Hortolândia realiza contagem de larvas de Aedes aegypti encontradas em imóveis
Prefeitura inicia ADL (Análise de Densidade Larvária), nesta semana; ação é importante para o município definir estratégias de combate ao mosquito
Hortolândia prossegue firme com o combate ao Aedes aegypti, inseto que é o transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika. Nesta semana, a Prefeitura inicia a ADL (Análise de Densidade Larvária). A ação é realizada pela UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde. A ADL consiste na contagem de larvas do mosquito que são encontradas em imóveis da cidade. A contagem é feita por meio das visitas que os agentes do órgão fazem às casas dos moradores. A ação é importante para o município definir estratégias mais efetivas de combate ao Aedes aegypti e reforçar ações que já são realizadas.
A sanitarista do órgão, Isamara Araújo Campos, explica que para executar a ADL os agentes fazem visitas aleatórias em casas de todas as regiões da cidade. A definição dos quarteirões a serem percorridos é feita por sorteio. “Em razão da ação ser por amostragem, são visitados dez imóveis por quarteirão”, explica a sanitarista. No total, a meta é visitar em torno de 3.000 imóveis. A ADL deve durar 15 dias.
Nas visitas, os agentes entram nas casas para investigar locais onde há larvas do mosquito e eliminar as mesmas e os criadouros onde foram encontradas. Algumas das larvas são recolhidas, identificadas e contabilizadas para gerar o chamado Índice de Breteau, que mede a quantidade de larvas encontradas.
O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado baixo; de 1 a 4, médio; e acima de 4, alto. A ADL é realizada três vezes ao ano: em janeiro, julho e outubro. De acordo com a UVZ, a ADL registrada em outubro do ano passado foi 5,3, considerado alto. Já em janeiro do ano passado, a ADL medida foi de 6,4, também considerada alta.
PERMITIR A ENTRADA
Em razão da importância da ação, a sanitarista Isamara Araújo Campos salienta para que os moradores permitam a entrada das equipes em suas casas. Os agentes da UVZ estão identificados com crachá e uniforme. Em caso de dúvida, a população pode entrar em contato com a UVZ pelos telefones (19) 3897-3312 ou (19) 3897-5974. “Os agentes também dão orientações aos moradores para que façam sua parte e ajudem a Prefeitura a combater o Aedes aegypti e evitar o aumento da reprodução do mosquito”, ressalta Isamara.
Uma das ações que ajuda muito a combater a reprodução do Aedes aegypti é manter tampados tonéis, barris e caixas d’água para evitar que esses objetos se tornem criadouros onde a fêmea do Aedes possa depositar os ovos que darão origem a mais mosquitos.
Outra ação importante é limpar o quintal ou as áreas externas da casa para evitar que nesses locais grandes quantidades de garrafas PET, embalagens plásticas e pneus velhos fiquem expostos ao ar livre. Esses objetos podem acumular água parada, oriunda de chuva, e assim se tornarem criadouros do Aedes aegypti.
A Prefeitura reforça que a população deve fazer o descarte correto desses objetos nos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária de entulho e outros materiais recicláveis) do município. A lista de PEVs está disponível no site da Prefeitura, por meio deste LINK.
SINTOMAS
Caso o morador apresentar algum dos sintomas de Dengue, Chikungunya ou Zika, a Prefeitura orienta para que procure a UBS (Unidade Básica de Saúde) de referência ou mais próxima de onde mora para receber atendimento adequado, e com isso possibilitar que a Secretaria de Saúde faça a notificação correta do caso.
A UVZ salienta que os sintomas de Dengue, Chikungunya e Zika são parecidos. Dentre os principais sintomas da Dengue estão dores no corpo, de cabeça e na parte atrás dos olhos, febre, manchas e /ou pontos vermelhos no corpo, náusea e vômito. Já o sintoma principal de Chikungunya são dores nas articulações que persistem durante dias. Por fim, a Zika apresenta os seguintes sintomas: febre, mas não tão elevada, vermelhidão no corpo e nos olhos (neste último sem formação de pus).
De acordo com a UVZ, Hortolândia registrou no ano passado 3.823 casos notificados de Dengue, dos quais 1.131 positivos e nenhum óbito. Já de Chikungunya, o município registrou no ano passado 16 casos notificados, sendo nenhum positivo e nenhum óbito. Ainda no ano passado, Hortolândia registrou apenas um caso de Zika, sendo que foi negativo.