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Hortolândia se une na luta contra trabalho infantil

Hortolândia se une na luta contra trabalho infantil

1º Fórum Municipal de Combate ao Trabalho Infantil reuniu, nesta quinta-feira (22/10), todos os setores da sociedade

 

“Lugar de criança é na escola”. Foi esta a tônica da fala de todas as autoridades que discursaram no 1º Fórum Municipal de Combate ao Trabalho Infantil, promovido pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social, em parceria com o CMDCA (Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente) e o CMASH (Conselho Municipal de Assistência Social de Hortolândia). O evento, que aconteceu no Business Park Hotel, no Jardim Amanda, nesta quinta-feira (22/10), reuniu cerca de 80 pessoas, dentre elas o prefeito Antonio Meira, secretários municipais, vereadores, conselheiros tutelares, representantes de ONGs (Organizações Não Governamentais), servidores públicos e sociedade em geral. 

Durante a cerimônia de abertura, Meira ressaltou os investimentos da Prefeitura de Hortolândia em educação: “A Prefeitura tem investido em reformas e ampliações de escolas. Oferece merenda de boa qualidade, assim como kits de uniforme, material escolar e de higiene bucal. Os professores, da mesma forma, recebem atenção especial, com cursos de formação continuada. Aos jovens, são oferecidos cursos profissionalizantes que preparam para o primeiro emprego. Todas essas ações, em conjunto, têm contribuído para erradicar o trabalho infantil”, afirmou. 

O debate sobre o tema ficou por conta dos três palestrantes: o desembargador do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15º Região, João Batista Martins César; a juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude de Hortolândia, Cinthia Elias de Almeida, e Maria Belintane, especialista em desenvolvimento humano e educação econômica.

Maria Belintane disse que a ação de combate ao trabalho infantil deve ser conjunta: “A questão da criança tem que ser prioridade na agenda de qualquer município e deve mobilizar o poder público, o empresariado e a sociedade em geral. A educação para o consumo, também, deve merecer atenção nos dias de hoje, já que é preciso entender os efeitos manipuladores que estimulam o uso da mão de obra infantil”, defendeu. 

Na ocasião, a secretária de Inclusão e Desenvolvimento Social, Paula Nista, ressaltou o papel da Prefeitura para o enfrentamento da prática: “Estamos empenhados em mapear as crianças que ainda trabalham na cidade. O estudo deve ser a principal ocupação delas”, defendeu. A secretária anunciou o projeto piloto de um jogo didático de tabuleiro, voltado para crianças atendidas nos programas sociais da Prefeitura. O objetivo do “Melhor Infância” é estimular a importância do estudo e a hora certa de ingresso no mercado de trabalho. A proposta é distribuir o jogo também entre os estudantes da rede municipal de ensino.

“O trabalho infantil deve ser combatido em conjunto com todos os setores da sociedade, porque a prática tira a criança da escola. E isso é tudo que não se quer. Ela deve ter garantidos todos os seus direitos para que possamos vislumbrar uma sociedade melhor”, afirmou Cleudice Baldo Meira, secretária de Educação, 

Para Renato Bueno, conselheiro tutelar de Hortolândia, “o trabalho infantil precisa ser enfrentado de várias formas, porque a sociedade ainda o vê como uma medida socioeducativa. É necessário trabalhar para desfazer aquele velho bordão que diz que 'é melhor a criança trabalhar do que roubar'”, afirmou. 

 

 

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