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Índice de Desenvolvimento Humano de Hortolândia cresce acima da média nacional e estadual

Índice de Desenvolvimento Humano de Hortolândia cresce acima da média nacional e estadual

Com índice de 0,756, município registrou aumento de 53,35% nas últimas duas décadas

 

O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) lançou, nesta semana, a atualização do Atlas de Desenvolvimento Humano dos Municípios do Brasil, com apontamentos sobre saúde, educação, trabalho e outros índices que refletem o nível de desenvolvimento humano nas cidades. Os indicadores foram extraídos de censos demográficos de 1991, 2000 e 2010, e comparados entre si. Com base nisso, é possível apontar os municípios com bom desenvolvimento nas últimas duas décadas e aqueles que precisam investir em melhorias que elevem as condições de vida de sua população. 

No banco de dados do Atlas 2013, Hortolândia foi classificada como município com “desenvolvimento humano alto”, registrando em 2010 IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,756. São consideradas cidades com alto desenvolvimento humano municipal aquelas com IDHM entre 0,7 e 0,79. Se os dados forem comparados com os dos censos de 1991 e 2000, é possível perceber a elevação do IDHM e a ascensão do desenvolvimento humano na cidade: em 1991, quando Hortolândia ainda era distrito de Sumaré, o IDHM era correspondente a 0,493 (no limite entre muito baixo e baixo desenvolvimento humano); em 2000, o IDHM registrado foi de 0,636 (considerado médio desenvolvimento humano).

De acordo com o estudo divulgado pelo PNUD, Hortolândia teve aumento de 53,35% no IDHM nas últimas duas décadas “acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (35,47%). No ranking nacional, Hortolândia está em 440º lugar, empatada com outros 12 municípios. Já no Estado, o município é a 188ª cidade em desenvolvimento humano. A atual classificação hortolandense é um indicativo bastante positivo, principalmente em indicadores como Longevidade (0,859), Renda (0,716) e Educação (0,703). 

Mais qualidade de vida

Investimentos públicos em saúde, saneamento básico, educação, moradia e geração de trabalho e renda foram os responsáveis pelo sucesso no desenvolvimento da cidade. O destaque fica para a expectativa de vida, um dos indicadores para a longevidade, que aumentou em sete anos nas últimas décadas. Em 1991, a expectativa era de 69,6 anos; em 2010, era de 73,9.

“A Prefeitura de Hortolândia investe na qualidade de vida da população e desenvolve ações que colaboraram para este resultado. Diversos fatores ajudam à consolidar este índice de desenvolvimento humano, principalmente o da longevidade, como a ampliação da rede básica de saúde, fornecimento de água potável, implantação da rede de esgoto e a criação do Programa de Governo Viva Mais e Melhor”, comentou a secretária de Governo, Renata Belufe.

“Passamos a tratar a saúde como questão de prevenção e não apenas cura. Nas nossas unidades de saúde oferecemos prevenção de doenças e educação em saúde, por meio de mudança de hábitos de vida e práticas mais saudáveis. Nossos profissionais orientam as pessoas à se exercitarem, a se alimentar da maneira correta, a diminuir o estresse e a ter uma vida mais tranqüila. Isso, sem dúvida, diminui os riscos de doenças”, afirmou o secretário de Saúde – Atenção Básica e Especializada, Lourenço Daniel Zanardi.

Mas não é apenas a Secretaria de Saúde que está comprometida com a longevidade no município. Ações de Planejamento Urbano, como a conclusão de 70% das obras de rede coletora de esgoto, o fornecimento de água potável à população, que antes sofria com a escassez e a turbidez da água, além da pavimentação das ruas, garantiram a diminuição de problemas causados pela falta de saneamento básico. “Antes, as casas tinham fossas negras, onde o esgoto era despejado, contaminando a água e o solo. Muitas vezes, o esgoto corria à céu aberto, expondo à população à doenças contagiosas. A poeira das ruas sem pavimentação causavam problemas respiratórios, principalmente nas crianças e idosos. Tudo isso, conseguimos resolver em pouco tempo, colaborando para colocar Hortolândia entra as cidades com alto desenvolvimento humano”, destacou o secretário de Planejamento Urbano, Marcelo Zanibon.

Logo nos primeiros anos após a emancipação da cidade, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) passou a fornecer água potável a todas as residências de Hortolândia, o que acabou com o problema da falta d’água. Na parceria com a Sabesp, o município também caminha para 100% de esgoto coletado e tratado, pondo fim ao despejo de dejetos a céu aberto, em fossas ou nos mananciais.

A questão do asfalto foi ainda mais ampla, com a pavimentação gratuita de ruas e anistia a dívida que muito moradores possuíam referente à antigos planos comunitários de pavimentação. “Investimos pesado no desenvolvimento da cidade e na população. O IDH registrado pelo censo de 2010 só confirma isso”, avaliou Zanibon.

Melhoria nos índices de renda

De acordo com o Atlas 2013, nos últimos 20 anos, a renda per capita média de Hortolândia cresceu 55,42%. Passou de R$ 442,01 em 1991 para R$ 527,25 em 2000 e R$ 686,96 em 2010. No primeiro período, a taxa média anual de crescimento foi de 19,28% e 30,29%, no segundo.

Além disso, houve uma queda no índice de extrema pobreza, que é medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70, em reais de agosto de 2010. O índice, que era de 1,79%, em 1991, foi para 0,82%, em 2010. Em 2000, era 2,65%. No entanto, o índice de Gini, que mede o grau de concentração de renda, se manteve em 0,41, o mesmo de 1991. Em 2000, estava em 0,44.

“Houve uma melhora na renda com relação a 2000 por conta de políticas públicas implementadas pela Administração para atração de empresas, calibradas com planejamento econômico efetivado pela Secretaria de Indústria e Comércio. Dentre estas políticas públicas, vale ressaltar o programa de ‘Asfalto sem custo’, implementado em 2006, que representou uma transferência de renda efetiva para o munícipe no intuito de melhorar o consumo das famílias. É preciso entender que a melhora na renda significa mais possibilidade de consumo, mais alimento, mais lazer, mais capacitação, por exemplo”, explica Dimas Correa Pádua, secretário de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo. 

Avanços na educação

O documento mostra ainda que houve avanços na educação, no município. Entre 2000 e 2010, o percentual de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 75,79%. Entre 1991 e 2000, o aumento foi de 179,07%. Já a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do Ensino Fundamental cresceu 48,90%, entre 1991 e 2000, e 22,42% entre 2000 e 2010. 

No período de 2000 a 2010, cresceu 38,82% a proporção de jovens entre 15 e 17 anos com Ensino Fundamental completo. No período de 1991 a 2000, este acréscimo foi de 100,39%. A proporção de jovens entre 18 e 20 anos com Ensino Médio completo cresceu 213,27% entre 1991 e 2000 e 45,85% entre 2000 e 2010. 

Se, em 1991, 41,20% dos alunos entre 6 e 14 anos de Hortolândia estavam cursando o Ensino Fundamental regular na série correta para a idade; em 2000, já eram 60,98% e, em 2010, 73,20%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 7,75% estavam cursando o Ensino Médio regular sem atraso, em 1991. Em 2000, eram 24,94% e, em 2010, 41,59%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 9,51% estavam cursando o Ensino Superior em 2010, 3,05% em 2000 e 1,32% em 1991. 

Os dados mostram que, em 2010, 2,46% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingia 12,17%. Neste mesmo ano, 58,99% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o Ensino Fundamental e 38,40% o Ensino Médio. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 7,85% nas últimas duas décadas.

Para a secretária de Educação do município, Cleudice Baldo Meira, Hortolândia se destaca no IDHM, no quesito escolaridade, estando superior ao nível médio do Estado, por vários motivos: “Avançamos na ampliação de vagas e qualidade de ensino oferecidas às crianças da Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Implantamos Políticas Públicas Educacionais Inclusivas, unidades escolares em Tempo Integral e investimos em formação continuada aos professores e profissionais em educação”, explica. “Instituímos projetos e programas visando o desenvolvimento pleno de nossos educandos: o Hortolendo (festa literária que a Prefeitura realiza há três anos para promover a leitura entre as famílias no município), o PIFE (Programa Interação Família-escola), o PNAIC (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa), entre outros. O Município contribuiu para a instalação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e do SESI, incentivando e oportunizando a educação em todas as modalidades de ensino. Sabemos que a qualidade do ensino melhorou, mas ainda há muito que se conquistar; e vamos continuar persistindo no trabalho sério e compromissado em busca de uma educação de excelência”, ressalta Cleudice.

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