Estágio de requalificação profissional, promovido pela Prefeitura, é fundamental para concessão do porte de arma pela Polícia Federal

Estresse, ansiedade, o atuar constante em situações de perigo e violência. Estes e outros fatores de risco podem afetar a saúde mental do profissional de segurança pública. Para capacitar os integrantes da GM (Guarda Municipal) de Hortolândia a lidar com eles, a Prefeitura, em parceria com a GM de Nova Odessa, promoveu, nesta sexta-feira (26/11), palestra sobre o tema, dentro do curso de “Estágio de requalificação profissional 2021”. Ao longo da semana, a formação abordou temas de grande importância profissional e pessoal, dentre eles violência contra a mulher; diversidade social; primeiros socorros; enfrentamento às violências, com protocolos e fluxos de atendimento; e conflito socioambiental envolvendo animais.

A palestra de encerramento, focada em capacitar os GMs para atuar na valorização e proteção da vida e da integridade física, mental e emocional do profissional, foi ministrada pela GM Charlene Faveri, do município vizinho. Além de listar os fatores de risco e apresentar meios de proteção para a saúde mental do próprio agente, Faveri mostrou ainda como fazer uma abordagem humanizada a tentativas de suicídio.

De acordo com a Secretaria de Segurança, cursos periódicos de qualificação profissional integram a carga horária exigida no Termo de Cooperação Técnica com a Polícia Federal para a concessão de Porte de Arma aos Guardas Municipais. Ao todo, 20 profissionais participaram da formação, iniciada na segunda-feira (22/11).

No primeiro dia, o curso contou com a parceria de profissionais da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, Jane Aparecida Nery de Carvalho e Ana Paula Tertuliano Cardoso da Silva, que abordaram o “Plano Municipal de Enfrentamento às violências com seus fluxos e protocolos”, bem como com a de servidores da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o veterinário Paulo José Mancuso e o chefe da fiscalização José Apóstolo dos Santos, que falaram sobre a “Dinâmica do conflito socioambiental envolvendo animais”. No segundo dia, o tema da Diversidade – como deve ser a abordagem policial envolvendo pessoas LGBTQIA+ foi enfocado pela assistente social Michele Cristina Panssani, a GM Patrícia Migliaccio e o diretor de Geração de Renda e Economia Solidária, Amarantino Jesus de Oliveira, o Tino Sampaio. Já no terceiro dia, o debate foi sobre violência contra a mulher, com profissionais da Segurança e do CRAM (Centro de Referência e Atendimento à Mulher) “Débora Regina Leme dos Santos” e o promotor de Justiça Rafael Salzedas Arbach, da 5ª Promotoria. Por fim, no penúltimo dia, agentes do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ensinaram técnicas de primeiros socorros.

“Todas as temáticas abordadas durante esta semana são de extrema importância para que nossos Guardas Municipais estejam prontos e aptos para atenderem às diversas naturezas de ocorrências, sempre prestando um atendimento de excelência aos nossos munícipes", ressaltou o secretário de Segurança, Joldemar Nunes Corrêa, o Dr.Jold.

Guardas Municipais de Hortolândia acabam de passar por capacitação sobre o uso de equipamentos não letais, tais como Dispositivo Elétrico Incapacitante, Espargidor de Pimenta e Munições de Borracha. O efetivo receberá, em breve, equipamentos assim para uso em trabalho, como determina a Legislação Federal, quanto ao uso Progressivo da Força. 

A capacitação foi ministrada entre os dias 22 e 26 de fevereiro, pelo GM instrutor Devanil Alves, na própria sede da corporação, no Parque Odimar, tanto em sala de aula quanto na quadra externa. Medidas de prevenção contra a COVID-19 foram adotadas durante a capacitação.

De acordo com a Secretaria de Segurança, a ação é importante, pois segue as diretrizes dos direitos humanos. “São equipamentos desenvolvidos para incapacitação temporária dos agressores, diminuindo a utilização de armas de fogo, preservando a vida de modo geral. Os agentes de segurança necessitam desses equipamentos como uma opção para evitar, ao máximo, o uso de armas de fogo. Em algumas situações de tumulto e distúrbio civil ou que ofereçam risco à vida de pessoas e do próprio agente, os guardas terão à sua disposição equipamentos de última geração, que preservam a vida tanto do agressor como de pessoas inocentes”, afirma a comandante da GM, Michele Mabene Cardena.

Neste semestre, 15 escolas participam do projeto, beneficiando 1.400 alunos

Além da volta às aulas, o segundo semestre letivo marca uma nova experiência para os alunos do 5º ano da rede municipal de ensino. A Prefeitura de Hortolândia retoma, na segunda-feira (30/07), o projeto “Bem Me Quer, Paz Se Quer”, cujo foco é a prevenção às drogas. Neste semestre, participarão 15 escolas e serão beneficiados cerca de 1.400 alunos.

Com a retomada do projeto, a Prefeitura dá continuidade à meta de levar neste ano, pela primeira vez, o “Bem Me Quer” a todos os alunos de 5º ano matriculados em 27 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) da cidade. No primeiro semestre, o projeto envolveu 13 escolas e beneficiou 1.120 alunos. O projeto é uma parceria das Secretarias de Segurança e de Educação, Ciência e Tecnologia.

“O envolvimento da comunidade e das famílias foi fator primordial para o êxito que o projeto obteve no primeiro semestre. O resultado é que as crianças se tornaram multiplicadoras dos conhecimentos adquiridos no projeto. Agora, neste segundo semestre, vamos dar continuidade a essa parceria com a comunidade”, destaca o secretário de Segurança, Luís Leite de Camargo.

O projeto consiste de uma aula semanal, de 50 minutos, na qual os alunos recebem orientações e informações sobre o perigo do uso e abuso de substâncias lícitas (álcool e cigarro) e ilícitas e suas consequências. As aulas são ministradas por guardas municipais, junto com cada professor responsável pelas classes. Os alunos usam o livro específico do projeto. Neste ano, para conseguir atender todas as escolas participantes, a GM aumentou de cinco para sete o número de guardas que integram a equipe do projeto.

“PERTENCIMENTO”

No “Bem Me Quer” também são abordados outros temas, como bullying e cyberbullying, relacionamento interpessoal. A secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Alessandra Amora Barchini, destaca o aspecto multidisciplinar da ação. “O projeto é muito importante porque promove um despertar nas crianças para os temas abordados. Enfatiza valores como autoestima, diversidade cultural, respeito e prevenção ao uso de drogas lícitas e ilícitas, contribuindo não apenas com o desenvolvimento pessoal, mas elevando também o sentimento de pertencimento da criança à comunidade”, salienta.

Criado em 2007 na primeira gestão do prefeito Angelo Perugini, o projeto completou dez anos em 2017. Desde então, de acordo com dados da Secretaria de Segurança, o projeto já beneficiou mais de 13 mil alunos. Até 2017, por questões de logística e de pessoal, o projeto era realizado apenas em algumas Emefs.

Confira abaixo as escolas participantes do “Bem Me Quer” no segundo semestre:

– Emef Villagio Ghiraldelli

– Emef Profa. Patrícia Maria Capelato Basso

– Emef Viva Mais

– Emef Caio Fernando Gomes Pereira

– Emef Lilian Cristiane Martins de Araújo

– Emef Cláudio Roberto Marques

– Emef Dra. Zilda Arns Neumann

– Emef Dona Ana José Bodini Januário

– Emef Marleciene P.P. Bonfim

– Emef Renato da Costa Lima

– Emef Janilde Flores Gabi do Vale

– Emef Jardim Nova Europa

– Emef Profa. Maria Célia Cabral

– Emef Profa. Helena Futava Takahashi 

– Emeief Bairro Três Casas