto à AEE:

1 - Atuar nas Unidades escolares, acompanhando, cuidando, orientando alunos em idade escolar com deficiência, atendidos na rede municipal em conformidade com uma proposta educacional e política de inclusão;

2 - Promover o contato afetivo e harmonioso entre adulto e criança; 

3 - Conhecer e acompanhar o desenvolvimento dos alunos, auxiliar em suas dificuldades e favorecer o seu progresso; 

4 - Subsidiar, orientar e operacionalizar atividades educativas, recreativas, alimentares, higiênicas, fisiológicas, de locomoção e de repouso sob orientação pedagógica; 

5 - Orientar, cuidar, servir e auxiliar o aluno em atividades de vida diária e prática, sob orientação pedagógica e ou profissionais da Educação Especial e equipe técnica multidisciplinar (técnicos) que se fizerem necessários; 

6 - Zelar pela limpeza, guarda e conservação de ferramentas, equipamentos, materiais de consumo e do local de trabalho juntamente com a comunidade escolar; 

7 - Verificar qualquer mudança ou intercorrência com o aluno, comunicando o professor responsável e a equipe gestora da Unidade de atuação.

ATRIBUIÇAO EDUCADOR INFANTO JUVENIL – 16/03/2022

UNIDADE ESCOLAR

NOME EDUCADOR

PERÍODO

E.M.E.F. Armelinda E. da Silva

Débora Cristina Russo Guerreiro

 

Tarde

E.M.E.F. Fernanda Grazielle R. Covre

Fernanda Maria Martins Krauschenco

Débora Cristina Russo Guerrero

 

Manhã

Manhã

E.M.E.F. Jd. Amanda I (CAIC)

 

Fábio José dos Santos

 

Manhã

E.M.E.F. Tarsila do Amaral

 

Edson José Ap. Lopes

Evelyn Rocha Miranda

Valdemir Gurutuba de Oliveira

Wilson Ribeiro da Silva

Tarde

Manhã

Manhã

Tarde

E.M.E.F. Salvador Zacharias P. Junior

 

Elaine Vilela Rezende

 

Manhã

E.M.E.F. Jd. Nova Europa Samuel da Silva Mendonça

Waldenice Cristina da Cruz SilveiraValessa Rozendo da Silva

 

Tarde

Manhã

 

E.M.E.F. Caio Fernando Gomes Pereira

João Daniel Dutra Miranda

Maria Juliana de Alencar

Tatiana Regina Moreira Cunha

Eliane dos Santos

 

Tarde

Tarde

Manhã

Manhã

 

E.M.E.F. Jd. Jardim Primavera

 

 

Letícia Muller Gomes

 

Tarde

E.M.E.F. Prof° Claudio Roberto Marques

José Wagner Fagundes

Dimas Vieira dos Santos Junior

 

Tarde

Tarde

E.M.E.F. Profª Helena F. Takahashi

Mariana Letícia de Jesus

 

Tarde

E.M.E.F. Profª Janilde Flores G. do Vale

 

Elza Marques Tavares

 

Manhã

E.M.E.F. Profª Lílian Cristiane M. de Araújo

Rafaella de Oliveira Marmol

Antonio Maria Andrade Coelho

 

Manhã

Manhã

 

E.M.E.F. Profª. Marleciene Priscila Prsta Bonfim

Misley Cardoso da Silva Zanatta

Gisele Audrey

 

Manhã

Manhã

E.M.E.F. Profª Patrícia Mª Capelato Basso

Matheus Teruhiko Watanabe Silva

 

Manhã

E.M.E.F. Villágio Ghiraldelli

 

Victor Henrique Marconato

João Vitor Oliveira Nóbrega

 

Manhã

Manhã

CIER

Lucas Matheus Storoni

Hudson Caike de Andrade Germano

 

Tarde

Manhã

E.M.E.F. João Calixto

Igor Mendonça Brega

 

Manhã

E.M.E.B. Interlagos

Janaína Souza Parreira

Manhã

 

E.M.E.B. Josias da Silva Macedo

Samira Najara Gatti

Manhã

EMEIEF Santa Esmeralda

Rafaela Souza dos Santos

Manhã

 

Leia mais ...

Atividades de Educação Especial e Inclusiva para fazer em casa divertem e estimulam alunos

A cuidadora de idosos Simone da Silva Barreto, de 36 anos, moradora do Pq. São Miguel, incluiu na rotina diária em sua casa, nesta quarentena, momentos de contação de histórias para o filho Felipe, de 11 anos. O garoto tem paralisia cerebral e cardiopatia e, por isso, é uma das 150 crianças acompanhadas pela equipe de Escola Especial do Cier (Centro Integrado de Educação e reabilitação) Romildo Pardini, unidade educacional da Prefeitura de Hortolândia, vinculada à Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia. Os momentos lúdicos em família na casa do Felipe contaram com o suporte da equipe do Cier, que preparou com carinho materiais de apoio, como fantoches de papel e outras atividades. O conteúdo enviado para as famílias diverte e ajuda no estímulo e desenvolvimento das crianças.

“Todos os alunos foram contemplados com atividades específicas para este período em que as aulas estão suspensas, por conta da pandemia de Coronavírus”, destacou o diretor do Cier, Donizeti Faria. “Achei bem interessante o material que eu busquei no Cier para usar nas atividades em casa. Havia tinta guache, cola, giz de cera, bexigas e outras coisas. Mas o que o Felipe mais gostou foram as máscaras e fantoches para a contação de histórias. Até a historinha veio junto, escrita, para eu ler para ele”, avalia Simone. A mãe do aluno diz que também foi entregue pelo Cier uma lista de rotina, com horários pré-estabelecidos para atividades do dia a dia. “Pregamos na parede e tem sido útil para toda a família”, comentou.

“As atividades foram preparadas em forma de kits práticos, de acordo com os níveis de atendimento dos alunos, sendo: estimulação sensorial; vivência pedagógicas; oficinas ocupacionais assistidas; e oficinas ocupacionais de gerenciamento, capacitação e padaria artesanal”, explicou o diretor da unidade. As atividades realizadas no Cier fazem parte das ações de Educação Especial e Inclusiva oferecidas pela Prefeitura de Hortolândia.

AEE

Além dos alunos da Educação Especial atendidos exclusivamente no Cier, a Prefeitura de Hortolândia oferece o AEE (Atendimento Educacional Especializado) para 670 crianças com deficiência (auditiva, visual, múltiplas, física, síndromes autismo e surdocegueira), alunos que estão inseridos na rede regular de ensino. De acordo com a coordenadora da Educação Especial e Inclusiva, Regina Célia Dias A. Shigemoto, o AEE conta com 30 professores, que atuam nas 57 escolas municipais. “Para atender estes alunos neste período de pandemia, a equipe do AEE inicialmente orientou as famílias quanto à necessidade de ter e seguir uma rotina em casa, além de realizar atividades diversificadas, ajudando as crianças a superarem o atual momento”, explicou. Como material de apoio, as famílias receberam atividades impressas, jogos construídos pelo professor AEE e livros específicos. Além disso, conteúdo didático é postado no Blog Educação, que pode ser acessado no site da Prefeitura.

Todos os estudantes da rede municipal de ensino de Hortolândia, que frequentam as várias séries da Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos) encontram atividades específicas no Blog Educação, independente de serem ou não atendidos pela equipe do AEE. A diferença é que, no caso do AEE, os professores prepararam atividades específicas, de acordo com o desenvolvimento individual da criança. “As deficiências, as dificuldades e as limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem restringir o processo de ensino. É necessário buscar formas, alternativas, para que todos possam aprender. Este é o nosso grande esforço”, destaca Regina.

Blog Educação

A Prefeitura de Hortolândia criou o “Blog Educação”, em que disponibiliza atividades escolares aos alunos da rede municipal de ensino, desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental/Educação Integral até a EJA. Com o material, que pode ser conferido online no site oficial da Administração e, também, baixado para estudos offline, os estudantes mantém a rotina de estudos em dia.

A criação do “Blog Educação”, elaborado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia, é mais uma ação para proporcionar aos estudantes da rede municipal atividades que seriam passadas em sala de aula, fazendo com que eles mantenham a rotina diária de estudos remotos. De acordo com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, logo no início da suspensão das aulas, as escolas entregaram às famílias dos alunos livros didáticos e paradidáticos, com atividades diversas para serem realizadas em casa.

Dentro do blog principal, clicando nos links “Educação Infantil”, “Ensino Fundamental e Educação Integral” ou “EJA”, é possível encontrar as atividades por escolas. Conforme esclarece a Secretaria e Educação, Ciência e Tecnologia, cada escola é responsável pelo seu conteúdo, com identificação do ano, disciplina, nível ou área de conhecimento, facilitando o acesso e busca pelas atividades. No blog também estão disponíveis atividades pedagógicas relacionadas à Educação Especial, Educação Física, Inglês, além de Arte e Música.

De acordo com a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Sandra Fagundes Freire, as atividades do blog serão conferidas pelos professores, na escola, após o retorno das aulas. “Estamos nos adaptando para atender a comunidade escolar e acompanhar os alunos de uma forma diferenciada. As atividades permite um auxílio às famílias, para que os alunos possam estabelecer uma rotina ainda mais eficiente, em suas casas, garantindo o vínculo, a aprendizagem continuada, com muita leitura e atividades que relembram o conteúdo já visto. Mas, assim que as escolas reabrirem, as atividades serão conferidas, corrigidas e continuadas”, destacou Sandra.

Leia mais ...

Prefeitura forma mais 100 pessoas no curso de Libras

Mais de 100 formandos receberam, na noite desta segunda-feira (09/12), o certificado de conclusão do Curso de Formação Continuada em Libras (Língua Brasileira de Sinais), promovido pela Prefeitura de Hortolândia. Mais que a entrega de diplomas, a cerimônia marcou também a celebração pela décima edição do curso, realizado gratuitamente pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, de modo a beneficiar profissionais da educação municipal e também membros da comunidade. As secretárias Sandra Fagundes Freire (titular) e Roberta Morais Diniz (adjunta); a diretora Maybe Letícia Lordano de Freitas (Educação Básica) e a coordenadora da Educação Especial e Inclusiva, Regina Célia Dias A. Shigemoto, participaram do evento, que aconteceu no auditório Profa. Andreia M. Borelli, no Remanso Campineiro.

“Não é apenas mais uma formação. São 120 pessoas que estão valorizando e participando da emancipação da vida de muitos cidadãos de Hortolândia. Então, nesse sentido, queremos parabenizar cada um de vocês, que estão se formando hoje e acreditam neste trabalho, nesta formação e têm a disponibilidade para contribuir com a nossa sociedade”, ressaltou a secretária Sandra Fagundes Freire, anunciando a abertura de novas turmas do curso para 2020, tanto para servidores municipais, quanto para a sociedade em geral.

Durante a cerimônia, a coordenadora da Educação Especial e Inclusiva, Regina Célia Dias A. Shigemoto, relembrou os primeiros tempos da formação, disponibilizada pelo município. “Já são 10 anos de curso de Libras. Inicialmente, foi um curso de poucas horas e com poucas pessoas. Atualmente, temos dois cursos de 120h, destinado aos profissionais de Educação e outro para a comunidade e outros serviços da Prefeitura. Cada ano fica melhor e mais pessoas querem participar. Temos em torno de 800 a 1000 inscritos para os dois cursos, com 120 vagas”, afirmou ela, acrescentando. “O curso que oferecemos na cidade é reconhecido em toda a região, pois a carga horária é maior, tendo mais atividades e oficinas. Os especialistas que ministram são sempre reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação) e o grande diferencial é que buscamos valorizar não só a Libras, mas toda a cultura, a questão sintática e a semântica. Outro ponto que destacamos é que temos duas turmas, uma com professores da rede, onde exploramos o viés educativo, e outra turma com pessoas da comunidade, que trabalham no Fórum, em unidades de saúde, em comércios, bancos e exploramos um viés de relacionamento. Quanto mais pessoas pudermos formar, melhor e mais inclusiva será a vida dos surdos na sociedade”, ressaltou Regina.

“Este ano, nosso curso está completando 10 anos de existência na Prefeitura. É o primeiro e o único no país que englobou toda esta população, muito antes de a Libras ter toda a visibilidade que tem hoje. É um curso para iniciantes, é a base para o aluno ir buscar outros conhecimentos, até uma pós-graduação. Mas permite a comunicação com os surdos. Se o surdo chegar numa repartição pública, vai se sentir acolhido, que ele pode se comunicar com as pessoas. Todos aos anos trago um representante da comunidade surda para estar comigo, um surdo que tem domínio de Libras para agregar conhecimento e para os alunos conhecerem o que acontece de verdade”, comentou a professora Elaine Aparecida da Silva.

Entre os formandos estava a psicóloga Elisabeth Felipe de Aquino, que atua profissionalmente e mora em Sumaré. “Fazer este curso em Hortolândia foi um presente. Lá em Sumaré não temos a oportunidade de fazer a Libras. Tem uma instituição que oferece, mas abre poucas vagas. Eu acho que é de extrema importância representar a Psicologia neste lugar e ampliar este olhar. Quando a gente fala em uma pessoa surda, fala também de uma comunidade, porque ela vive em sociedade e precisa ter acesso. Não só de ser incluso, mas saber que esta é uma língua e é necessário respeito e a interação deste sujeito no meio, que todos possam ter acesso a esta forma de falar”, ressaltou Elisabeth.

Para melhorar a atuação profissional, a nutricionista Kelly Cristina Henrique da Silva Gonçalves, que mora em Hortolândia e trabalha no setor privado, decidiu fazer o cursos de Libras. “Muitas empresas onde o grupo em que eu trabalho atua tem surdos e, às vezes, eles perguntam e a gente não consegue atender. Querem ser bem atendidos e saber coisas sobre nutrição. Por esta necessidade, resolvi que eu deveria me incluir no mundo deles. Por isso, busquei a Libras para me inteirar a atender este público”, argumentou a profissional. 

“Este curso torna a gente mais humana. A gente vê a dificuldade do surdo na sociedade, como sofre por ter uma invisibilidade social, por serem deixados de lado. Este curso me ajuda por me dar mais um 

pouco de segurança para me comunicar com eles e ajudá-los a ter uma vida mais digna, porque parece que vivem num mundo paralelo”, destacou Sandra Ap. Gomes Benedito, profissional da educação na Emef Salvador Zacarias Pereira Jr, no Jd. Novo Ângulo.

Leia mais ...

Simpósio reúne mais de 300 interessados em se atualizar sobre educação especial e inclusiva

A fim de discutir os “Transtornos do Neurodesenvolvimento”, centenas de pessoas reuniram-se, na noite desta segunda-feira (11/11), no auditório da FACH (Faculdade de Hortolândia), no Jd. Amanda, na abertura do VII SEEI (Simpósio de Educação Especial e Inclusiva 2019), promovido pela Prefeitura de Hortolândia. As diretoras Maybe L. Lordano de Freitas (Educação Básica), Fabiana Rodrigues (Ciência e Tecnologia) e Selma Epifania (Educação Integral), assim como a coordenadora da Educação Especial, Regina Célia A. D. Shigemoto, receberam os palestrantes convidados e os inscritos no simpósio.

Gratuito, o evento voltado a profissionais da educação, saúde e interessados em se atualizar sobre o tema se estende até esta quarta-feira (13/11), com palestras com grandes nomes da área (veja abaixo), sempre no período da noite. Segundo os organizadores, a edição deste ano tem mais de 350 inscritos. 

No primeiro dia de trabalhos, “Dificuldades e transtornos de aprendizagem” foram o primeiro aspecto em pauta. O assunto foi abordado por Fernanda Lima, mestra em Saúde Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM/Unicamp-Universidade Estadual de Campinas). A psicóloga esclareceu que os Transtornos da Aprendizagem referem-se a um distúrbio do desenvolvimento e têm prevalência  de 5% a 15% da população escolar. Têm início em fases precoces da vida e podem persistir até a idade adulta. Por isso, a importância de conhecer e compreender os sinais desde da primeira infância, realizando as intervenções necessárias.

Em seguida, coube ao médico Sílvyo David Araújo Giffoni, doutor em Ciências Médicas pela Unicamp, neuropediatra do Disapre (Ambulatório de Distúrbios de aprendizagem) da Unicamp, do Ciapre (Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem) e do Sensi Saúde, falar sobre “Avaliação neurológica do escolar”. O profissional, renomado entre os que atuam na inclusão e na adaptação escolar de alunos, conscientizou os presentes quanto à importância da atuação dos professores junto aos alunos com diferentes formas de aprender e da estimulação dos sentidos, orientada  pelas fases do desenvolvimento infantil. Giffoni ressaltou que as crianças  necessitam vivenciar, experimentar, aguçar todos os sentidos, principalmente a coordenação motora  global, que, nos últimos tempos, tem sido negligenciada pelo uso em excesso de telefones inteligentes, tablets e celulares, bem como pela ausência ou superproteção da família. O pediatra enfatizou a neuroplasticidade cerebral, que possibilita a criação de novas rotas de aprendizagem, de acordo com a estimulação recebida.    

Por fim, a psicóloga Márcia Maria Toledo, doutora em Ciências Médicas pela Unicamp, discorreu sobre “Transtornos emocionais”. Segundo ela, muitas crianças e adolescentes estão doentes por vários fatores externos e necessitam de ajuda para crescerem adultos saudáveis. Caso contrário, podem se  perder na vida do crime, das drogas, do suicídio ou de outros riscos. Ela mostrou o quanto é importante a prevenção. Para tanto, é necessário estar atento aos  sintomas e cuidados  desde da infância. Salientou o esforço dos professores para com os alunos que apresentam características de transtornos emocionais e necessitam mais do que aulas, mas sim de compreensão, acolhimento e intervenção para que possam superar as dificuldades, a  alienação e os fracassos que a vida impôs a eles.

De acordo com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, o objetivo do simpósio é discutir aspectos importantes na atenção das pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, no que se refere a diagnóstico, avaliação, estratégias de intervenção, bem como inclusão educacional e social, pautados nos preceitos das leis que garantem proteção e igualdade  de oportunidades para todos.

Ao longo de três dias, o evento contará com a participação voluntária de outros profissionais, de diversas especialidades, do Ciapre e do Disapre/Unicamp. Dentro de uma proposta interdisciplinar, os palestrantes abordarão temas voltados à saúde mental e  aprendizagem na infância e adolescência. “Transtornos do Neurodesenvolvimento” é o termo utilizado na 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V), para descrever os diversos tipos de transtornos que afetam crianças, adolescentes e adultos na vida familiar, social, escolar e no trabalho.

“Sou muito grata pelo apoio e participação de todos - 358 participantes interessados e atentos às palestras. O simpósio sempre é um marco no trabalho da Educação Especial e Inclusiva. Em todas as edições, procuramos trazer os melhores profissionais, as melhores práticas na Educação Especial e Inclusão. Contamos com profissionais capacitados, com larga experiência no atendimento de escolares com transtornos do neurodesenvolvimento”, salientou a coordenadora Regina Shigemoto, uma das organizadoras do evento.

 

SERVIÇO:

VII Simpósio de Educação Especial e Inclusiva 2019

Data: 11 a 13/10

Local: FACH (Faculdade de Hortolândia)/ UNIESP (Universidade Brasil)

Endereço:  Av. Santana, 1070, Jd. Amanda

 

Confira abaixo a programação completa: 

 

12/11, terça-feira

18h30 as 19h20 – Dificuldades e transtornos da matemática (Dra. Sonia D Rodrigues) 

19h20 as 20h10 – Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade: manejo escolar (Gabriella Conte) 

20h10 às 20h30 – Intervalo  

20h30 às 21h30 – Dislexia: mitos e verdades  (Janaína Ap. O. Augusto)

 

13/11, quarta-feira 

18h30 as 19h30 – Autismo (Ms. Fernanda Caroline P. Silva)

19h30 as 20h20 - Dificuldades e transtornos da escrita: Identificação e intervenção precoce (Rita Fornasari)

20h20 as 20h40 -  Intervalo 

20h40 às 21h30 - Transtornos do neurodesenvolvimento: possibilidades de adaptação pedagógica (Rachel Orsi)

 

Conheça os palestrantes:

Silvyo David Araújo Giffoni 

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1994), Especialista em Neuropediatria pela UNESP (1997), Especialista em Genética pela Unicamp (1999), mestrado em Ciências Médicas pela Unicamp (2000) e doutorado em Ciências Médicas pela Unicamp (2005). Possui, ainda, graduação em Administração pela Universidade Estadual do Ceará (1989). Atualmente é o Neuropediatra do Ambulatório de Distúrbios de aprendizagem (DISAPRE) da Unicamp, Neuropediatra do CIAPRE (Centro de Investigação da atenção e Aprendizagem) e do Sensi Saude. Neuropediatra da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Nova Odessa e do CEIVI (Centro de Especialidades Integradas de Vinhedo). Pediatra do Hospital Municipal de Paulínia. Membro do grupo de pesquisa CNPq Neurodesenvolvimento, aprendizagem e escolaridade. professor visitante e pesquisador da Unicamp. É membro da International Child Neurology Association (ICNA), da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), da Associação Brasileira de Neurologia (ABN), da Sociedade Brasileira de Genética Médica e da Associação Brasileira de Neurologia Psiquiatria Infantil e àreas afins (ABENEPI), tendo já sido secretário e tesoureiro e vice presidente da ABENEPI paulista.Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neuropediatria e Genética atuando principalmente nos seguintes temas: Autismo, TDAH, Transtornos de aprendizagem, adaptação escolar e inclusão, Paralisia cerebral, reabilitação, equoterapia, epilepsia e cefaléia. Em genética em erros inatos do metabolismo, Síndrome de Down, displasia frontonasal, anomalias craniofaciais, defeitos de linha média facial. Idealizou e mantém ativo desde 2017, o GEPETEA (Grupo de estudos permanentes em transtornos do espectro autístico).

 

Sônia das Dores Rodrigues

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (1997), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2008). Tem especialização em Psicopedagogia e Psicomotricidade. Atualmente é pesquisadora do DISAPRE (Laboratório de Pesquisa em Distúrbio da Aprendizagem e Transtornos da Atenção); Membro do Grupo de Pesquisa CNPq Neurodesenvolvimento, Escolaridade e Aprendizagem; Coordenadora do CIAPRE (Centro de Investigação da Aprendizagem), Membro da Diretoria da ABENEPI Nacional (2016-2017 e 2018-2019) e Membro da Diretoria (São Paulo) da Associação Brasileira de Psicomotricidade, Atua nas áreas de educação e saúde (neuroeducação), investigando aspectos relacionados ao neurodesenvolvimento, dificuldades e transtornos da aprendizagem e problemas de atenção. Foi Presidente do Capítulo Paulista da ABENEPI (2014-2015) (Texto informado pelo autor)

Gabriela Conte  - Psicóloga e Neuropsicóloga   

Mestranda em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduação em Psicologia (Pontifícia Universidade Católica de Campinas/PUC-Campinas). Tem aprimoramento profissional em "Psicologia clínica aplicada à neurologia infantil" (FCM/ UNICAMP). Atualmente é membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/ UNICAMP). Membro da equipe interdisciplinar do Ambulatório de Neuro-Dificuldades de Aprendizagem no Hospital de Clínicas (UNICAMP), do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem (CIAPRE) e da Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e profissões afins (ABENEPI). Monitora dos cursos de especialização em Neuropsicologia Aplicada à Neurologia Infantil (UNICAMP). Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em neuropsicologia.                   

 

Fernanda Caroline Pinto da Silva 

É graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Estadual de Campinas (2007), especialista em Saúde Mental com Ênfase em Transtorno do Espectro Autista pelo INAPEA (2013), especialista em Neuropsicologia Aplicada à Neurologia Infantil pela Escola de Extensão da Universidade Estadual de Campinas- Extecamp (2014), mestranda do programa de Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação - FCM/ UNICAMP (2017). Tem experiência nas áreas de Fonoaudiologia clínica, educacional e hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: Neurociências, Neurodesenvolvimento, Aprendizagem, Educação Inclusiva, Transtorno do Espectro Autista, Afasias e Disfagias. 

Marcia Maria Toledo 

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1992), aprimoramento em Neurologia Infantil - UNICAMP (1993), Especialização em Psicomotricidade - Organização Internacional de Psicomotricidade OIP (1996), mestrado (2000) e doutorado (2006) em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas. Docente da Universidade Paulista - UNIP - Limeira. Membro do Laboratório de Pesquisa em Dificuldades, Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos de Atenção - DISAPRE/UNICAMP. Psicóloga Psicomotricista Clínica de crianças e adolescentes - Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem - CIAPRE. Atua principalmente nos seguintes temas: Psicoterapia Comportamental Infantil, Orientação Familiar, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Transtornos Comportamentais e Emocionais na Infância e Adolescência, Avaliação psicomotora e neuropsicológica, Orientação escolar, Psicomotricidade e Supervisão.

Fernanda de Lima

Graduação em Psicologia (Universidade Estadual de Londrina). Mestra em Saúde Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM/UNICAMP). Aprimoramento Profissional em Psicopedagogia em Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP), título de especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Psicologia. Formação em Reabilitação Neuropsicológica/Cognitiva (FM/USP). Atualmente realiza atendimentos a crianças e adolescentes na área de educação especial. Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em neuropsicologia.

 

Janaína Aparecida de Oliveira Augusto

Possui graduação em Psicologia pela Universidade São Francisco, aprimoramento profissional em psicologia clinica em neurologia infantil e especialização em neuropsicologia aplicada à neurologia infantil pela Unicamp , formação em reabilitação neuropsicológica pela USP. Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em Psicologia educacional, avaliação e reabilitação neuropsicológica infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação infantil, avaliação neuropsicologia, dificuldades de aprendizagem, acidente vascular cerebral na infância e lesões adquiridas na infância. Atualmente é membro do grupo de pesquisas Anormalidades Neurovasculares na Infância e Adolescência (ANVIA / UNICAMP), do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades em Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE - UNICAMP) e da equipe clínica do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem (CIAPRE) e supervisora do programa de aprimoramento em Psicologia Clínica e Psicopedagogia em Neurologia Infantil.

Rachel Cristina Coppola Orsi Rodrigues

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999). Especialização em Psicopedagogia pela UNICAMP (2003) Neurociência (2016) Atualmente é psicopedagoga do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem CIAPRE. Pedagoga -Colégio Rio Branco.Membro do DISAPRE/FCM/UNICAMP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação e intervenção nas dificuldades de aprendizagem. 

 

Rita de Cássia Coutinho Vieira Fornasari

Graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1987), especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC), e em Neuropsicologia Aplicada á Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Membro da equipe do ambulatório de Neuro- Dificuldades de Aprendizagem (Hospital de Clínicas da Unicamp) e membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/UNICAMP). Fonoaudióloga na Clínica Bem Estar

 

Rita de Cássia Coutinho Vieira Fornasari  

Graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1987), especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC), e em Neuropsicologia Aplicada á Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Membro da equipe do ambulatório de Neuro- Dificuldades de Aprendizagem (Hospital de Clínicas da Unicamp) e membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/UNICAMP). Fonoaudióloga na Clínica Bem Estar. 

Leia mais ...