Profissionais da Saúde de Hortolândia recebem formação sobre acidentes com escorpiões
Treinamento com agentes da saúde foi motivado pela alta incidência de aparição de escorpiões nesta época do ano
A Prefeitura de Hortolândia, por meio do Núcleo de Educação Permanente em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu, nesta quarta-feira (04/10), uma formação sobre acidentes com animais peçonhentos. O encontro, realizado no Centro de Formação Paulo Freire, no Remanso Campineiro, reuniu cerca de cem profissionais da saúde representantes dos serviços de urgência e emergência, das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e do Hospital e Maternidade Municipal Governador Mário Covas. A formação também contou com a presença de profissionais do CAPs (Centro de Atenção Psicossocial). O treinamento foi ministrado por profissionais da UVZ (Unidade de Vigilância em Zoonoses) de Hortolândia, por profissionais do CIATox (Centro de Controle de Intoxicações) da Unicamp e por representantes da Secretaria Estadual de Saúde.
Realizado periodicamente pela Prefeitura de Hortolândia, o Núcleo de Educação Permanente busca abordar temas em alta no âmbito da saúde. A escolha do tema “Medidas para Controle de Escorpião e Prevenção de acidentes” se justifica devido ao aumento de notificações de aparições e casos de ocorrências envolvendo escorpiões. Durante a formação, os agentes da saúde receberam orientações sobre os atendimentos iniciais necessários para pacientes que tenham sido picados por animais peçonhentos. Os participantes também aprenderam sobre os cuidados para controlar a proliferação do animal, as medidas para evitar acidentes e sobre os procedimentos que devem e os que não devem ser adotados em casos de acidentes.
O médico e coordenador geral da Atenção Básica e Especializada da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Leandro da Silva Severino, explica o propósito da formação com os agentes da saúde. “Esses treinamentos não acontecem de maneira isolada, já que planejam um cronograma de capacitação visando atender necessidades pontuais no município. A formação de hoje buscou capacitar os trabalhadores ao atendimento integral em eventuais acidentes com animais peçonhentos”, elucida Dr. Leandro da Silva.
Milena Pinheiro é uma das profissionais da saúde que participou do treinamento desta quarta-feira. A técnica de enfermagem da UPA do Jd. Amanda comenta as vantagens em ter participado do encontro. “Esse treinamento agrega muito, principalmente para as Unidades de Pronto Atendimento. Eu me sinto mais prepara para atender os pacientes, principalmente diante do aumento desse tipo de acidente. Hoje, consigo passar informações com base técnicas e científicas de acordo com os conhecimentos adquiridos na formação”, finaliza.
Em caso de picada de escorpião, uma UPA deve ser procurada
Em Hortolândia, o escorpião mais encontrado na área urbana é o da espécie Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião amarelo. O animal peçonhento habita, comumente, galerias de água da chuva e da rede de esgoto. Nos meses mais quentes, em que as chuvas são mais frequentes, a possibilidade do animal ser encontrado dentro das casas aumenta, já que durante as estações primavera e verão os escorpiões se reproduzem com maior facilidade. Entre as orientações compartilhadas pela equipe da UVZ de Hortolândia, está a de evitar o uso de veneno para combater a proliferação do animal. O órgão de vigilância sugere outras medidas para controlar a proliferação dos escorpiões, como manter quintais e jardins limpos, evitar o acúmulo de entulhos, lixos e folhagens densas, limpar terrenos baldios periodicamente e vedar as soleiras das portas.
O professor associado ao CIAtox da Unicamp e um dos palestrantes da formação, Dr. Fábio Bucaretchi, informa sobre as medidas que devem ser adotadas em casos de acidentes com animais peçonhentos. “Se for uma criança, buscar imediatamente uma unidade de saúde, preferencialmente uma UPA. Em casos de serpentes, caso possível, o paciente deve apresentar imagens da cobra que o picou. O paciente não deve tentar sugar o veneno, fazer garrote, cortar o local, colocar produtos químicos. Se estiver acompanhado, o paciente deve ficar em repouso, evitando andar”, orienta.
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