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Inspirados em Sebastião Salgado, estudantes da rede municipal fotografam cenas do cotidiano

Inspirados em Sebastião Salgado, estudantes da rede municipal fotografam cenas do cotidiano

Exposição pode ser vista na Emeief Parque Orestes Ôngaro

Uma câmera na mão e várias ideias na cabeça. Foi assim que, inspirados na obra do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, cerca de 60 alunos do Jardim II, da rede municipal de ensino, saíram fotografando cenas do cotidiano que mostram a rotina da escola.

As fotos, em preto e branco, mostram a brincadeira no alto da árvore, a construção de castelos de areia no parque, o desenho feito no chão, o sorriso em meio ao material escolar, a alegria na hora do lanche. Algumas, ampliadas no formato 10x15cm ou 20x25cm, surpreendem pela sensibilidade na captura dos fatos do dia a dia e nos efeitos de luz, sobretudo quando descobrimos que os “fotógrafos” são crianças de apenas cinco anos de idade.

Eles estudam no turno da tarde, na Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Parque Orestes Ôngaro. A proposta das professoras Angélica Galvani Mir e Graciela Luiza Batista da Silva, em sintonia com a proposta pedagógica da unidade, foi apresentar aos alunos o universo das artes plásticas, trabalhando o conceito que qualquer pessoa pode ser artista. A partir daí, crianças de duas salas foram apresentadas ao trabalho de Salgado e estimuladas a sair pelas dependências da escola clicando “a arte que está em várias coisas que a gente faz no dia a dia e para as quais nem sempre se dá este valor”, como explica a professora Angélica.

“Como elas estão acostumadas a tirar foto em casa, a maior dificuldade foi fazer as crianças compreenderem que a foto pode ser vista como forma de representação artística”, revela a educadora. “No começo, só faziam fotos de rosto e posadas, não conseguiam tirar fotos do cotidiano. Foram aprendendo a fazer isto aos poucos”, comenta Angélica. 
A coordenadora pedagógica da escola, Débora Augusto Guilherme Silva, ressalta que o trabalho, parte integrante do projeto pedagógico da escola, enfocou outros artistas, como Romero Britto, Aleijadinho e Portinari, também contemplados em exposições. “São todos artistas brasileiros, de épocas diferentes e áreas diversas: pintura, escultura, fotografia”, destacou. “Os pais adoraram a ideia e também aprenderam juntos”, complementou Débora.

O resultado do projeto, que começou a ser desenvolvido em junho e foi retomado em agosto, após o recesso, está na exposição “A infância pelo olhar de uma criança”, que pode ser conferida na própria escola, localizada na Rua Domingos B. Souza, 455, no Parque Orestes Ôngaro. Após passarem uma temporada expostas no hall de entrada do Centro de Formação dos Profissionais da Educação Paulo Freire, no Remanso Campineiro, as imagens voltaram à escola, onde ficam por tempo indefinido.

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