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Prefeitura faz busca ativa em escola municipal durante Campanha de Combate à Hanseníase

Casos suspeitos passarão por avaliação médica na USF Taquara Branca

A partir de segunda-feira (17/09), profissionais da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Hortolândia fazem uma busca ativa na Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Taquara Branca para detectar possíveis casos de hanseníase em crianças menores de 15 anos. A medida atende à solicitação do GVE (Grupo de Vigilâncias Epidemiológicas) Campinas, à qual Hortolândia está vinculada, e faz parte da Campanha de Hanseníase, Geohelmintíase e Tracoma/Programa Escola da Família, que se estende até 21 de setembro deste ano nos municípios considerados prioritários, aqueles que, nos últimos cinco anos registraram casos positivos destas doenças.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em 2012, até este mês, foram notificados sete casos positivos de Hanseníase em Hortolândia. Todos eles verificados em pessoas acima de 25 anos, sendo quatro mulheres e três homens. Em 2011, houve 17 casos positivos em adultos; em 2010, 20 e, em 2009, 14, dois destes em crianças do sexo masculino, menores de 15 anos. 

Preparativos para a busca ativa

Os preparativos para a busca ativa começaram nesta segunda-feira (10/09) com uma palestra em que a enfermeira Samira de Carvalho explicou aos 24 pais e responsáveis presentes o que é a hanseníase, os objetivos e a importância de realizar a busca ativa nos 139 alunos da Emeief. Foi distribuída em todas as salas uma “Ficha de autoimagem” para que a criança possa auxiliar o trabalho da vigilância. Na ficha, além de se identificarem, elas respondem a seis perguntas que podem caracterizar o surgimento da doença e assinalam numa figura do corpo humano, de frente e de costas, onde detectaram a presença de alguma mancha.

Após a coleta de dados, feita entre 10 e 14 de setembro, acontece a triagem dos casos suspeitos. Durante o período de busca ativa (de 17 a 21/09), todos eles serão visitados por agentes de saúde e encaminhados para avaliação médica na USF (Unidade de Saúde da Família) Taquara Branca, na Rua Reinaldo Aparecido Machado, 192, no Jardim Novo Horizonte.

“É muito importante que seja feita a busca e o dignóstico precoce da hanseníase, para que se descubra e trate o mais rápido possível a doença”, explica Êrica Adriane Ribaldo Ribeiro, gerente da Vigilância Epidemiológica de Hortolândia. “É preciso também desmistificar esta doença, dizer que ela tem cura, quando é feito o tratamento correto.”

Segundo Êrica, no município, a busca ativa da Hanseníase começa pela Emeief Taquara Branca. A meta é, até 2015, avaliar todas as escolas da rede municipal.

As duas outras doenças visadas na Campanha também serão contempladas nas etapas seguintes. Em novembro de 2011, equipes da Vigilância Epidemiológica fizeram busca ativa de tracoma na Emef Dra Zilda Arns Neumann e na Emef Jardim Primavera. O tracoma é uma doença dos olhos, causada por bactéria, que atinge principalmente as crianças menores de seis anos. Embora seja de fácil tratamento, quando não tratada pode prejudicar a visão e até mesmo levar à cegueira. 

O que é a hanseníase

Segundo o portal do Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa e crônica causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, mas pode comprometer articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. É considerada “de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa”.

A hanseníase, conhecida no passado como Lepra, é transmitida de pessoa a pessoa, quando alguém infectado expele o bacilo pelas chamadas vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe).

O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença.

 Entre os principais sinais e sintomas da doença estão

 • Manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência – se queima ou machuca sem perceber);

• Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas ;

• Diminuição ou queda de pêlos, localizada ou difusa, especialmente sobrancelhas;

• Falta ou ausência de sudorese no local - pele seca.

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