Modelo regional na Reciclagem de Entulhos, Usina da Prefeitura recebe visita de municípios paulistas
Gestores da capital paulista e de Guariba, na região de Ribeirão Preto, estiveram em Hortolândia, nesta quinta-feira (17/10), para conhecer boas práticas ambientais
A fim de conhecer boas práticas ambientais, gestores da capital paulista e de Guariba, na região de Ribeirão Preto, visitaram, na manhã desta quinta-feira (17/10), a Usina de Reciclagem de Entulhos da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Hortolândia. Considerada modelo regional na reciclagem e reaproveitamento de resíduos da construção civil, a URE Hortolândia abriga um centro de recepção, triagem, processamento e transbordo de materiais. O projeto é gerenciado pelo INAC (Instituto Nova Ágora de Cidadania), instituição parceira caracterizada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
O grupo veio conhecer de perto a experiência de Hortolândia na gestão de resíduos da construção civil, em especial o trabalho desenvolvido na URE e na ATT (Área de Transbordo e Triagem).
Durante a visita, o presidente da AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) da cidade de São Paulo, Silvano Silvério da Costa, e o secretário de Desenvolvimento Econômico de Guariba, na região de Ribeirão Preto, Daniel Louzada, foram acompanhados pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Aldo Aluízio Silva, e pela diretora de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo, Izabel Araújo.
AMLURB
A AMLURB é o órgão gerenciador dos serviços de limpeza urbana prestados na capital paulista, tais como lavagem de monumentos e escadarias, varrição de vias públicas, remoção de entulho e coleta de resíduos de saúde, domiciliares e seletiva. “Levo excelentes impressões da visita, sobretudo da boa governança desta área, feita pela OSCIP parceira, e do gasto pequeno, considerada a importância desta questão ambiental”, afirmou Silvério. “A Prefeitura pode melhorar ainda mais esta atividade, garantindo a sustentabilidade da área, o que representa não despender recursos municipais”, acrescenta.
A capital paulista vem estudando alternativas para triar e reciclar os resíduos da construção civil que, atualmente, após coletados pela limpeza urbana, vão para três aterros inertes. No entanto, segundo a AMLURB, há cerca de quatro mil pontos de descarte irregular que precisam ser eliminados. Em São Paulo, 4 mil das 11 mil toneladas de resíduos produzidas diariamente vêm da construção civil, revela Silvério. Deste montante, 35% são resíduos secos, 51% são orgânicos e 14%, rejeitos.
Com a troca de experiências, a AMLURB espera encontrar boas práticas que a ajudem a reciclar e reaproveitar o material que hoje é aterrado e poderia, após transformado, ser reutilizado em obras públicas.
Experiência de Guariba
Após ouvir falar das experiências positivas de Hortolândia com relação à gestão de resíduos da construção, o município de Guariba enviou representante à cidade a fim de conhecer esta e outras políticas públicas, consideradas “modelos regionais”, como o PROEMPH (Programa Municipal de Incentivo Empresarial de Hortolândia), da Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo. Na esfera ambiental, o objetivo do município é aprimorar o destino deste tipo de resíduos, que atualmente são reutilizados em obras públicas, mas ainda não recebem o processamento refinado feito em Hortolândia.
“Todos ficamos impressionados com a organização e a gestão da usina. É um projeto muito bom”, avalia Daniel Louzada, secretário de Desenvolvimento Econômico de Guariba. “Ano que vem é o derradeiro para resolver os problemas ambientais, sobretudo a dos resíduos sólidos.Na nossa cidade, temos um aterro sanitário muito bem organizado, mas estamos aperfeiçoando a parte dos entulhos da construção civil. Hortolândia é exemplo, é referência neste segmento, com uma usina muito bem preparada, equipada e organizada, de modo que está de parabéns”, complementou.