Oficina da Prefeitura ensina comunidade a reaproveitar materiais recicláveis
Exposição dos trabalhos acontece até sexta-feira (29/11), das 8h às 17h, no Creape
Sementes, folhas e cascas de árvores, garrafas de plástico (pet), caixas de leite do tipo longa vida e outros materiais recicláveis, que poderiam ter sido indevidamente descartados pelas ruas da cidade, viraram objetos decorativos, nas oficinas de artesanato, oferecidas gratuitamente à comunidade pela Prefeitura, por meio do Creape (Centro de Referência Ambiental Parque Escola), órgão da Secretaria de Educação. A um mês do Natal, um café da manhã, com ares natalinos, marcou, nesta segunda-feira (25/11), o encerramento dos trabalhos no ano, e a abertura da exposição do que foi realizado entre junho e novembro.
Guirlandas, anjos, bolas e árvores de Natal, arranjos florais e outros objetos multicoloridos ficam expostos, das 8h às 17h, no saguão do setor administrativo do parque, onde fica a Reciclasa, projeto que mostra ambientes da casa decorados com materiais reciclados. Sob os cuidados da educadora Inês Pilar de Matos, responsável pelas oficinas, o material foi produzido por pessoas entre 25 e 80 anos, a maioria integrante de grupos de ginástica chinesa (Lian Gong) também oferecida pela Administração, por meio do programa Viva Mais e Melhor.
De acordo com o gestor do parque, Carlos Evandro, um dos objetivos das oficinas é sensibilizar a comunidade sobre o cuidado com o meio ambiente e a correta destinação dos resíduos sólidos. “Além do caráter educativo, voltado à educação ambiental, que é a política pedagógica do Creape, fomos além. Para o grupo que participou, elas foram também espaço de socialização, terapia e melhora da auto-estima, que é a outra finalidade do parque. Somos uma escola de educação ambiental, mas também parque utilizado pela comunidade em atividades de lazer e práticas corporais”, destaca o educador.
Durante o evento, a primeira-dama e secretária de Educação, Cleudice Baldo Meira, destacou que atividades como esta estão alinhadas à política ambiental do governo, de conscientizar a população e fazer de Hortolândia uma cidade mais bonita, humana e acolhedora. “Fico feliz em ver os integrantes das oficinas tão empenhados em aprender e crescer. Junto com o que aprendem, surgem também as amizades. Vemos o amor que colocaram neste objetos. Está na flor, no anjo, na guirlanda. Isto dá continuidade ao que fazem”, destacou a secrtetária.
“Este é um trabalho de formação extremamente importante porque nos mostra como cuidar do nosso ambiente. Já passou o tempo de ver pessoas com carriolas despejando sofás e outros materiais em locais indevidos. Hoje isso é inaceitável. Por isso, oferecemos pontos de descarte consciente. É preocupação deste governo cuidar do ambiente e também conscientizar a população. Contamos com a ajuda de todos para manter nossa cidade cada vez mais bonita, um lugar melhor para se viver”, complementou Cleudice.
A diretora do Ensino Fundamental, Kelly Tamashiro, destacou as transformações pelas quais o Creape passou nos últimos anos, um sonho de quem mora no entorno. “Hoje é um espaço de qualidade de vida, e desejamos que seja bem aproveitado pela comunidade. As oficinas de artesanato só vêm a somar”, ressaltou.
“Estou muito feliz. Sinto que o objetivo foi alcançado. O grupo manteve-se empenhado e dedicado durante todo o período. A mudança de atitudes é nítida, seja em relação à questão dos recursos que antes eram descartados e agora são transformados, seja quanto à auto-estima dos participantes, que se sentem valorizados e capazes, após verem suas produções finalizadas”, comenta Inês, a educadora condutora dos trabalhos.
Francisca Araújo Pedrosa Cedro, mais conhecida como “d. Lili”, de 71 anos, uma das participantes, diz que adorou as oficinas. “Estou muito feliz com o que aprendi. Espero voltar para aprender mais. Antes, eu jogava fora muitas destas coisas que usamos. Hoje, vejo que o lixo tem muito valor”, declara.
Cláudio Eduardo Feliciano, de 41 anos, cadeirante, começou a frequentar as oficinas a convite da irmã aposentada, Sebastiana Feliciano da Silva, de 61 anos. Hoje, vê no que aprendeu, além de oportunidade de socialização, a possibilidade de geração de renda. “Foi maravilhoso. Aprendi coisas que não imaginava”, afirma, fazendo planos para trabalhar como artesão. “Já estou fazendo artigos em casa”, comenta.