Estação Jacuba de Hortolândia inaugura exposição sobre indígenas, neste sábado (02/09)
Mostra com 15 fotos de indígenas moradores na região será aberta às 13h
Os indígenas já habitavam o Brasil antes da chegada dos colonizadores portugueses. Por isso, são chamados povos originários. Eles exerceram uma grande influência na formação da nação e da cultura do país. Portanto, devem ser considerados legítimos cidadãos brasileiros. Para conscientizar o público sobre o respeito aos indígenas, o Museu Municipal de Hortolândia Estação Jacuba inaugura a exposição “Somos Um”, neste sábado (02/09). A Estação Jacuba está localizada na rua Rosa Maestrello, 2, Vila São Francisco. A exposição pode ser visitada das 9h às 13h. Durante a semana, a Estação Jacuba funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 16h.
A exposição apresenta 15 fotos de indígenas que moram na região. As imagens foram feitas pela fotógrafa Mayara Amorim, que é indígena da tribo tupi guarani. Mayara é integrante do Coletivo EtnoCidade, grupo formado por indígenas e não indígenas que atua na defesa dos direitos e da cultura dos povos originários que vivem no contexto urbano.
Mayara explica que a exposição surgiu 2022 com a proposta de desconstruir a barreira entre indígenas e não indígenas. “Muitas vezes, quem não é indígena trata os indígenas como se fossem estrangeiros em seu próprio território. As fotos mostram o cotidiano, os desafios e as conquistas dos indígenas, evidenciando sua diversidade, identidade e resistência. A exposição é para desmistificar a ideia que o índio vive só na aldeia. Fazer com que as pessoas encarem os indígenas de maneira normal. Os índios estão conquistando seu espaço na sociedade, ocupando cargos. O título da exposição se refere ao fato que como povo brasileiro somos todos um”, destaca a fotógrafa.
De acordo com dados do Censo de 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população índigena do Brasil é de cerca de 1,7 milhão de pessoas. Já na região de Campinas, a população indígena é de 3.250 pessoas, sendo que Hortolândia é o segundo município da região com o maior número de indígenas, 265.
NOVAS EXPOSIÇÕES
Com a estreia da exposição “Somos Um”, o secretário-adjunto de Cultura, Tim Mendes, ressalta que a Prefeitura quer fortalecer a Estação Jacuba como polo artístico-cultural da cidade. A ideia é que a partir de agora o espaço promova uma programação variada de exposições.
“A exposição ‘Somos um’ é muito importante, pois mostra a diversidade, a identidade e a resistência dos indígenas que enfrentam muitos desafios, sem abrir mão de suas raízes e sua história. As fotos nos convidam a refletir sobre nosso papel como sociedade. Sobre como podemos acolher e respeitar os indígenas, que são os verdadeiros donos desta terra. O Museu de Hortolândia Estação Jacuba que recebe essa exposição, também irá receber novas exposições nos próximos meses. O objetivo é trazer mais arte, cultura e conhecimento para a população. Queremos transformar o museu em um polo de difusão e valorização da nossa diversidade cultural, abrindo espaço para diferentes manifestações artísticas e culturais”, destaca o secretário-adjunto.
OUTROS ATRATIVOS
Além de conferir a exposição, o público pode conhecer um pouco da história da cidade no Museu Municipal de Hortolândia Estação Jacuba. O espaço ocupa o prédio da antiga estação ferroviária, que foi restaurado pela Prefeitura e inaugurado em 2014. O espaço guarda um acervo de objetos, fotos e materiais antigos relacionados à estação e ao município que estão agrupados em várias salas. Todos esses materiais são parte importante do patrimônio da cidade.
O museu fica ao lado da via férrea. Durante a visita, o público poderá ter a sorte de ver o trem passar e registrar o momento com fotos, selfies e vídeos. Por motivo de segurança, o museu orienta os visitantes a permanecerem na área externa cercada com grade para tirar fotos ou fazer vídeos da passagem do trem.
Após o passeio, o público pode ainda descansar e usufruir a área externa do museu, onde há árvores frutíferas (duas mangueiras e uma caramboleira) que oferecem sombras acolhedoras, principalmente nos dias de sol forte.
Outra atração verde é um exemplar da espécie de árvore popularmente chamada “árvore-do-viajante”, que foi plantada na época da restauração do prédio. A árvore está na entrada para dar as boas-vindas aos visitantes. A árvore tem estrutura e tronco parecidos com a da bananeira. Porém, seu fruto não é comestível.
Por ter folhas grandes, a árvore acumula água, que servia para matar a sede dos viajantes, motivo pelo qual recebeu seu nome popular. Outra característica é a copa em forma de leque. A espécie é originária de Madagascar. Seu nome científico é Ravenala madagascariensis.
O museu ainda oferece atrativos tecnológicos. Um deles é a câmera de monitoramento de trens que passam na via férrea. A câmera, do modelo 360º, funciona 24 horas. As imagens da câmera são exibidas em tempo real no canal no YouTube do grupo Railcam Brasil. O equipamento foi inaugurado em maio de 2022. Para que os visitantes possam fazer fotos, selfies e vídeos, o museu disponibiliza Wi-Fi, cujo uso é gratuito mediante uso de senha, que deve ser solicitada na recepção. O Wi-Fi é fornecido pelo grupo Railcam Brasil.