Vacina tem eficácia comprovada na proteção contra complicações de gripe

A Campanha de Vacinação Nacional contra a Influenza ainda não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. O objetivo para todo o país é imunizar, pelo menos, 80% do público alvo da campanha. Para aumentar a cobertura vacinal, o período de campanha foi ampliado em mais duas semanas, sendo encerrado na próxima sexta-feira (10). Portanto, quem está dentro dos grupos de risco e ainda não se vacinou deve procurar o posto de saúde mais próximo de casa para garantir a imunização e se valer dos benefícios que a vacina proporciona. O alerta é da Secretaria de Saúde em Atenção Básica e Especializada.

Neste ano, Hortolândia não registrou nenhum caso positivo de gripe causada pelo vírus H1N1. Apesar disso, é importante que as pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença estejam protegidas. O grupo de risco para agravantes da gripe é formado por idosos com mais de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e dois anos, gestantes, mães no pós parto, doentes crônicos e trabalhadores da saúde (por terem maior contato com pessoas doentes).

“Com a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza sendo realizada desde 2011, foi possível diminuir em 70% os casos de pneumonia e internação hospitalar. Já a redução de mortes em casos de gripe foi de 50%. Isso porque a vacina é preparada para imunizar contra três tipos de vírus causadores da gripe: o H1N1, o H3N4 e o B”, explicou a coordenadora técnica da Vigilância Epidemiológica de Hortolândia, Êrica Adriane Ribaldo Ribeiro.

Um dos grupos vacinais que apresenta a maior cobertura é o de gestantes. Estas mulheres, quando vacinadas, garantem sua imunização e a do bebê alimentado com leite materno, até os seis meses de vida da criança. A partir desta idade, a criança deve ser imunizada também. Nas crianças, a aplicação da vacina indica, ainda, outro benefício: diminuição em 30% nos casos de otites. Mas, para isso, a regra de vacinação para menores de nove anos deve ser seguida: duas doses, com intervalo de 30 dias uma da outra.

Como a vacina é feita com o vírus inativo, não há perigo de ficar doente após o recebimento da dose. Menos de 4% das pessoas que foram vacinadas relataram alguma reação adversa, como dor de cabeça ou dores no corpo. “Outras pessoas associaram, erroneamente, um quadro de resfriado com uma suposta gripe logo após serem vacinados. Vale ressaltar que o resfriado difere da gripe por ser mais brando e não resultar em complicações”, justificou Êrica.

Quem ainda não se vacinou, deve procurar uma das unidades de saúde do município, que ficam abertas de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. Pacientes crônicos precisam levar ao local de vacinação carta médica que comprove a doença e indique a vacina. Já mães no pós parto precisam levar documento que comprove que seus bebês têm até 45 dias.