Com atrações que representam diversidade cultural brasileira, Emef Villagio Ghiraldelli comemora dez anos
Evento teve apresentação de trabalhos e entoação do Hino da África do Sul por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental
Esta quinta-feira (24/04) foi dia de festa para a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Villagio Ghiraldelli. Com a presença da secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira, vereadores municipais, e cerca de 200 pessoas da comunidade, a escola comemorou dez anos. Durante o evento, todos puderam conferir a exposição de vestuário e degustação de comidas típicas das culturas africanas e indígenas e acompanhar as apresentações artísticas dos alunos.
O fornecimento das peças e alimentos é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Educação, com o Instituto Cultural Babá Toloji, e a Organização Cultural Social Beneficiente Inzo Musambu Hongolo Menha.
A cerimônia de abertura contou com a participação de representantes da família Ghiraldelli e homenagens a funcionários da escola. Além da entoação do Hino Nacional e Municipal, com a Banda Municipal, sob regência do maestro Márcio Beltrame, a comunidade pôde prestigiar a entoação do hino próprio da escola e da África do Sul, apresentado pelos alunos do 5º ano, regidos pela professora Cristiane Begalli. Para isso, as crianças estudaram e conheceram momentos históricos do país africano, além da tradução do Hino, que, em português, quer dizer “Deus abençoe a África”.
De acordo com a diretora da escola, Maria Aparecida Lopes Pedro, o objetivo do evento, voltado para essa temática, é difundir na comunidade a valorização das culturas negras e indígenas. “A cultura brasileira é uma mistura de culturas que vivemos no nosso dia a dia. No entanto, não a valorizamos, pois ela não é percebida, o que dificulta a aceitação e o respeito. É a partir do conhecimento que aprendemos a respeitar as diferenças e eliminamos os preconceitos”, afirma.
Para Maria Aparecida, as atrações proporcionaram um conhecimento teórico e prático acerca do estudo dessas diversidades. “Organizamos a exposição relacionada às culturas africanas e indígenas para levar um embasamento teórico e prático a todos. A partir disso, podemos desenvolver com nossos alunos um trabalho para que apreciem e tomem conhecimento de suas origens, valorizando a preservação da cultura do País em que vivem”, explica.
Kátia da Silva, mãe do aluno Vinicius, do 3º ano do Ensino Fundamental, considera essencial a discussão e o trabalho com a diversidade cultural no Brasil.“Fiquei feliz de saber que, além de ser uma homenagem pelos dez anos da existência da escola, o evento trouxe conhecimento, cultura e arte e incentivou os alunos a ter respeito pelo próximo, independente de sua cor e de sua raça. Isso é muito bom. É o nosso Brasil”, diz.
Segundo a secretária de Educação Cleudice Baldo Meira, a escola é um local para se trabalhar com conceitos humanos, visando ensinar as crianças a serem pessoas melhores, para que haja paz na cidade e no mundo. “Parabenizo a escola pelos seus dez anos e pelo o que tem feito pelas nossas crianças, resgatando a identidade de um povo e do orgulho de ser brasileiro”, finaliza.
Aprendizado no dia a dia
Além das atividades especiais vistas nesta quinta-feira, a Emef Villagio realiza outras ações para promover entre os alunos a valorização das culturas africanas e indígenas.
No último mês, houve diversos estudos sobre o tema. “Investimos na formação para os professores, com ajuda do historiador Natanael dos Santos e atividades em sala de aula que levassem os alunos a vivenciarem alguns aspectos da cultura africana, e a ter conscientização sobre a discriminação e a importância da integração racial”, conclui a diretora.
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