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Hortolândia é modelo para o País, na gestão de resíduos sólidos, afirma superintendente do Consimares

Hortolândia é modelo para o País, na gestão de resíduos sólidos, afirma superintendente do Consimares

Prefeito Antonio Meira abriu os trabalhos do Consórcio, realizados na Usina de Reciclagem de Entulhos da Prefeitura, nesta quinta-feira (16/05)

“Hortolândia, na questão dos resíduos sólidos, é modelo, não só para a região e o Estado, mas também para o Brasil. A usina da Prefeitura, em convênio com o INAC, faz o descarte correto dos resíduos, segue o que diz a Lei 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos). A cidade está de parabéns porque está fazendo o manejo correto dos resíduos e se preparou para isso. Além de fazer o manejo, faz uma conscientização e fiscalização e, nós, os outros municípios do consórcio, temos muito o que aprender com Hortolândia.” A declaração do superintendente do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da RMC - Região Metropolitana de Campinas), Valdemir Ravagnani, dá o tom da visita dos consorciados à URE-Hortolândia (Usina de Reciclagem de Entulhos), na manhã desta quinta-feira (16/05).

Com o intuito de conhecer o funcionamento da usina da Prefeitura, a reunião mensal do grupo técnico trouxe ao município cerca de 50 pessoas, entre técnicos ambientais e vereadores dos municípios consorciados. Constituído em 22 de janeiro de 2009, o consórcio, formado por Americana, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré, elaborou em 2012 um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da região.

O prefeito Antonio Meira deu as boas-vindas aos participantes, ressaltando o caráter inovador da usina na região de Campinas. “Todas as cidades passam por problemas na coleta dos restos de construção e Hortolândia saiu na frente com a conquista dessa usina”, afirmou. “Com isso, podemos oferecer para o morador da nossa cidade uma opção, a de trazer para cá o resto da construção civil, assim como para a Prefeitura. Ela também traz os resíduos para reciclagem e transformação e já utiliza a pedra brita na Operação Tapa-Buraco. Além de resolver um problema que acaba enfeiando a cidade, que são estes entulhos jogados nas calçadas na frente das casas, resolve este problema, embeleza a cidade, e também representa uma economia para a Administração,  que antes tinha que comprar este produto”, destacou Meira.

Integrante da comitiva, a diretora de Meio Ambiente de Capivari, Karen Angelin, ressaltou que o Consimares tem procurado propostas e soluções para a gestão de resíduos em todos os municípios. “Viemos conhecer para aplicar isto no âmbito do consórcio para todos os municípios participantes. A expectativa é muito boa para que a gente resolva este problema. Levo daqui uma experiência do pessoal muito boa. Vi a parte estrutural do maquinário, das pessoas que trabalham aqui, fazendo a separação dos tipos de resíduos que vem para cá”, assinala.

Para o diretor do Departamento de Proteção e Conservação Ambiental de Santa Bárbara d’Oeste, Cléber Carneiro, a usina serve de referência para toda a região especialmente para os municípios do Consórcio, em especial por ter sido montada por uma parceria público-privada, que, segundo ele, deve ser o modelo adotado em outros municípios. “Gostei muito do equipamento por ele conseguir trabalhar o material em diferentes granulometrias e em especial por ser usada mão de obra para um serviço social, que são pessoas de baixa renda que foram recolocadas no mercado. O projeto vai na linha do que a Política Nacional de Resíduos Sólidos pede, que é reciclagem e inclusão social”, destaca. 

José Ceron, Superintendente de Controle Ambiental de Sumaré, diz que o que mais chamou sua atenção foi a organização e a estrutura que a URE tem. “Eu conheço outras usinas e, recentemente, fui conhecer a usina do Delta A de Campinas e não gostei de como é feita a gestão, da operacionalização da usina. A de Hortolândia está muito à frente. Aqui não tem excesso de material. Lá, por conta do volume que chega de resíduos, eles têm um excedente muito grande, não tem a capacidade de processar todo o material e fica uma quantidade absurda de resíduos aguardando”, afirma. 

Hortolândia é modelo na gestão ambiental

Localizada na Estrada Municipal Sabina Baptista de Camargo, 4.183, no Parque Perón, a URE-Hortolândia é considerada estrutura modelo no Estado, com centro de recepção, triagem, processamento e transbordo. A usina é uma das ações incluídas no Sigah (Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Hortolândia). Na usina, tijolos, blocos, argamassa, concreto e material cerâmico que costumam ser descartados em lixões e aterros sanitários como “lixo da construção civil” são reaproveitados. Viram areia, pedriscos, pedras e bica corrida (um tipo de brita mais rústica) e podem ser reutilizados em obras. 

Outra ação em curso é o projeto “Reciclando Entulhos”, vencedor de concurso nacional, financiado a fundo perdido pela CEF (Caixa Econômica Federal). O projeto prevê a implantação de cinco PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), bem como ações de educação ambiental em toda a cidade, por meio da realização de 20 palestras educativas, distribuição de panfletos e cartilhas e divulgação através de outdoor. Em março deste ano, a Administração firmou convênio com o Governo do Estado e recursos do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) vão financiar a elaboração do Plano de Saneamento Básico de Hortolândia. 

Desde janeiro deste ano, a Administração faz campanha de educação ambiental de casa em casa junto aos munícipes e de coleta de eletroeletrônicos com 20 pontos de entrega voluntária distribuídos em estabelecimentos comerciais, escolas e outras instituições públicas. Existe também projeto para tratar os resíduos domésticos, transformando o passivo do lixo em geração de energia. O plano é montar uma usina de geração de energia a partir da utilização do lixo. A tecnologia está em estudo.

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