Menu


No ritmo do catira, estudantes de Hortolândia conhecem cultura caipira

No ritmo do catira, estudantes de Hortolândia conhecem cultura caipira

Projeto em realização pela Prefeitura leva às escolas dança folclórica que combina sapateado, com canto e som de viola

 

O ritmo do catira, marcado pela batida dos pés e das mãos dos dançarinos, invade as escolas da rede municipal. Por meio do projeto Patrimônios Vivos da Cultura Caipira em Hortolândia: Mestres Violeiros, Foliões e Catireiros, estudantes do Ensino Fundamental conhecem um pouco da cultura caipira e ficam em sintonia com o folclore brasileiro.

A iniciativa da Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Cultura, conta com o apoio do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que premiou o projeto apresentado pelo município, ano passado, no concurso nacional que contou com a participação de 165 cidades. A premiação garantiu o convênio entre a Prefeitura e o MinC (Ministério da Cultura), no valor de R$ 123.819,60. 

O recurso financeiro é utilizado para a realização das atividades do projeto: oficinas culturais de catira e viola; educação patrimonial; pesquisa e produção documental sobre a cultura caipira; seminário sobre patrimônio da cultura imaterial; divulgação e produto cultural.

Durante as oficinas em educação patrimonial, realizadas com alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, os estudantes aprendem sobre patrimônio cultural material e imaterial, conhecem a cultura caipira, o ritmo do catira e a origem do grupo de violeiros, foliões e catireiros de Hortolândia que participam do projeto.

A EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Marleciene Priscila Presta Bonfim, localizado no bairro Remanso Campineiro, recebeu a oficina de educação patrimonial na última sexta-feira (2/8). No comando da atividade estavam Mestre Chiquinho, Raimundo Santos (voz e violão) e os catireiros Francisco Ghiraldelli e Nelson Blumer, parte do Grupo Pioneiros do Catira. Depois do resgate histórico, as crianças puderam assistir a apresentação do grupo.

Natália Patro Mendes, 9 anos, aluna do 5º ano D, ficou encantada com a dança, conduzida no ritmo de bate pés e na palma da mão, ao som de viola e violão, e momentos de cantoria. “Não conhecia essa dança. Gostei muito. É muito legal conhecer coisas diferentes”, disse a menina, que ficou atenta aos ensinamentos sobre a cultura caipira. “Vimos fotos, quadros com pessoas da roça e gente montando em boi, igual quando vou ao sítio do meu primo que mora em Minas”, relatou a aluna.

Além de resgatar, transmitir e preservar os valores da dança caipira, a Secretaria de Cultura quer formar novos catireiros e violeiros. Para isso, a Prefeitura oferece formação gratuita de catira e viola para crianças a partir dos nove anos de idade. As inscrições estão abertas. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 3965-1400 (ramais 7511 ou 7514).

Neste mês, seis escolas municipais receberão o projeto nos períodos da manhã e da tarde. Lançado em maio deste ano, o projeto levará a cultura caipira a cerca de 5.000 alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.

“Criamos este projeto para que todas as crianças e jovens possam conhecer mais essa cultura e mantê-la viva”, explica o secretário de Cultura, Tino Sampaio.

voltar ao topo