Menu


Rede municipal de saúde de Hortolândia atende pessoas com problemas psicológicos provocados pela pandemia

  • Publicado em Saúde

População pode buscar atendimento nas UBSs e nos três CAPSs do município

A pandemia continua a impactar a saúde mental das pessoas. Dentre os principais problemas observados por especialistas estão distúrbio do sono, dificuldade em lidar com a dor do luto, e crises de ansiedade, causadas por motivos variados, como o medo de estar infectado com a COVID-19 e a falta de interação social em virtude da necessidade de manter o isolamento. Para ajudar quem está com algum problema psicológico ou emocional, a Prefeitura de Hortolândia orienta a procurar atendimento na rede municipal de saúde. A Secretaria de Saúde ainda lembra que este mês marca a campanha “Janeiro Branco”, que visa conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde mental. O município não realizará ações pela campanha em função da pandemia, para evitar aglomeração.

De acordo com o Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, inicialmente as pessoas devem buscar atendimento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em casos leves de depressão ou distúrbio do sono. Já em casos de maior gravidade, o paciente atendido em UBS é encaminhado para alguns dos três CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial) do município: CAPS-AD (Álcool e Drogas), CAPS-IJ (InfantoJuvenil) e CAPS-Vida.   

O CAPS-AD atende pacientes com transtornos mentais decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas, com o objetivo de estimular a integração social e familiar e apoiá-los em suas iniciativas de busca de autonomia. O atendimento é de porta aberta, sem a necessidade de agendamento. O órgão fica na rua João Frutuoso de Miranda Filho, 460, Parque Ortolândia. O telefone de contato é (19) 3897-5920. 

Já o CAPS-IJ, atende crianças e adolescentes que sofrem de transtornos mentais com até 18 anos. O órgão está localizado na rua Antonio Biassi Filho, 89, Parque Ortolândia, e os telefones de contato são (19) 3897-3237 e (19) 3897-1719. 

Pacientes maiores de idade com grave sofrimento psíquico são atendidos pelo CAPS-Vida. O órgão funciona ininterruptamente, ou seja, oferece hospitalidade integral 24h para pessoas em situação de crise já acompanhadas pelos serviços de saúde, diante de avaliação da necessidade pela equipe multiprofissional. O CAPS-Vida fica na rua João Cancian, 161, Parque Ortolândia. Os telefones de contato são (19) 3819-6852 e (19) 3865-4890.

PONTE ILUMINADA

Para marcar a campanha “Janeiro Branco” de conscientização sobre a importância de se cuidar da saúde mental, a Prefeitura ativou o sistema de iluminação decorativa na cor branca na Ponte da Esperança. A iluminação branca ficará acesa à noite durante este mês.  

O sistema de iluminação decorativa da Ponte da Esperança foi instalado na estrutura, de forma permanente, em 2019. De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano e Gestão Estratégica, os equipamentos têm a possibilidade de mudar de cor, conforme a programação, marcando o comprometimento da Administração Municipal com diversas causas sociais ou datas comemorativas, como, além do Janeiro Branco, o Natal, a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama e do Maio Amarelo, de prevenção aos acidentes de trânsito, entre outras. Os refletores do sistema de iluminação decorativa ficam instalados nos estais, no pilar central e na base inferior, com iluminação direcionada às colunas.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL

Os efeitos da pandemia na saúde mental são um dos temas que serão discutidos na 1ª Conferência Municipal de Saúde Mental que o município realizará no dia 12 de março. O evento será aberto para a população participar das discussões junto com trabalhadores e profissionais da rede pública de saúde do município. 

Para que a população tenha melhor entendimento sobre os eixos temáticos da conferência, serão realizadas quatro pré-conferências em fevereiro. Os eventos acontecerão em diferentes regiões da cidade. A primeira pré-conferência será no dia 01/02, no Jardim Amanda. A segunda será realizada no dia 08/02, no Remanso Campineiro. A terceira acontecerá no dia 15/02, no Jardim Nova Hortolândia. A quarta préconferência será no dia 22/02, no Jardim Rosolém.

A coordenadora do Departamento de Saúde Mental, Leici Santana, explica que nas pré-conferências a população poderá fazer sugestões e propostas de mudanças e melhorias no atendimento e nos serviços públicos de saúde mental oferecidos pelo município.

Leici ressalta que é importante o município realizar a conferência para participar das discussões sobre políticas públicas de saúde mental que acontecerão em âmbito estadual e nacional neste ano. “Na conferência municipal serão escolhidos os representantes do município que participarão das conferências estadual e nacional”, destaca Leici. 

O tema da conferência será “A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS (Sistema Único de Saúde)”. 

As discussões serão divididas nos quatro eixos temáticos abaixo:

– Cuidado em liberdade como garantia de direito a cidadania;

– Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental;

– Política de saúde mental e os princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade;

– Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia.

As sugestões feitas nas pré-conferências serão discutidas na conferência. As propostas serão então apresentadas na conferência estadual, prevista para ser realizada em abril, e na 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que será realizada pelo Ministério da Saúde, entre os dias 17 a 20 de maio, em Brasília.

Leia mais ...

Prefeitura realizará conferência para discutir políticas públicas de saúde mental

  • Publicado em Saúde

Evento será realizado em março e aberto para participação popular

Quer ajudar a melhorar as políticas públicas de saúde mental de Hortolândia? Você poderá fazer isso na 1ª Conferência Municipal sobre o tema que a Prefeitura promoverá em março. O evento abrirá espaço para a população participar das discussões junto com trabalhadores e profissionais da rede pública de saúde do município. 

Para que a população tenha melhor entendimento sobre os eixos temáticos, serão realizadas quatro pré-conferências, em fevereiro. Os eventos acontecerão em diferentes regiões da cidade. A coordenadora do Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Leici Santana, explica que nas pré-conferências a população poderá fazer sugestões e propostas de mudanças e melhorias no atendimento e nos serviços públicos de saúde mental oferecidos pelo município.

Leici ressalta que é importante o município realizar a conferência para participar das discussões sobre políticas públicas de saúde mental que acontecerão em âmbito estadual e nacional neste ano. “Na conferência municipal serão escolhidos os representantes do município que participarão das conferências estadual e nacional”, destaca Leici. 

O tema da conferência será “A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS (Sistema Único de Saúde)”. As discussões serão divididas em quatro eixos temáticos: Cuidado em liberdade como garantia de direito a cidadania; Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental; Política de saúde mental e os princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade; e Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia. 

“É fundamental a realização das pré-conferências e da conferência. Pois são espaços democráticos para a participação popular. É importante que as pessoas participem para que possamos sustentar e garantir uma política pública de saúde mental que assegure direitos, cidadania e assistência de forma digna e humanizada para os pacientes”, salienta Leici. 

As sugestões feitas nas pré-conferências serão discutidas na conferência. As propostas serão então apresentadas na conferência estadual, prevista para ser realizada em abril, e na 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que será realizada pelo Ministério da Saúde, entre os dias 17 a 20 de maio, em Brasília.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Darci Pinheiro de Oliveira, ressalta que a realização da conferência é importante para consolidar conquistas e avanços alcançados por meio das discussões suscitadas pela luta antimanicomial (foto), com a participação da sociedade civil e dos trabalhadores da saúde mental. “A saúde mental sempre foi relegada a terceiro plano no Brasil. Sabemos o quão difícil tem sido a luta antimanicomial. Temos consciência de como eram tratados antes as pessoas com transtorno mental. O Conselho Municipal de Saúde se sente honrado em dar sua contribuição na conferência. Vamos ter a oportunidade de aprofundar um tema que está muito presente na sociedade. O contexto atual da saúde mental é de grandes dificuldades. Estamos vendo distúrbios mentais nas pessoas que são provocados por motivos muito diversificados. Por isso, é importante unir esforços para que tenhamos êxito nos objetivos da conferência”, destaca Darci.

Leia mais ...

“Saúde mental e integralidade” é o tema do 6º episódio de podcast criado a partir de memórias de idosos de Hortolândia

Série de podcasts resulta de projeto feito por extensionistas da PUC Campinas em parceria com a Prefeitura

No 6º episódio do podcast “Sísifo e o cuidado”, o debate gira agora em torno de mais um tema essencial, sobretudo em tempos de pandemia do Coronavírus: “saúde mental e integralidade”. Idosas de Hortolândia, integrantes do Grupo da Melhor Idade do CCS (Centro de Convivência Social) do Jardim Rosolém, relembram as agruras da falta de oferta de cuidados de saúde no Brasil, e de atendimento ao adoecimento mental, antes da criação do SUS (Sistema Único de Saúde), no final dos anos de 1980. Eis o tema de mais um capítulo da série, que já está disponível nas plataformas digitais.Para ouvir basta clicar nos links: Spotify (https://open.spotify.com/episode/6Uv59JPQRXryDDRYHR122j?si=5ca0f8431d4e4824) e Âncora (https://anchor.fm/stela-godoi/episodes/Sade-Mental-e-Integralidade-e1ak50m).

A série de podcasts, lançada em setembro deste ano, resgata as memórias de idosas e idosos moradores da região do Jardim Rosolém, em Hortolândia. O produto técnico-cultural é fruto do Projeto de Extensão “ARTiculadas”, desenvolvido por extensionistas da PUC Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas). O projeto acontece em parceria com a Prefeitura de Hortolândia, por meio do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Jd. Novo Ângulo, órgão da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social.

No 6º episódio, após o relato das memórias de quatro idosas, a Prof.ª Dr.ª Stela Cristina de Godoi conduz um bate-papo com dois convidados: o enfermeiro Marlos Aparecido Olivino, especialista em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental do CAPS III Vida, de Hortolândia, e a professora doutora Tatiana Slonczewski, docente Extensionista da PUC-Campinas, responsável pelo Projeto Girassóis, que promove ações de conscientização comunitária sobre a importância da promoção da saúde mental e da prevenção do comportamento suicida e violências.

“A pandemia da Covid-19 revelou a urgência da atenção em saúde mental das pessoas, pois as situações de sofrimento psíquico foram agravadas nesse contexto. Como o trabalho do CRAS é o auxílio no desenvolvimento da família e no fortalecimento de vínculos, a saúde mental é um assunto sempre presente nas discussões de equipe”, afirma a coordenadora do CRAS Jd. Novo Ângulo, Eliane Silva. 

Sobre o projeto:

Após contatos travados ainda em 2019, os relatos de vida foram coletados em plena pandemia do Coronavírus, no segundo semestre de 2020, depois que os pesquisadores começaram a acompanhar as atividades socioeducativas realizadas de maneira remota com os grupos de idosos vinculados ao CCS (Centro de Convivência Social) do Jardim Rosolém. O contato foi fundamental para que fosse identificado o perfil sociocultural do grupo.

“Tratava-se de um grupo majoritariamente formado por mulheres acima de 60 anos, migrantes estabelecidas na região desde a emancipação de Hortolândia e que haviam tido uma trajetória de vida marcada pelo trabalho do cuidado: o cuidado direto e indireto das pessoas da família e as ações voluntárias de cuidado do outro no âmbito das pastorais católicas, organizações da sociedade civil e comunidades do bairro. Em 2021, passamos a realizar a coleta dessas memórias do cuidado, por meio da aplicação da metodologia da História Oral, com vistas a produção de materiais socioeducativos que promovessem a sensibilização da sociedade para a importância do trabalho cuidado para a reprodução social, valorizando, ao mesmo tempo, as histórias de vida das mulheres idosas do CCS do Jardim Rosolém de Hortolândia e fortalecendo o Grupo da Melhor Idade do qual fazem parte. O resultado principal dessa ação tem sido o retorno positivo da própria população ouvida pela equipe de alunos voluntários de extensão, sobre o sentimento de valorização que o contato com o projeto tem trazido. Consideramos que esses relatos de alegria e satisfação de contar sua história de vida são importantes indicadores de que a valorização da pessoa idosa e de sua contribuição para a reprodução social de sua família e comunidade, são mecanismos sociais fundamentais para a garantia dos direitos humanos e sociais da pessoa idosa”, ressalta a Prof.ª Dr.ª Stela Cristina de Godoi, da Faculdade de Ciências Sociais e também extensionista da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da PUC Campinas, que está à frente do projeto.

Sobre o mito de Sísifo:

Na mitologia grega, Sísifo era um homem que ousou desafiar os deuses. Capturado, sofreu punição severa. Para toda eternidade, teria de empurrar uma pesada pedra da base até o topo de uma montanha; a pedra rolaria para baixo e ele teria que começar tudo novamente, a cada dia. Para o filósofo Albert Camus, que trouxe às gerações atuais importantes reflexões sobre este mito, ele enfoca um ser que, mesmo condenado a uma tarefa sem sentido, vive a vida ao máximo, lutando contra a morte. Mesmo reconhecendo a falta de sentido no que faz, Sísifo continua executando sua tarefa diária. 

Confira a descrição do 6o. Episódio:

Ao longo de muitos anos a população brasileira sofreu sem a oferta de cuidados de saúde pública. Com a Reforma Sanitária, a Reforma Psiquiátrica e a redemocratização do país, a partir da década de 1980, a saúde foi considerada direito de todos os cidadãos. No âmbito da saúde mental, a luta coletiva de profissionais da saúde em conjunto com as pessoas em sofrimento psíquico e seus familiares, construiu denúncias e críticas sobre o modelo manicomial em prática, no qual prevalecia a opressão e a contenção de uma população indesejada pela sociedade. Portanto, a construção de um modelo de saúde pública e de saúde mental mais digno foi resultado da luta pelos direitos das categorias sociais em sofrimento, que resultou na constituição do SUS e dos seus equipamentos de atenção. Nesse episódio vamos narrar as histórias de vida da Emília, Alice, Marillene e Terezinha, participantes do Grupo da Melhor Idade do Centro de Convivência Social (CCS) do Jardim Rosolem, do município de Hortolândia-SP.

Leia mais ...