5º episódio de podcast criado a partir de memórias de idosos do Jd. Rosolém aborda os temas seguridade social e direitos humanos
Podcast é resultado de projeto feito por extensionistas da PUC Campinas em parceria com a Prefeitura
O grande desafio para o país é oferecer justiça social para os cidadãos. Em linhas gerais, o conceito de justiça social se refere à igualdade de oportunidades, participação e liberdade para as pessoas. Dois itens fundamentais dentro desse conceito são seguridade social e direitos humanos. Os dois itens são os temas do 5º episódio do podcast “Sísifo e o cuidado”. O episódio já está disponível nas plataformas digitais Spotify (CLIQUE AQUI) e Anchor (CLIQUE AQUI).
O podcast, que resgata as memórias de idosas e idosos moradores da região do Jardim Rosolém, em Hortolândia, é resultado do Projeto de Extensão “ARTiculadas”, responsável por transformar pesquisa em produto técnico-cultural. O projeto é desenvolvido por extensionistas da PUC Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), em parceria com a Prefeitura de Hortolândia, por meio do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Novo Ângulo, órgão da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social.
O 5º episódio está dividido em três partes. Na primeira, a Prof.ª Dr.ª Stela Cristina de Godoi, que está à frente do projeto, fará uma introdução sobre os temas. Na segunda parte, serão apresentados depoimentos de três idosas participantes do projeto que relatam experiências positivas e dificuldades relacionadas aos dois temas que elas vivenciaram. Por fim, na terceira parte haverá um bate-papo com a Prof.ª Dr.ª Stela Cristina de Godoi e os convidados Jesus José Ribeiro da Costa, gerente da Proteção Social Básica da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social e Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Hortolândia (CMASH), e com a professora Camilla Marcondes Massaro, cientista social e coordenadora do Projeto Vínculos da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da PUC Campinas.
Sobre o projeto:
Após contatos travados ainda em 2019, os relatos de vida foram coletados em plena pandemia do Coronavírus, no segundo semestre de 2020, depois que os pesquisadores começaram a acompanhar as atividades socioeducativas realizadas de maneira remota com os grupos de idosos vinculados ao CCS (Centro de Convivência Social) do Jardim Rosolém. O contato foi fundamental para que fosse identificado o perfil sociocultural do grupo.
“Tratava-se de um grupo majoritariamente formado por mulheres acima de 60 anos, migrantes estabelecidas na região desde a emancipação de Hortolândia e que haviam tido uma trajetória de vida marcada pelo trabalho do cuidado: o cuidado direto e indireto das pessoas da família e as ações voluntárias de cuidado do outro no âmbito das pastorais católicas, organizações da sociedade civil e comunidades do bairro. Em 2021, passamos a realizar a coleta dessas memórias do cuidado, por meio da aplicação da metodologia da História Oral, com vistas a produção de materiais socioeducativos que promovessem a sensibilização da sociedade para a importância do trabalho cuidado para a reprodução social, valorizando, ao mesmo tempo, as histórias de vida das mulheres idosas do CCS do Jardim Rosolém de Hortolândia e fortalecendo o Grupo da Melhor Idade do qual fazem parte. O resultado principal dessa ação tem sido o retorno positivo da própria população ouvida pela equipe de alunos voluntários de extensão, sobre o sentimento de valorização que o contato com o projeto tem trazido. Consideramos que esses relatos de alegria e satisfação de contar sua história de vida são importantes indicadores de que a valorização da pessoa idosa e de sua contribuição para a reprodução social de sua família e comunidade, são mecanismos sociais fundamentais para a garantia dos direitos humanos e sociais da pessoa idosa”, ressalta a Prof.ª Dr.ª Stela Cristina de Godoi, da Faculdade de Ciências Sociais e também extensionista da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da PUC Campinas, que está à frente do projeto.
Sobre o mito de Sísifo:
Na mitologia grega, Sísifo era um homem que ousou desafiar os deuses. Capturado, sofreu punição severa. Para toda eternidade, teria de empurrar uma pesada pedra da base até o topo de uma montanha; a pedra rolaria para baixo e ele teria que começar tudo novamente, a cada dia. Para o filósofo Albert Camus, que trouxe às gerações atuais importantes reflexões sobre este mito, ele enfoca um ser que, mesmo condenado a uma tarefa sem sentido, vive a vida ao máximo, lutando contra a morte. Mesmo reconhecendo a falta de sentido no que faz, Sísifo continua executando sua tarefa diária.