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Com aulas e reuniões de apoio ao empreendedor, Centro Público de Economia Solidária melhora vida de moradores da cidade

Com aulas e reuniões de apoio ao empreendedor, Centro Público de Economia Solidária melhora vida de moradores da cidade

Órgão da Prefeitura promove inserção de microempreendedores no mercado de trabalho e complementa renda de famílias

 

O Centro Público de Economia Solidária de Hortolândia, órgão da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social da Prefeitura, tem transformado, para melhor, muitas vidas ao longo dos anos. Criado em 2009 para apoiar o desenvolvimento dos empreendedores da economia solidária, o local é o espaço destinado à realização de aulas para que os inscritos aprimorem suas atividades no ramo alimentício, têxtil ou artesanal.

Ao todo, são 125 empreendedores cadastrados no Centro que veem a vida mudar a partir da oportunidade de expandir os conhecimentos na área em que exercem a profissão. As atividades aprendidas em aula, bem como a licença fornecida para atuar em praças públicas e eventos municipais, ajudam a complementar a renda de muitas famílias da cidade, proporcionando melhor qualidade de vida àqueles que procuram uma inserção no mercado de trabalho. Os interessados em realizar a inscrição devem ir ao Centro de Economia Solidária com RG, CPF e comprovante de residência em mãos.

Segundo a secretária de Inclusão Social e Desenvolvimento Social, Rosana Nascimento da Silva, a Economia Solidária é uma alternativa para geração de renda e contribui com a inclusão social no município. “Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário”, explica.  

“O Centro de Economia Solidária é um meio de contribuir com a renda e tem o objetivo de emancipar o cidadão; dá liberdade para que a pessoa comercialize alimentos, produtos artesanais que ele mesmo faça ou compre”, complementa Alexandra de Souza, diretora do Departamento de Trabalho e Geração de Renda, pertencente à Secretaria de Inclusão Social.

Negócio atrai negócio

Uma destas pessoas é o comerciante Rubens Balzi Aleproti, de 55 anos, que tem uma barraquinha de alimentos na praça em frente à Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Profª Zenaide Ferreira de Lira Seorlin, no Remanso Campineiro, onde vende seu famoso taco, receita da culinária mexicana que ele fez questão de trazer para Hortolândia. Trabalha no local desde janeiro de 2013 e também faz parte do Conselho de Economia Solidária.

Formado em Administração, Rubens Aleproti é morador do Pq. Ortolândia há 12 anos. Já possuiu lanchonete em Brasília, onde morava antes, fornecendo lanches para diversos políticos do País. Em 2010, já em Hortolândia, passou por um momento de dificuldade. Desempregado, informou-se com empreendedores de uma barraca de alimentos na Praça Neusa Marchetti, no centro da cidade, a respeito do processo para abrir um negócio nas praças da cidade. Orientado pelos comerciantes, obteve na Prefeitura, junto à Secretaria de Inclusão Social, as informações necessárias. “Para mim, a coisa mais importante na vida é a definição de um objetivo: onde estou, para onde eu vou e como eu vou. Fui recebido na Economia Solidária e me explicaram como funcionava o Centro. No começo, nem tinha a barraca. Após dois meses, comprei a minha própria, com o dinheiro que estava ganhando”, comentou.

Sobre o atendimento aos clientes, o microempreendedor destaca que é essencial recebê-los bem: “A obrigação é minha de me sentir honrado em receber o cliente. Ter espontaneidade e reconhecimento das pessoas é importante. Sem esse reconhecimento das pessoas, nada vale na vida, seja pessoal ou profissional. Reconhecimento aliado a respeito, proatividade. O que falta nas pessoas é a humanização. Deve haver a humanização no comércio e em todas as instituições”, comenta.

Mesmo com a ajuda do Centro de Economia Solidária, o comerciante diz que o empenho do empreendedor é fundamental, para que haja um impacto positivo na cidade. “Negócio atrai negócio. No ambiente da Economia Solidária, você cria oportunidades para quem frequenta o local, como por exemplo, as praças. A mim, deram a oportunidade do local, da licença e de estar com o público. Mas é preciso prosperar também, não ficar estagnado”, explica. “Com o negócio, você se desenvolve a um custo baixo. Com o apoio do município, consegue suprir sua necessidade. É como a planta que você cuida, até ela estar bem sozinha. A Prefeitura te mantém vivo, até você poder viver sem ajuda”, completa Aleproti.

Apoio à arte

Natalina do Carmo Felipe já trabalhou como empregada doméstica e cozinheira de restaurante. A vida mudou, quando se tornou uma empreendedora no ramo artesanal, graças à colaboração do filho. “Ele começou a trabalhar em um lugar que fazia cadeiras e vasos e me ensinou toda a técnica. Há três anos comecei a trabalhar com cestos e vasos de junco sintético”, afirma.

Com a ideia em mente, Natalina conheceu o Centro de Economia Solidária por indicação de outro empreendedor. Ao chegar à sede, convidaram-na a fazer o cadastro. Então, posteriormente, passou a trabalhar aos domingos no Parque Irmã Dorothy, no bairro Jd. Nossa Senhora de Fátima.

A partir disso, por estar cadastrada no Centro, na unidade Hortolândia, a artesã conseguiu vender seus produtos em outras cidades da região. Já expôs seu trabalho no Paço Municipal, em Campinas, e foi convidada a expor também em São Carlos e Valinhos. Atualmente, participa de eventos em Hortolândia, como o Natal no Parque e exposições no Largo do Pará e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), ambos em Campinas. “Se você é cadastrado no Centro da sua cidade, pode participar dos centros da região também”, explica Natalina, que também já participou de fóruns da Economia Solidária em Campinas, São Paulo e Rio Claro, sempre representando Hortolândia.

Segundo a artesã, a ajuda de outros empreendedores e da unidade do Centro de Economia Solidária em Hortolândia foram importantes. “Aprendi muito com outro artesão, aqui do Jd Amanda. Gosto do que faço e isso ajuda no orçamento. Se não fosse o Centro, não estaria fazendo eventos em toda a região, pois além de fornecerem o local, eles ajudam na divulgação. Para mim, está bom demais”, afirma.

Economia Solidária

Segundo a Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social, o termo Economia Solidária significa uma forma diferente de trabalhar, produzir, vender, comercializar produtos, de forma que não prejudique o meio ambiente nem seja focada no capital. Trata-se de um pensamento diferente, voltado para a cooperação.

Atualmente, o funcionamento do Centro Público de Economia Solidária de Hortolândia é das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, na Rua Alda Lourenço Francisco, 231, no Remanso Campineiro. No local, são promovidas diversas atividades, reunião mensal dos empreendedores, além da inserção destes em eventos da Administração Municipal, por intermédio do órgão.

 

O trabalho artesanal dos empreendedores pode ser conferido aos sábados, das 9h às 16h, no estacionamento do Atacado Arena, na Avenida Santana, 1.100, no Jd. Amanda. No mesmo horário e local, de sexta a domingo também é possível apreciar os alimentos produzidos pelos empreendedores da Economia Solidária.

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