População deve retirar água de chuva acumulada em áreas externas da casa para evitar reprodução do Aedes aegypti
Acúmulo de água parada é condição que favorece a proliferação do mosquito transmissor de Dengue, Chikungunya e Zika
Nos últimos dias, tem ocorrido aumento de chuvas na cidade. Em virtude disso, a Prefeitura de Hortolândia reforça para a população ficar atenta ao perceber o acúmulo de água oriunda de chuva em áreas externas de suas casas. Água parada é uma condição que favorece a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika.
A UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, ressalta que a fêmea do Aedes aegypti deposita na água parada os ovos que darão origem a mais mosquitos. Por isso, é importante que os moradores façam a retirada da água parada.
O órgão orienta para as pessoas que moram em casas com laje exposta sem telhado para que também verifiquem se houve acúmulo de água da chuva na laje e façam a retirada de poças.
Outra ação simples que a população deve adotar para evitar a proliferação do mosquito em casa é recolher e fazer o descarte correto de recipientes, garrafas PET e embalagens plásticas que também podem acumular água de chuva. De acordo com a UVZ, 80% dos focos de criadouros do Aedes aegypti estão nas casas.
A Prefeitura lembra que o descarte correto desses materiais deve ser feito nos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária de entulho e outros materiais recicláveis) existentes no município. A Prefeitura inaugurou dois novos PEVs, um no Jardim São Sebastião e outro no Jardim Nova Alvorada, em novembro do ano passado. Com a inauguração dessas duas novas unidades, Hortolândia tem agora 13 PEVs. A população pode consultar qual é o PEV mais perto de onde mora no site da Prefeitura, por meio deste LINK.
ENXURRADA
Ao fazer o descarte correto de materiais reaproveitáveis como garrafas PET e embalagens plásticas nos PEVs, a população também ajuda a evitar que esses materiais sejam levados pela enxurrada das chuvas e causem o entupimento de bueiros, o que provoca inundações e alagamentos. Esses problemas podem causar prejuízos e transtornos para outras pessoas que moram em diferentes regiões da cidade.
O descarte irregular de resíduos em ruas e áreas públicas da cidade pode ainda causar outros problemas, tais como atrair animais peçonhentos (cobras, escorpiões, ratos, entre outros) que transmitem doenças, e a contaminação de áreas verdes e naturais como lagoas e ribeirões.
ADL
A Prefeitura de Hortolândia faz a parte dela para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Uma ação importante que a UVZ continua a realizar neste mês é a ADL (Análise de Densidade Larvária). O objetivo é contabilizar a quantidade de larvas do mosquito (foto) encontradas por imóvel visitado.
A ADL consiste em visitas aleatórias, feitas pelos agentes do órgão, em casas de todas as regiões do município. É feito o sorteio dos quarteirões a serem visitados. De acordo com a UVZ, a previsão é visitar cerca de 3.000 imóveis.
Os agentes entram nas casas para investigar locais onde há larvas do mosquito. Elas são recolhidas, identificadas e contabilizadas para gerar o índice, que mede a quantidade de larvas encontradas, conhecido como Índice de Breteau. O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado baixo; de 1 a 4, médio; e acima de 4, alto. A ADL é feita três vezes ao ano: janeiro, julho e outubro. De acordo com a UVZ, o índice registrado na cidade em outubro de 2021 foi de 1,6. Já o índice medido em janeiro de 2021 foi de 3,9.
A UVZ solicita para que os moradores permitam a entrada dos agentes em suas casas para que seja feita a ADL. Os agentes estão identificados com crachá e uniforme. Em caso de dúvidas, para saber em quais regiões da cidade será realizada a ação, a população pode ligar na UVZ nos telefones (19) 3897-3312 ou (19) 3897-5974.
“A ADL é importante para sabermos o grau de infestação do mosquito no município para definir quais ações e estratégias a Prefeitura adotará para a prevenção e o combate ao Aedes aegypti”, explica o veterinário do órgão, Evandro Alves Cardoso.
SINTOMAS
Caso o morador apresentar algum dos sintomas de Dengue, Chikungunya ou Zika, a Prefeitura orienta para que ele procure a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de onde mora para receber atendimento adequado, possibilitando que a Secretaria de Saúde faça a notificação correta do caso.
A Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria de Saúde, salienta que os sintomas de Dengue, Chikungunya e Zika são parecidos. Dentre os principais sintomas da Dengue estão dores no corpo, de cabeça e na parte atrás dos olhos, febre, manchas e/ou pontos vermelhos no corpo, náusea e vômito. Já o sintoma principal de Chikungunya são dores nas articulações que persistem durante dias. Os sintomas da Zika são febre, mas não tão elevada, vermelhidão no corpo e nos olhos (neste último sem formação de pus). De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o município registrou no passado 513 casos positivos de Dengue e 3 de Chikungunya.