No Dia do Meio Ambiente, Prefeitura debate Agenda 2030 das Nações Unidas
Administração dá passos importantes para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU
Em que planeta queremos viver? Em que cidade? No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta terça-feira (05/06), questões como estas nortearam os debates, realizados ao longo de toda a manhã, durante o 2o Seminário de Meio Ambiente, promovido pela Prefeitura. O evento, com foco no desenvolvimento sustentável, teve como tema “Hortolândia e os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) – ONU (Organização das Nações Unidas) - Agenda 2030”. O evento reuniu mais de 200 pessoas no auditório Profª Andreia Marise Borelli, no Remanso Campineiro, dentre elas secretários municipais, vereadores, estudantes, ecologistas, membros do Terceiro Setor e o deputado estadual Nilto Tatto, presidente coordenador da Frente Parlamentar Mista dos ODS no Congresso Nacional.
“Precisamos nos reeducar. Ainda hoje a questão ambiental mais desagrada que agrada. Faltam recursos. Não dá para o poder público fazer apenas com verbas de emendinhas (parlamentares) ou atender a apontamentos do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Isso é muito ruim para o País, para o povo. Aqui, em Hortolândia, temos uma situação diferente. A questão ambiental é ponto número um da pauta. O prefeito Angelo Perugini sai por aí falando sobre isso, nas ruas, nas praças, levando esta mensagem ao povo”, afirmou o vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Nazareno Zezé Gomes, na abertura do evento. “O Legislativo e o Judiciário são muito importantes na questão ambiental, mas precisa haver uma ruptura, uma mudança de cultura. É por isso que temos levado o tema às escolas e lutado bravamente para que ela aconteça”, complementou Zezé.
Para Nilto Tatto, embora o momento no Brasil e no mundo não seja propício a comemorações, do ponto de vista socioambiental, é importante a iniciativa da Prefeitura de apresentar a Agenda 2030 e mobilizar a comunidade para a sua implementação na cidade, dada a grande relevância da questão ambiental e da desigualdade no planeta. “Todos os da nossa espécie e das outras têm o direito a viver com dignidade. A Terra tem vida. Precisamos entender isso e vivenciar a nossa cidadania política, vivenciar isso e cobrar também dos outros”, alerta o deputado federal, exemplificando a interligação entre questões como vulnerabilidade social, moradia, ocupação de áreas verdes, descarte de resíduos. Outro tema enfocado, de grande preocupação, é a atual disputa no Legislativo Federal acerca da legislação sobre os agrotóxicos no Brasil. “Somos o maior consumidor de agrotóxicos no Ocidente. Não é a toa que o segundo maior fator de contaminação dos mananciais no País é este. Isso mata a biodiversidade. Há impacto para o meio ambiente e para a saúde humana. Os pesquisadores brasileiros precisam verificar os impactos destes venenos para a saúde pública. É um modelo de produção que demanda muita água e não respeita o meio ambiente.”
Experiências de políticas públicas implementadas em Hortolândia, em sintonia com a Agenda 2030, foram apresentadas pelas secretarias de Governo e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Coube à secretária-adjunta de Governo, Silvania Anizio da Silva, apresentar a evolução da Agenda Verde – Mutirão de Limpeza e Zeladoria, programa criado para envolver a população na tarefa de fazer o descarte correto de lixo e manter a cidade limpa. Uma das ações da Agenda é a coleta seletiva (porta a porta ou voluntária), que se dá por meio de caminhão específico e também por equipamentos como os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária de Entulho e materiais recicláveis) e LEVs (Locais de Entrega Voluntária de recicláveis). Além das palestras de conscientização ambiental e do plantio de árvores, a Agenda Verde recolheu desde sua implantação, em março do ano passado, aproximadamente 12 mil toneladas de lixo e entulho descartados irregularmente pelas ruas de Hortolândia. Materiais recicláveis são encaminhados à Cooperativa Águia de Ouro, para triagem e reaproveitamento. “Para viver bem na cidade, é preciso cuidar do que é nosso. Vamos levar esta mensagem também à família e aos amigos”, destacou Silvania.
Ao falar sobre “Gestão ambiental e projetos de sustentabilidade no município de Hortolândia”, a secretária-adjunta do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Eliane Nascimento, elencou uma série de projetos e ações já em execução pela Prefeitura, tais como a coleta seletiva voluntária, em sete PEVs e 12 LEVs; o projeto piloto de coleta seletiva realizado atualmente no Parque Ortolândia e no Jd. Firenze, mas em expansão gradativa para toda a cidade; o galpão de triagem de resíduos que apoia e fortalece o trabalho da Cooperativa de reciclagem; o descarte correto de pneus; o aprimoramento da fiscalização ambiental por meio de equipes presenciais e denúncias pelo aplicativo de mensagens WhatsApp (99976-1840); palestras de educação ambiental; bem como ações de proteção e bem-estar animal, dentre outras. “A responsabilidade e a preservação ambiental significam um compromisso com a vida. Não podemos pensar só no hoje. O que deixaremos para nossos filhos e netos?”, pergunta Eliane.
Outros palestrantes concentraram-se em apresentar as metas globais e seus vínculos com o município, projetos ainda em construção. Foi o caso do vereador Prof. João Pereira; o diretor de Licenciamento Ambiental, Gustavo Cherubina; o secretário-executivo da Frente Parlamentar Socioambiental de Apoio aos ODS da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Fábio Barbosa; e o tecnólogo de Meio Ambiente e analista de projetos no CTI (Centro de Tecnologia da Informação) Renato Archer, Luiz Eduardo Vieira Feichas. Enquanto Barbosa apresentou a “Agenda Hortolândia 2030: arranjo multissetorial de ODS”, envolvendo além da sociedade civil organizada, também os setores empresariais e industriais; Pereira ressaltou a parceria entre Legislativo e Executivo, em projeto conjunto. Para Querubina, a realização do Seminário de Meio Ambiente já pode ser compreendida como ação da Prefeitura no sentido de abraçar a Agenda 2030. Feichas, por sua vez, mostrou o esboço do projeto de logística reversa de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, em nove eixos, com ações já em andamento no município.
“O desenvolvimento sustentável, a questão ambiental, é um projeto prioritário do governo Angelo Perugini. Há também uma união entre os poderes Executivo e Legislativo, neste sentido. Esta é uma oportunidade de a população conhecer os objetivos do desenvolvimento sustentável, propostos pela ONU, para que sejam objeto de atenção, financiamento e exemplos até 2030. Precisamos trabalhar alinhados com esta grande declaração dos países da ONU, para que consigamos construir estratégias e táticas que impeçam os impactos da mudança climática e criar, aqui em Hortolândia, exemplos para o Brasil e para outros países”, afirma Gustavo B. Cherubina, responsável pela organização do evento.
Conheça quais são os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável):
Os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) constituem uma agenda proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), que deve ser implementada por todos os países do mundo até 2030. Esta agenda foi apresentada e debatida em setembro de 2015, por mais de 150 líderes mundiais.
Objetivo 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Objetivo 4: Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Objetivo 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Objetivo 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.
Objetivo 7: Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos.
Objetivo 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
Objetivo 9: Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
Objetivo 10: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
Objetivo 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Objetivo 11: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
FONTE: ONU/BR <https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-da-onu/>