Proerd ensina crianças a se protegerem da violência
Alunos aprendem desde educação no trânsito até o uso de entorpecentes
Além de compreendida, a inocência da criança precisa ser protegida. É com esse objetivo que o Proerd (Projeto Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), realizado pela Polícia Militar em parceria com a Prefeitura Municipal de Hortolândia desenvolve um programa educacional com os alunos do Ensino Fundamental e Infantil da rede municipal.
Uma dupla de policias militares percorre as salas de aulas para aplicar atividades orientadas sobre violência. O objetivo é levar os alunos à participação e interatividade nas discussões e no desenvolvimento de habilidades que ajudam na solução de problemas e dificuldades.
“É imprescindível educar as crianças sobre o modo como molestadores em potencial podem tentar seduzi-las e o que elas podem dizer e fazer em situações perigosas. Ajudar as crianças a evitar situações arriscadas é muito importante”, afirma a instrutora do Programa, Maria das Graças Silva Camilo Camargo, carinhosamente chamada pelas crianças de ‘tia Gal’.
Segundo a aluna do Ensino Infantil, da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Remanso Campineiro, Isabela Soares Rodrigues dos Santos, de cinco anos, as tarefas que os policiais passam na sala são muito fáceis. “Eles colocam música e explicam que não pode aceitar nada de estranho e que temos que respeitar as regras do trânsito. É fácil cumprir as tarefas”, afirma ela.
Para os alunos do Ensino Infantil, os policias ensinam por meio de cartazes, músicas e brincadeiras. São 30 minutos por semana. “Tem uma história de um aluno que não quis aceitar um presente de uma amiga da mãe porque alegou não conhecer a pessoa e que disse ter aprendido que não era pra aceitar nada de estranhos”, conta a instrutora. No Ensino Fundamental, os policias atuam por meio de livros e palestras. São 50 minutos por semana.
Os policias que participam do programa passam por um processo de capacitação e avaliação. “É um trabalho voluntário dentro da policia. Os policiais interessados em participar do programa precisam ser avaliados até estarem aptos para desenvolver o trabalho junto as crianças”, afirma Maria das Graças. O programa existe desde 2004 no município.