Confira as orientações da Prefeitura de Hortolândia sobre como lidar com o aparecimento de morcegos
Animais podem transmitir raiva para seres humanos
Se ao cuidar do quintal de sua casa, se deparar com um morcego caído, não toque nele. A Prefeitura de Hortolândia orienta a população para evitar ter contato direto com esse tipo de animal, pois ele pode transmitir raiva, doença fatal para animais, inclusive seres humanos. Se você encontrar algum morcego, deve entrar em contato com a UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, pelos telefones (19) 3897-3312 ou (19) 3897-5974. O órgão é o responsável por recolher essa espécie de animal na cidade. A UVZ tem plantão 24 horas para o atendimento desse tipo de ocorrência.
“É importante ressaltar que as pessoas não devem tocar no morcego, mesmo que esteja morto”, alerta o veterinário do órgão, Evandro Alves Cardoso. Enquanto a equipe do órgão não chegar até o local, o veterinário orienta as pessoas para que utilizem uma vassoura ou pá para colocar o morcego morto em um balde ou uma caixa de papelão. Em caso do morador encontrar morcego vivo em algum local de sua casa, como parede ou muro, também não deve tocar nele, mas sim entrar em contato com o órgão, que fará a captura do animal.
Cardoso salienta para as pessoas que não devem matar morcegos. Apesar de poderem transmitir a raiva, o veterinário explica que estes animais são protegidos por lei federal para evitar o extermínio indiscriminado. Além disso, os morcegos são importantes para manter o equilíbrio da natureza por se alimentarem de insetos e artrópodes (aranhas, escorpiões, entre outros), espécies nocivas aos seres humanos. “Os morcegos também contribuem muito na dispersão do pólen e sementes de plantas e vegetais”, observa o veterinário.
Para evitar a presença de morcegos nas residências, o veterinário orienta os moradores para vedar possíveis entradas e saídas de locais que estes animais possam usar como abrigo, tais como forros, sótãos, porões, frestas em parede, ductos de ventilação e chaminés.
Em caso de contato direto com morcego, cão ou gato contaminado com raiva, o veterinário alerta para que a pessoa procure imediatamente a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de sua casa para receber orientação e avaliação médica, e caso seja necessário, receber a vacina antirrábica. De acordo com a UVZ, neste ano foram capturados 102 morcegos na cidade. Destes, apenas um deu teste positivo para raiva.
RAIVA ANIMAL
O morcego também pode transmitir raiva para animais domésticos, como cães e gatos. Por isso, o veterinário Evandro Alves Cardoso orienta às pessoas que tenham pets para que fiquem atentas em alguma alteração no estado de saúde ou comportamento de seus cães e gatos. Dentre os principais sintomas de raiva em animais domésticos estão incoordenação motora (o animal não consegue se locomover direito ou apresenta movimento cambaleante), salivação excessiva (provocada pela dificuldade de ingerir alimento ou líquido) e comportamento agressivo repentino.
Se houver suspeita, é preciso levar o animal de estimação para ser avaliado imediatamente por um veterinário particular ou na própria UVZ. Os tutores podem levar os animais com suspeita de raiva para a UVZ. A equipe do órgão fará uma avaliação do estado do animal e, caso seja necessário, será mantido em observação. “É importante que os tutores cuidem bem da saúde de seus cães e gatos e que os levem todo ano para receberem a vacina antirrábica”, salienta Cardoso. O veterinário ressalta ainda que, neste ano, em razão da pandemia do Coronavírus, o governo estadual não disponibilizou imunizante para campanha de vacinação antirrábica. A vacina é encontrada na rede veterinária particular.
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