Enfrentamento à violência contra a mulher é debatido em Hortolândia

Evento do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres teve apoio da Prefeitura
Mais de 70% dos 542 casos de violência contra a mulher notificados em Hortolândia em 2010 e 2011 foram de violência física; 15% de violência psicológica/moral e 4%, sexual. Estes e outros dados publicados na primeira edição do Boletim Informativo organizado pela Prefeitura, por meio do Núcleo das Violências, órgão da Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, foram apresentados nesta quinta-feira (09/05), durante “Encontro de Enfrentamento à Violência contra a Mulher”.
Promovido pelo CMDM (Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres), em parceira com a Administração, por meio da Secretaria de Chefia de Gabinete, o encontro aconteceu no salão da Igreja Santa Luzia, no Jardim Amanda I e contou com a presença da secretária de Governo e vice-prefeita Renata Belufe, que representou o prefeito Antonio Meira. A secretária de Chefia de Gabinete, Sandra Fagundes Freire, também compareceu.
A presidente do CMDM, Marisa Gubani Capelassi, considerou o debate positivo. Segundo ela, considerados os elevados índices de violência no município, é preciso discutir o assunto e promover a ação integrada entre órgãos públicos e instituições privadas.
Durante o encontro, representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) falou sobre a Lei Maria da Penha, criada para combater todos os tipos de violência contra a mulher, e suas implicações. A coordenadora do Núcleo das Violências, da Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, Ana Denadai Schmidt, apresentou os números de violência registrados na cidade, que constam no Boletim Informativo publicado pela Administração.
“Fazemos um chamamento à população na questão da violência contra a mulher, que fica muito embutida e tem que vir à tona”, observa Marisa Capelassi. “O índice é grande e precisa ser feito algo para que ele diminua, tanto por parte dos órgãos públicos, para combatê-los, quanto da sociedade civil, denunciando. É preciso perder o medo de denunciar”, afirma.