Operação contra uso e comercialização de cerol realizada pela Guarda Municipal segue intensificada em Hortolândia
Foram 30 autuações realizadas por agentes da segurança pública no final de semana passado
Uma antiga diversão colore os céus da cidade principalmente aos finais de semana. As pipas são a alegria de crianças e adultos e, em cada ponto de Hortolândia, é comum ver grupos brincando juntos. Mas, o divertimento pode ser perigoso quando se é adicionado um ingrediente mortal nas linhas. O cerol, mistura feita à base de cola e vidro moído, capaz de cortar o fio de outra pipa no ar, pode atingir e ferir o corpo de ciclistas, motociclistas e pedestres que entrem em contato com ela. Além disso, também pode machucar os próprios brincantes, durante a confecção da arraia, produzindo lesões graves e até fatais.
As equipes da Guarda Municipal estão atentas e a fiscalização contra a venda e a utilização desta mistura segue intensificada e cresce a cada dia na cidade. Manter a brincadeira saudável e preservar a vida e a integridade física das pessoas é o objetivo das autuações para quem ainda insiste em querer "estragar a festa". De acordo com a Secretaria de Segurança da Prefeitura, no final de semana passado foram 30 flagrantes de utilização do cerol. O maior número de fiscalizações aconteceu no Parque Socioambiental Lago da Fé entre o Parque Gabriel e o Jardim das Figueiras e, também, em espaços públicos localizados no Jardim Amanda. Todas as unidades com a substância cortante foram apreendidas.
Segundo a Secretaria de Segurança, só neste ano, já foram realizadas 40 autuações pelos agentes da segurança pública; em 2020 foram 24 autuações; em 2021 foram 1; no ano passado, 31 autuações. A multa por uso e comercialização de peças com cerol ficou mais alta, após a publicação da Lei 4.071, de 12/12/2022, que alterou a ementa e os arts. 1º e 3º da Lei nº 1.059, de 19 de abril de 2002. A multa, que era de R$ 100,00 em qualquer um dos casos, passou a ser de R$ 650,34, o equivalente a 150 UFHMs (Unidades Fiscais do Município de Hortolândia), para flagrantes por uso, e de R$ 1.300,68 (300 UFMHs), nos casos de fabricação e comercialização das pipas com substâncias cortantes. A UFMH hoje está fixada em 4,3356, como consta na Carta de Serviços da Prefeitura. A mudança na lei visa prevenir acidentes e orientar a população a brincar de maneira segura.
Confira as recomendações para soltar pipa em segurança:
• Evite usar cerol ou outras misturas cortantes na linha da pipa;
• Procure um lugar seguro para brincar, longe da fiação da rede elétrica de alta tensão e mesmo dos canteiros centrais de avenidas, que oferecem risco de acidentes graves e atropelamentos;
• Ao soltar pipa, mantenha os pés firmes no chão, pois ao fazer isso em cima de muros, há risco de quedas geradas pelo vento forte e pela desatenção.
