Prefeitura estabelece plano integrado de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypt
A Prefeitura de Hortolândia prepara os diversos serviços municipais, em especial as áreas de Saúde, Educação e Serviços Urbanos, para enfrentar, no próximo ano, a proliferação de arboviroses, que são as doenças causadas pela picada do Aedes Aegypti, como dengue, Chikungunya e Zika Vírus. O Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses foi apresentado, nesta quarta-feira (27/11), aos representantes de um comitê formado por diversos setores municipais. O documento prevê atividades educativas nas escolas, organização dos serviços de saúde para o atendimento aos casos suspeitos, ações de zeladoria e limpeza urbana para eliminação de criadouros, além de orientação à população, que deve ser parceria da Prefeitura no combate a essas doenças.
De acordo com o diretor de Saúde Coletiva da Prefeitura de Hortolândia, Antônio Roberto Stivalle, o aumento de casos de Dengue registrados em Hortolândia neste ano, em relação ao ano passado, é um indicador procupante. “Em 2018, foram 42 casos ao longo de todo o ano. Em 2019, temos até o momento, 1.257 casos positivos”, destaca. Além disso, outra preocupação da Secretaria de Saúde é quanto à Chikungunya, cujos casos têm aumentado na região, o que indica que ela está cada vez mais próxima. “Apesar da gravidade dos casos de Dengue, a Chikungunya tem uma letalidade maior e é mais incapacitante, uma vez que o paciente apresenta sintomas por um período médio de dois meses”, explicou Stivalle.
Para que o enfrentamento às arboviroses seja eficiente em 2020, o município pretende prosseguir com as ações educativas nas escolas municipais, como as que foram realizadas neste ano. Recentemente, alunos do Ensino Fundamental de todas as escolas da rede assistiram uma peça de teatro sobre as formas de combater à Dengue. Para o próximo ano, a Secretaria de Saúde prepara uma cartilha, com atividades lúdicas relacionadas ao tema, material que será distribuído nas escolas.
Outra estratégia de enfrentamento às doenças é a preparação dos serviços de saúde para atendimento de casos suspeitos. “Estamos realizando um levantamento dos insumos necessários e estoques, com o objetivo de fazer compra de materiais extras”, disse Stivalle. Além disso, as UBSs (Unidades Básicas de saúde) já começaram a receber testes rápidos para detecção de Dengue e Chikungunya, medida que auxilia na agilidade do diagnóstico. A Prefeitura adquiriu cerca de 800 testes, capazes de identificar estas doenças após o primeiro dia de sintomas. Com o exame de sangue tradicional, levaria cerca de 30 dias para os casos de Dengue serem confirmados.
Mutirões regionais serão intensificados
Assim como aconteceu em 2019, em 2020 os agentes da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses) que atuam no trabalho de combate à Dengue prosseguirão com as visitas casa a casa, com orientações aos moradores de como eliminar criadouros do Aedes aegypit. “A população é a principal parceira da Prefeitura neste trabalho de combate à Dengue”, ressalta Stivalle.
Entre as dicas da UVZ para evitar criadouros do Aedes aegypti estão: proteger ralos com tela; observar calhas com frequência; vedar caixas d’água; proteger da chuva objetos que acumulam água; limpar o compartimento de degelo das geladeiras; guardar brinquedos em local coberto; trocar a água das vasilhas dos animais com frequência; entre outras orientações.
Plano Municipal
A Prefeitura de Hortolândia criou o Plano Municipal de Combate a Arboviroses, em setembro do ano passado, com a proposta de prevenir as doenças causadas por picadas de mosquito. Além disso, em em 2017, o município lançou o Programa Agenda Verde, ação que envolve diversas atividades, como mutirões, Cata Bagulho, plantio de árvores em terrenos antes usados para descarte de lixo, tudo com o objetivo de deixar a cidade mais limpa. Além de colaborar com a manutenção urbana, a Agenda Verde busca despertar na população o sentimento de parceria, uma vez que todos são responsáveis pela limpeza da cidade. A Prefeitura acredita que mobilizando a população, será mais fácil resolver, em conjunto, questões ambientais que se tornam problemas de saúde pública.