Formação visa aprimorar comunicação de alunos municipais com deficiência

A Prefeitura de Hortolândia ofereceu a formação “Comunicação, Linguagem e Alimentação: estimulação e cuidados especiais” a 14 educadores infantojuvenis da rede municipal. A aula, que integra o cronograma de atividades mensais da formação “Educador Infanto Juvenil – 2017”, foi ministrada, nesta quarta-feira (26/07), pela fonoaudióloga Cláudia Gonçalves, que atua no CIER (Centro Integrado de Educação e Reabilitação “Romildo Pardini”) e dá suporte à inclusão de alunos com deficiência nas demais escolas municipais.

A iniciativa é da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e beneficia diretamente 414 alunos com deficiência, incluídos nas 58 unidades da rede regular de ensino, em turmas do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental. 

Segundo a coordenadora pedagógica responsável pela Educação Especial/Inclusiva, Regina Célia Almeida Dias Shigemoto, a formação mensal oferecida gratuitamente pela Administração, além de garantir a atualização dos educadores infantojuvenis, permite à Coordenação acompanhar o trabalho realizado em sala de aula por estes profissionais. “A formação leva os educadores a compreender melhor as diferenças e eles acabam divulgando suas experiências na faculdade onde estudam. Também é uma oportunidade de esclarecer dúvidas quanto ao desenvolvimento do trabalho feito na escola e registrado diariamente em fichas, de discutir tudo isto em grupo”, explica Regina. “Estes educadores são muito dedicados e fazem uma grande diferença na escola, pois são a referência para estas crianças. Eles conhecem muito sobre cada uma delas e também sobre a família, o que leva a grandes melhoras para elas”, complementa. 

O curso deste mês aborda as fases do desenvolvimento da linguagem e formas de comunicação disponíveis, tais como a comunicação alternativa, em que se utilizam figuras e símbolos para que crianças e jovens com severa dificuldade de fala e dificuldades motoras possam se fazer entender em situações do cotidiano, como avisar que deseja beber água ou ir ao banheiro. A partir daí, expande-se para outras coisas, permitindo aos alunos com deficiência serem alfabetizados e gradativamente irem conquistando a própria autonomia.

Outro tema enfocado foi como alimentar adequadamente os alunos com deficiência, considerando os problemas de deglutição. Além de treinos práticos, aprenderam o que fazer em caso de engasgo e os utensílios a empregar a fim de estimular na criança a autonomia.

Formação continuada

De acordo com a coordenadora, os educadores infantojuvenis receberam, no início do ano letivo, três dias de formação para dar suporte à inclusão. Após isso, ao iniciar o trabalho dentro da escola, o profissional passou a ter a formação mensal com a Coordenadoria da Educação Especial/Inclusiva e profissionais da área. O objetivo principal desta formação continuada, que se estende até novembro deste ano, é aprimorar o atendimento prestado aos estudantes com deficiência, matriculados na rede regular de ensino.

Além dos estudantes com deficiência incluídos em escolas regulares, há os alunos atendidos no CIER. No CIER-Saúde, recebem atendimento multiprofissional (com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta, psiquiatra infantil social); serviços de audiometria com atendimento, avaliações e testes; orientações a pais; confecção de órteses simples e suporte à inclusão de casos específicos junto à escola. No CIER-Educação, alunos com deficiências acentuadas e/ou múltiplas são atendidos em regime escolar, do 1º ao 5º ano. Lá também há avaliação dos casos mais graves. 

Confira o cronograma da formação “Educador Infanto Juvenil – 2017”: