Profissionais da Saúde de Hortolândia participam de capacitação sobre Sífilis
Cerca de 60 profissionais da Secretaria de Saúde de Hortolândia participaram, nesta quarta-feira (25/09), de uma capacitação sobre Sífilis em gestante e Sífilis congênita (quando o bebê nasce com a doença, transmitida pela mãe), promovida pela Prefeitura de Hortolândia. O objetivo do encontro foi promover a atualização sobre prevenção e tratamento da doença para médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. A capacitação foi aplicada pelas profissionais Helaine Milanez e Roseli Calil, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Neste ano, Hortolândia registra 36 casos de Sífilis em gestante e dois de Sífilis Congênita.
A Sífilis é uma DST causada por infecção bacteriana, que acomete homens e mulheres. Na fase inicial, a doença apresenta sintomas como lesão genital, com feridas que não doem e que somem. Nesta etapa, a doença é considerada primária. Na fase secundária da doença, aparecem manchas vermelhas na pele, que também somem espontaneamente. Na fase latente, a doença permanece silenciosa por vários anos. Quando volta a se manifestar, afeta o sistema neurológico, podendo causar demência.
Especialmente nas mulheres em idade fértil, a Sífilis se torna mais perigosa, uma vez que pode ser transmitida para o bebê, que pode nascer com problemas de visão, audição ou distúrbios neurológicos permanentes. O pré-natal é importante pois, entre os exames solicitados pelo médico, está o que detecta a Sífilis. Caso a doença seja identificada logo nas primeiras semanas de gestação, a mulher é tratada e a criança fica protegida.
O tratamento para a Sífilis é simples, por meio de uso de um tipo específico de antibiótico. O que muda são as doses aplicadas, que varia de acordo com as fases das doenças, desde que o sistema neurológico ainda não tenha sido afetado. O parceiro sexual da pessoa com Sífilis também deve receber o tratamento. Pessoas curadas não apresentam mais a doença e nem transmitem a bactéria.
No ano passado, o serviço realizado pela Prefeitura de Hortolândia para detecção de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), especialmente a Sífilis, foi reconhecido pela Secretaria de Estado da Saúde, através da certificação do município com o “Prêmio Luiza Matida”. Os indicadores para a premiação foram a taxa de detecção da doença na gestação e os casos congênitos (quando a criança nasce com a doença). Naquele ano, Hortolândia teve 84 casos de Sífilis em gestante e três casos de Sífilis congênita.