Cier ganha consultório odontológico, padaria artesanal e academia ao ar livre

Hortolândia dá mais um passo importante rumo à inclusão social de pessoas com deficiência. O Cier (Centro Integrado de Educação e Reabilitação Romildo Pardini), órgão da Secretaria de Educação da Prefeitura, ganhou consultório odontológico próprio para atendimento dos alunos, padaria artesanal e academia ao ar livre.

A inauguração dos três espaços inclusivos, que aconteceu, nesta quarta-feira (28/05), marca uma nova parceria entre as secretarias de Educação e Saúde – Atenção Básica e Especializada. A cerimônia contou com a presença do prefeito Antonio Meira, de secretários municipais, vereadores, profissionais da educação e saúde, estudantes, pais e responsáveis. Especializada no atendimento a crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual grave, deficiências múltiplas e paralisia cerebral, a unidade escolar está localizada na Av. Olívio Franceschini, 200, no Parque Santo André.

“Nosso governo se preocupa com as pessoas, inclusive com esta parcela da população que merece cuidados especiais. É por isso que lutamos, em Hortolândia, para melhorar a saúde pública e também a educação, seja aprimorando a merenda escolar, com cardápios mais balanceados, seja construindo mais creches, seja realizando benfeitorias como as que fizemos nesta escola”, destacou o prefeito Antonio Meira. “Estas pessoas merecem ser atendidas com dignidade e carinho. Com o novo consultório, vão poder receber, na própria escola, atendimento com profissionais da saúde. Na padaria artesanal, terão oportunidade de capacitação profissional e, na academia ao ar livre, alunos e familiares poderão desenvolver suas aptidões físicas”, afirmou.

Presente ao evento, a vice-prefeita e secretária de Governo, Renata Belufe, ressaltou a dedicação dos profissionais de ambas as pastas que atuam no Cier. “Este governo tem um olhar sensível para as pessoas que são especiais de alguma maneira. Parabenizo os anjos que, na saúde e na educação, cuidam de nossas crianças, aqui mesmo no nosso município”, afirmou.

Para a secretária de Saúde, Paula Nista, o trabalho em conjunto com a Educação representa um grande avanço. “Esperamos que a parceria continue rendendo bons frutos”, declarou.

“Após a reforma das oficinas terapêuticas, é uma satisfação voltar ao Cier para inaugurar estes três espaços tão importantes para o desenvolvimento pleno das crianças e dos jovens em atendimento aqui: a oficina de padaria artesanal, o consultório odontológico e a academia pública. Eles representam um avanço no trabalho pedagógico e inclusão social dos jovens com deficiência”, avalia a secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira. “Sonhamos juntos para realizar muito mais. Cinquenta profissionais da Educação trabalham muito no Cier para que a inclusão social aconteça em Hortolândia”, ressalta.

De acordo com a diretora do Cier, Zilda Rossi, a instalação de um consultório odontológico na própria unidade, além de facilitar o atendimento, permite a realização de educação preventiva junto aos alunos. “Na padaria artesanal, estamos oferecendo cursos também para os pais de nossas crianças e jovens, estimulando a alimentação saudável, a geração de renda para as famílias, autonomia e autoestima dos alunos. Na academia ao ar livre, facilitamos a interação entre as diversas gerações. Lá, também podem desenvolver hábitos saudáveis, que levam à qualidade de vida”, acrescentou.

Atendido no Cier desde que a unidade funcionava no Jd. Rosolen, César Augusto da Silva, de 40 anos, morador do Jd. Maria de Lourdes, participa das oficinas de artesanato e ajuda no plantio e manutenção de hortas e jardins. Para ele, estar no Cier é como estar em casa. “Faço o que faço com muita alegria, para os alunos, não para mim. Gosto quando eles ficam satisfeitos. Ter a padaria, as outras oficinas e o consultório é muito bom. Vai facilitar para nós”, afirma.

Satisfeita com a rápida melhora da filha, a costureira Maria do Carmo S. B. Raimundo, de 65 anos, moradora do Jd. Amanda, também vê com bons olhos as benfeitorias no Centro. “Representa muita coisa para nós, Ver as nossas crianças se desenvolvendo, aumenta a nossa esperança. A minha filha está aqui há dois meses, participa das oficinas terapêuticas. Agora, já consegue falar direito, está educada, obediente. Gosta muito de estar aqui, com os professores e amigos. Esperamos que a Prefeitura amplie ainda mais as benfeitorias. Hoje, vejo que nossas crianças têm um lugar ao sol, podem se profissionalizar, estudar e se qualificar, que não ficam mais sentadas em casa, escondidas, sem possibilidade, como antes”, comemora.

Padaria artesanal

A formação e implantação do projeto da padaria artesanal é resultado de uma parceria entre a Prefeitura e o governo estadual. A capacitação, ainda em projeto piloto, tem duração de cinco semanas. A cada semana, o aluno aprende receitas de pães, doces e salgados, como rosca, pão de beterraba, maçã, ou cenoura. Ao todo, 60 pessoas já se formaram na oficina, entre alunos que frequentam o Cier e também pais de estudantes. Em breve, toda a comunidade poderá se inscrever para a capacitação.

Consultório odontológico

Para o projeto do consultório odontológico, a secretaria de Educação fez uma parceria com a secretaria de Saúde – Atenção Básica e especializada. Dentistas que fazem atendimento no CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), também realizarão acompanhamento dos cerca de 150 alunos do Cier.

De acordo com a dentista especializada em pacientes com necessidades especiais, Larissa Rodrigues Avalos, não há uma meta de atendimento, já que todos os alunos do Cier passam a contar com acompanhamento permanente. “A criança com necessidades especiais tem mais dificuldade em manter uma higiene bucal adequada. Por isso, o atendimento é diferenciado. Não é um tratamento que inicia e termina, é um acompanhamento constante”, explicou.

“O principal benefício deste consultório no Cier é a comodidade aos pais. Antes, eles precisavam levar os filhos até o CEO, no Parque Ortolândia, para este acompanhamento. Agora, durante o horário de aula, vamos levar este aluno até o consultório e realizar o acompanhamento no próprio Cier”, enfatizou a profissional. “Conseguimos montar na unidade um consultório completo, muito bem adequado. Mas é preciso muito mais do que capacidade técnica para atender estas crianças. É preciso amor”, finalizou Larissa.