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45.000 quilos de gelo são utilizados para concretar primeiro bloco de fundação da Ponte Estaiada

45.000 quilos de gelo são utilizados para concretar primeiro bloco de fundação da Ponte Estaiada

Estrutura dará sustentação ao pilar central da travessia, com 74 metros de altura, onde estarão conectados 16 pares de estais

Setecentas toneladas de concreto, 45.000 quilos de gelo e uma equipe de 100 pessoas foram necessários para concretar o primeiro bloco de fundação do pilar central da ponte estaiada de Hortolândia, em construção pela Prefeitura. A travessia sobre o Ribeirão Jacuba ligará as regiões Leste e Oeste do município, um investimento de R$ R$ 64,4 milhões. O prefeito Angelo Perugini acompanhou o trabalho, realizado na semana passada, junto com o prefeito eleito Antonio Meira.

Para realizar o serviço foi utilizado concreto do tipo resfriado, técnica que adiciona pedras de gelo à mistura em substituição a parte da água necessária ao produto. O objetivo é reduzir a temperatura do concreto durante o lançamento para equilibrar a temperatura da massa e evitar fissuras na estrutura, explica o engenheiro Anselmo Pereira Mello, coordenador de qualidade da empresa Paulitec, responsável pela obra.

No preparo da massa, 80% da água utilizada para fazer a mistura do concreto foi substituída por gelo. “A adição de gelo ao concreto é necessária em estruturas de grandes dimensões. Essa concretagem realizada do modo convencional poderia criar fissuras na estrutura e comprometer a vida útil do bloco de fundação, projetada para mais de 100 anos”, explica Mello.  

Para preparar este tipo de concreto, o gelo deve ser moído e armazenado em caminhões frigoríficos. Ele só deve ser colocado no caminhão betoneira momentos antes da carga. A temperatura inicial de lançamento é definida pelos técnicos e deve ser controlada durante toda a concretagem.

Após sair da usina, o lançamento do concreto tem que ser rápida, em no máximo uma hora. Para concretar o primeiro bloco de fundação foram necessários 35 caminhões com 8.000 quilos de concreto resfriado cada, um trabalho que durou seis horas.

Eixo de integração

A construção da ponte estaiada começou em julho deste ano. A previsão da Prefeitura é de concluir a obra até o final de 2013. O eixo de integração tem início na rua João José da Silva, no Jardim Santa Rita de Cássia, continuação da avenida Olívio Franceschini, e faz interligação com a avenida Projetada, extensão da Avenida Antonio da Costa Santos, no Jardim Nova América.

A ponte, com 700 metros de extensão e 16,9 metros de largura, fará a travessia sobre as lagoas de contenção de enchente, em construção pela Prefeitura às margens do Ribeirão Jacuba, na região do Jardim Carmem Cristina.

De acordo com Sebastião Roberto Ronquim, engenheiro civil da Paulitec Construções Ltda, o apoio do vão central da ponte terá dois blocos, com cinco tubulões cada. Da estrutura nascerá o imponente mastro com 74 metros de altura, onde estarão conectados 16 pares de estais.

O projeto da ponte estaiada é financiado pelo banco venezuelano CAF (Cooperação Andina de Fomento), que emprestou para a Prefeitura US$ 22,1 milhões. A operação financeira tem o aval do governo federal, avalista da Administração.

A ponte estaiada é uma das obras previstas no Plano Diretor de Sistema Viário, em implantação pela Prefeitura. O projeto, elaborado com a participação da comunidade, prevê pontes, viadutos, avenidas marginais, rotatórias e ciclovias que vão integrar a cidade e facilitar o ir e vir das pessoas pelos próximos 20 anos.

“Esta ponte vai reestruturar o sistema viário de Hortolândia e promover a integração da cidade com Campinas e Sumaré por meio do Corredor Metropolitano, que passará por ela. A travessia vai ligar a região do Jardim Amanda até o Novo Ângulo. É uma das principais obras que nosso governo deixa em andamento”, afirma o prefeito Angelo Perugini.

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