Centro de Educação Musical transforma alunos em músicos profissionais
Música muda vida de jovens que encontraram na arte de tocar um instrumento meio de vida
Com aulas que vão desde a iniciação até o aperfeiçoamento musical, o CEMMH (Centro de Educação Musical Municipal de Hortolândia) tem transformado a vida de muitos aprendizes, moradores da cidade que durante anos se dedicam a aprender a tocar um instrumento. Não raro, o lazer ultrapassa as barreiras e a música também se torna uma profissão.
É o caso de Josy Pironelli. Com dez anos, conheceu o oboé, um dos instrumentos de sopro considerados mais difíceis, devido ao controle respiratório que exige de quem o toca. Antes já tocava saxofone. Mas foi com o oboé que, seis meses depois de começar as aulas, descobriu o que realmente gosta. “O oboé não é um instrumento comum. Gosto da sonoridade que ele tem”, afirma. Hoje, aos 19 anos, Josy faz faculdade de música e se apresenta com a Banda Municipal por toda a região. Embora a escolha não tenha sido fácil, ressalta que não vive sem música. “Se eu não fizer música, não consigo nem respirar”, comenta.
Para o irmão de Josy, Rodrigo Pironelli, de 28 anos, o sentimento é o mesmo. A influência da família foi grande para começar a se interessar pela música, neste caso, a clarineta, instrumento que sua mãe também toca. “É um instrumento versátil. Tem em orquestra, grupo de choro, música popular e erudita”, diz. Rodrigo faz parte da Banda Municipal e do grupo Madeira Brasil, além de se apresentar em eventos particulares. Para ele, agora a música é um meio de vida e o principal atrativo é o desafio que oferece. “Sempre busco mais na música, procurando e solucionando problemas”, destaca.
Rafael da Silva também é músico profissional, graças ao CEMMH. Sua paixão pelo saxofone, instrumento que toca na Banda Municipal e no grupo Vibrasax, começou por acaso. “Consegui o saxofone com um amigo. Eu Me identifiquei com o instrumento e fui um dos primeiros a me inscrever para fazer aulas no Centro, em 2002”, diz. A história não para por aí: Rafael, que hoje tem 30 anos, continua a se dedicar à música, indo estudar no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, em Tatuí, interior de São Paulo. No momento, além de fazer apresentações em eventos da Prefeitura, distribui seu talento tocando em festas de casamento e dando aulas particulares de saxofone.
Segundo o músico, basta existir vontade para que as pessoas aprendam a tocar um instrumento. “Não é qualquer cidade que oferece a estrutura que o CEMMH tem hoje, com cursos gratuitos, professores renomados e oferecendo o instrumento para que o aluno possa estudar. Isso tudo dá oportunidade para que a criança saia da rua, por exemplo, e aprenda música”, destaca. “A música faz parte do meu dia a dia. Quando não estou apresentando, estou ensaiando ou ensinando. Não consigo me imaginar sem música”, completa.
A instrumentista Juliana da Silva Landinho tem 20 anos e sua história com o CEMMH começou na unidade escolar onde estudava, quando viu uma apresentação do projeto Banda na Escola. “Comecei a ter aulas de trompa no CEMMH com 14 anos. Quando o professor tocou a música de um filme, achei lindo o som do instrumento, que é incomum e tem um alto grau de dificuldade”, comenta. “Depois de dois anos estudando, comprei minha própria trompa. Hoje curso licenciatura em música pela UNIMES (Universidade Metropolitana dos Santos) e também faço parte do Programa Mais Educação, na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Jd. Santiago. Na escola, tocamos músicas que são temas de desenhos animados e estão no dia a dia das crianças”, ressalta.
Além disso, Juliana faz parte da Banda Municipal e do grupo Da Campana pra Fora. “A música traz uma forma de viver que faz bem pra mim. É um trabalho e um lazer ao mesmo tempo”, revela.
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