Hortolândia realiza capacitação sobre febre maculosa e reúne profissionais da região
Encontro tem o objetivo de orientar profissionais sobre identificação precoce da doença para que tratamento tenha início imediato
Profissionais da saúde de quatro municípios participaram, nesta quinta-feira (21/08), de uma capacitação sobre febre maculosa. Promovida pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, a ação contou com a presença de médicos, enfermeiros e agentes da rede municipal de saúde, além de convidados das cidades de Monte Mor, Amparo e Sumaré. A formação foi conduzida por profissionais da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) e da GVE (Gerência de Vigilância Epidemiológica), órgãos da Secretaria Estadual de Saúde.
O objetivo da capacitação é orientar os profissionais participantes sobre a doença, que apresenta características parecidas com outros problemas de saúde, como a dengue. A ideia é identificar precocemente pacientes com suspeita de febre maculosa e oferecer tratamento adequado imediato, mesmo antes da confirmação da doença por meio de exames laboratoriais. A febre maculosa pode ser fatal se não identificada e tratada a tempo.
A doença é transmitida pela picada do carrapato da espécie Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato estrela, após um período de fixação do animal na pele da pessoa. Os principais sintomas são febre alta, máculas (pontos vermelhos), dor intensa no corpo, mal estar generalizado, náuseas e vômitos.
De acordo com a veterinária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Hortolândia, Tosca de Lucca Benini Tomass Rezende, os sintomas surgem entre dois a 14 dias após a picada do animal. “Qualquer sintoma deve ser comunicado ao médico, que também precisa ser informando se a pessoa esteve em área de risco ou alerta para a transmissão da febre maculosa”, explicou a veterinária.
Em Hortolândia, não há atualmente nenhuma área de transmissão da doença, mas há áreas de alerta, como ao redor das lagoas do Jardim Amanda. Nestes locais, foram encontrados carrapatos vetores da febre maculosa. No entanto, como não haviam hospedeiros, como cavalos e capivaras, o risco de transmissão da doença é reduzido. “O carrapato estrela precisa estar contaminado pela bactéria que causa a febre maculosa e viver em contato com um hospedeiro para transmitir a doença. Por isso, estas áreas são consideradas de alerta”, menciona Tosca.
Ao entrar em contato com áreas de risco e localizar carrapatos no corpo, a orientação é para que o animal não seja esmagado. “Se isso acontecer, a bactéria vai penetrar no ferimento e contaminar a pessoa. O carrapato precisa ser removido com cuidado, com auxílio de uma pinça. O problema é que as larvas do carrapato estrela, chamadas de micuim, também transmitem a doença, sendo mais difícil a remoção deles. Deste modo, é importante observar também os sintomas após o contato com estas áreas infestadas”, destacou a veterinária. Para atender ocorrência de carrapatos em pastos e orientar a população, o CCZ possui plantão 24h por dia. O serviço deve ser acionado pelos telefones (19) 3897-3312 ou 3897-5974.
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