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Árvore-do-viajante dá boas-vindas a visitantes do Centro de Memória de Hortolândia

Árvore-do-viajante dá boas-vindas a visitantes do Centro de Memória de Hortolândia

Espaço cultural da Prefeitura estará aberto neste sábado e domingo (24 e 25/09)

Que tal aproveitar o fim de semana para fazer um programa cultural? A dica da Prefeitura de Hortolândia é visitar o Centro de Memória Professor Leovigildo Duarte Junior. O espaço estará aberto, neste sábado e domingo (23 e 24/09), das 9h às 16h. O centro fica na rua Rosa Maestrello, 2, Vila São Francisco. O espaço abre todo último fim de semana de cada mês para visitação. 

O centro é uma viagem no tempo que o público pode conhecer a história do município. O espaço ocupa o prédio da antiga estação ferroviária Jacuba, que foi restaurado pela Prefeitura e inaugurado em 2014. O espaço guarda parte importante da história da cidade, com um acervo de objetos, fotos e materiais antigos.

Já na entrada, os visitantes se deparam com uma atração: um exemplar de uma espécie arbórea popularmente chamada “árvore-do-viajante” (foto), que foi plantada na época da restauração do prédio. De acordo com a engenheira agrônoma da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alynne Sant’Anna, a árvore é de utilização ornamental. 

“É uma espécie que serve mais para uso paisagístico em jardins ou áreas verdes de grande extensão. Ela tem estrutura e tronco parecidos com a da bananeira. Porém, seu fruto não é comestível. Outra característica é a copa em forma de leque. A espécie é originária de Madagascar”, explica Alynne. 

Já de acordo com informações levantadas pela Secretaria de Cultura, o nome científico da espécie é Ravenala madagascariensis. Suas folhas são grandes, também parecidas com as da bananeira. Em razão disso, a planta acumula água, que servia para matar a sede dos viajantes, motivo pelo qual recebeu seu nome popular.

Atrativos tecnológicos

O Centro de Memória oferece dois atrativos tecnológicos para o público. O primeiro é uma câmera de monitoramento de trens que passam na via férrea ao lado do local. A câmera, do modelo 360º, funciona 24 horas. As imagens da câmera são exibidas em tempo real no canal no YouTube do grupo Railcam Brasil. O equipamento foi inaugurado no evento “Café Com Viola”, realizado, em maio deste ano, pela Prefeitura em comemoração ao 31º aniversário de emancipação política de Hortolândia.

O fornecimento e a instalação do equipamento foram feitos pelo grupo Railcam Brasil, que reúne admiradores e fãs de trens e ferrovias do Brasil e de outros países. Hortolândia é o segundo município a receber a câmera. A iniciativa conta com o apoio da empresa Rumo e da Prefeitura. O outro atrativo é Wi-Fi, cujo uso é gratuito somente para visitantes, mediante uso de senha, fornecida pelo centro. O sistema também foi oferecido pelo grupo Railcam Brasil.

Exposição sobre Mestre Chiquinho

Atualmente, o centro está com a exposição “Chiquinho: trajetória e legado do mestre do mundo”, em homenagem a Mestre Chiquinho, morador ilustre da cidade.  

A exposição, inaugurada em dezembro de 2021, reúne cerca de 100 objetos, dentre fotos, vestimentas, fantasias e outros itens, que fazem parte dos acervos pessoal de Mestre Chiquinho e do próprio centro. Um dos itens de destaque é uma foto antiga do avô de Mestre Chiquinho, que de acordo com ele, tem mais de 100 anos. “É a foto mais antiga da exposição”, conta o homenageado. 

Nascido em Arealva (SP), Mestre Chiquinho, cujo verdadeiro nome é Francisco Aparecido Borges de Almeida, mora em Hortolândia desde 1976. Ele é conhecido por seu trabalho de preservar tradições culturais populares na cidade. Nos anos 1980, ele ajudou a criar a Companhia de Santos Reis “Rosa dos Anjos”, que mantém viva a tradição da Folia de Reis. 

Mestre Chiquinho é também um dos criadores do grupo Pioneiros do Catira, em 2006, que faz apresentações de catira, estilo de dança popular cujo ritmo é conduzido pelas batidas dos pés e das mãos dos dançarinos. Ele ainda é um dos idealizadores da Orquestra de Viola de Hortolândia, criada em 2009, e que inicialmente chamava-se Orquestra de Viola Comitiva da Esperança. Mais recentemente, Mestre Chiquinho criou o grupo Rainhas do Catira, formado por mulheres. Desde 2006, em parceria com a Prefeitura, Mestre Chiquinho coordena e ministra aulas de violão e viola caipira.

Na exposição, os visitantes podem ainda conferir o documentário “Ao Mestre Chiquinho Com Carinho”. Com 30 minutos de duração, o documentário conta a vida do homenageado. O documentário apresenta entrevistas e depoimentos do próprio Mestre Chiquinho e de seus amigos, parentes, familiares e integrantes dos grupos coordenados por ele. 

O documentário foi realizado pela Secretaria de Cultura em parceria com a produtora Rumo Audiovisual. O município foi selecionado pelo programa “Juntos Pela Cultura”, iniciativa da associação Amigos da Arte em parceria com o governo do Estado, para produzir o documentário. A direção é de Diego Freitas e Julia Rany Campos Uzun. O documentário também está disponível no canal do YouTube da Secretaria de Cultura.

Durante a visita ao centro, que fica ao lado da via férrea, o público poderá ainda ter a sorte de ver o trem passar. Por motivo de segurança, o centro reforça a orientação para os visitantes que queiram tirar fotos ou fazer vídeos da passagem do trem para que permaneçam na área externa cercada com grade. Após o passeio, o público pode ainda descansar e usufruir a área externa do centro, onde há árvores frutíferas (duas mangueiras e uma caramboleira) que oferecem sombras acolhedoras, principalmente nos dias de sol forte.

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