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Hortolândia testa nova armadilha para investigar escorpiões em galerias pluviais

Hortolândia testa nova armadilha para investigar escorpiões em galerias pluviais

A suspeita de que os escorpiões amarelos mudaram de hábitos na área urbana, com a colonização de redes de águas pluviais e esgoto, motivaram a UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses) da Prefeitura de Hortolândia a testar uma nova armadilha nas galerias subterrâneas. Placas de espuma ondulada começaram a ser implantadas, nesta terça-feira (27/11), numa ação experimental, com objetivo de capturar escorpiões nestes ambientes que, até então, não eram habituais para os animais desta espécie. Após a confirmação dos escorpiões nas galerias, a UVZ pretende intensificar as orientações aos moradores das áreas monitoradas, com informações de como agir no dia a dia para afastar animais peçonhentos do ambiente doméstico.

De acordo com a veterinária da UVZ (Unidade de Vigilância e Zoonoses), Tosca de Lucca Benini Tomass, o escorpião amarelo tem hábitos noturnos com típica movimentação nas áreas acima do solo. No entanto, aumentaram as notificações de aparecimento destes animais em residências. Dados da Vigilância Epidemiológica do município apontam que, em 2019 foram notificados 190 casos de aparecimento de escorpião na cidade, com o registro de 96 acidentes com picadas. Em 2018, foram 210 aparecimentos em todo ano, sendo 167 até o mês de novembro, e 129 acidentes com picadas.

“Notamos que o aparecimento dos escorpiões está relacionado à proximidade com ralos e grelhas de escoamento da água da chuva, o que indica que há colonização nas redes e a mudança nos hábitos destes animais”, explica a veterinária, justificando que nas redes subterrâneas os escorpiões encontram ambiente propício para a adaptação. “São ambientes escuros, úmidos e com vasta oferta de baratas, que são o principal alimento dos escorpiões. Além disso, nas galerias eles estão protegidos dos predadores naturais, que são gambás, sapos e quatis”, destacou Tosca.

Para confirmar a suspeita de infestação das redes, a UVZ retornará, na próxima semana, aos locais que receberam a espuma, instalada no acesso das tampas de inspeção. “Durante o dia os escorpiões procuram um lugar para se proteger, como as espumas. Se no retorno encontrarmos escorpiões nestas armadilhas, indica que as redes têm infestação ambiental”, explicou Tosca.

Neste caso, as medidas que já fazem parte das orientações da UVZ para prevenção aos escorpiões, como proteção de ralos e grelhas, serão intensificadas principalmente nos locais onde já foi registrado o aparecimento do animal nas proximidades das redes de águas pluviais ou de esgoto. “Estas orientações são válidas para todos os locais, uma vez que os escorpiões se reproduzem sozinhos, sem necessidade de um macho e uma fêmea. No entanto, nos pontos monitorados pela UVZ após a notificação do aparecimento do animal, a atenção deve ser redobrada”, enfatizou a veterinária.

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