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Hortolândia é finalista no 6º Prêmio Ação pela Água promovido pelo PCJ

Hortolândia é finalista no 6º Prêmio Ação pela Água promovido pelo PCJ

Classificação dos vencedores será divulgada na solenidade de premiação no dia 27 de novembro

Hortolândia é finalista no 6º Prêmio Ação pela Água 2012, promovido pelo Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). O município disputa na Categoria Iniciativa Pública com projeto temático em educação ambiental sobre o “Complexo Estufa: Cisterna”, existente no Creape (Centro de Referência Ambiental Parque Escola).

O complexo, que reúne viveiro de mudas, composteira, espiral de ervas medicinais e cisterna, é utilizado como instrumento didático para mostrar a importância do aproveitamento correto da água da chuva. O Consórcio PCJ é uma associação de usuários de água composto por 43 prefeituras e 27 empresas.

Lançado em 2000 e realizado a cada dois anos, o Prêmio Ação pela Água tem como objetivo reconhecer as melhores práticas de gerenciamento de recursos hídricos nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e destaca iniciativas em quatro segmentos: Iniciativa Pública (órgãos da administração direta e indireta dos municípios e concessionárias dos serviços de saneamento), Iniciativa Privada, Sociedade Civil e Pesquisa e Inovação. A última edição aconteceu em 2008.

Disputa acirrada

Embora a lista dos vencedores de 2012 tenha sido divulgada em 17 de outubro, a classificação de quem ganhou os primeiros, os segundos e os terceiros lugares em cada um dos três temários das quatro categorias será conhecida somente na cerimônia de premiação, a ser conduzida pelos jornalistas Rosana Jatobá, da Rádio Globo, e Rui Gonçalves, da Globo News. O evento está marcado para a terça-feira, 27 de novembro, às 19h, no Espaço LeBlanc, localizado na Rua Futim Elias, 300, bairro Machadinho, em Americana (SP).

Trinta e oito dos 77 projetos enviados ao Consórcio PCJ foram indicados finalistas, após avaliação criteriosa feita por uma comissão julgadora externa, composta por representantes de entidades como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Puccamp (Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Fundação Florestal, IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas), Thesis Engenharia, CGHydros e Florespi (confira lista completa dos projetos finalistas no site www.agua.org.br).

Segundo o Consórcio PCJ, neste ano a disputa foi tão acirrada que houve empate em alguns temários. Foi o que aconteceu com o projeto de educação ambiental de Hortolândia, que disputa com o da Prefeitura de Extrema/MG (“Observando o Rio Jaguari”), do SAAE Indaiatuba (“Programa Vida: Valorização Indaiatubana da Água” e da Sabesp (“Projeto Gaia de Educação Ambiental - Atitude que transforma o meio”).

Lígia Cepeda, coordenadora de projetos do Consórcio PCJ, diz que o prêmio possibilita uma troca de experiências entre as instituições participantes. “Nosso objetivo é fazer uma integração das experiências que estão sendo realizadas na Bacia do PCJ. Além de compartilhar com outros municípios e localidades o que está sendo feito, o prêmio incentiva o surgimento de outras”, afirma. “Só com a soma de esforços é que podemos melhorar a realidade ambiental na nossa região”. 

Em matéria sobre o evento publicada no site, o Consórcio PCJ afirma que “mais que premiar prefeituras e empresas que nesses anos apresentaram soluções para a problemática envolvendo o consumo racional de água e o aumento da disponibilidade hídrica, o prêmio busca incentivar a pesquisa e a inovação na área de gestão de recursos hídricos”. O texto compara a disponibilidade hídrica das bacias do PCJ às das regiões desérticas, em épocas de estiagem, e com forte concentração populacional e industrial. “Devido ao eficiente gerenciamento dos recursos hídricos, e com ideias pioneiras de gestão implantadas, as bacias PCJ conseguem abastecer seus 5 milhões de habitantes, outros 9 milhões da grande São Paulo, pelo Sistema Cantareira, e ainda serem o terceiro pólo industrial do Brasil.”

Projeto Premiado

O “Complexo Estufa: Cisterna” está aberto à visitação do público em geral todos os dias da semana, das 6h às 20h. Quem freqüenta o Parque Escola e deseja conhecer o projeto premiado pelo Consórcio PCJ deve optar pela entrada que fica na Rua Edivaldo Diogo, 399, no Jardim Santa Clara do Lago I. É a mais próxima. Mas há também a que dá acesso à Administração do Creape, na Rua Bolívia, 290, no Jardim Santa Clara do Lago I.

Os interessados podem agendar visitas monitoradas que mostram na prática como se dá o reuso da água. Estas visitas são de segunda-feira a domingo, das 6h às 20h. Basta ligar para o telefone 3845.2645. Segundo o coordenador geral do Creape, Carlos Evandro dos Santos, o complexo é muito procurado por alunos das redes municipal, estadual e particular.

Embora tenha começado em 2010, com a construção do viveiro Embaúba, o projeto foi sendo realizado em etapas e passou a ser usado plenamente, na prática, neste ano. Depois do viveiro, veio a espiral de ervas, os canteiros de compostagem e, por fim, a cisterna que armazena água da chuva, usada para a irrigação.  

De acordo com a bióloga Ângela Júlia Ghiraldelli, responsável pelo projeto, o prêmio representa “a coroação do nosso trabalho. Na educação ambiental, a gente joga as sementes. O reconhecimento não é fácil, mas vale a pena, porque é possível mostrar na prática como fazer o reuso e o reaproveitamento da água. É um trabalho a longo prazo”, esclarece. 

No viveiro de produção de mudas, é possível acompanhar todos os ciclos da vida vegetal, da semente, ao nascimento e crescimento da planta. Na espiral com ervas medicinais caseiras, estão plantadas espécies muito conhecidas entre os brasileiros, como menta, hortelã, boldo, camomila, lavanda, coentro, manjericão, erva cidreira, babosa, espinheira santa, dentre outras. Construída ao lado de uma nascente, a cisterna tem capacidade para armazenar quatro mil litros de água da chuva, usada na irrigação dos canteiros. 

“O complexo que envolve o viveiro e a cisterna do Creape é mais uma ação do projeto de educação ambiental que a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, desenvolve. O parque possibilita a visita monitorada das crianças. É um ambiente onde as árvores estão identificadas. Lá elas podem acompanhar todo o processo de crescimento da planta, desde a semente até a árvore adulta. E, com a construção da cisterna, a comunidade pode aprender como fazer um melhor aproveitamento da água”, ressalta a secretária de Educação, Sandra Fagundes Freire.

SERVIÇO:

Creape (Centro de Referência Ambiental Parque Escola)

Entrada gratuita.

Aberto de segunda-feira a domingo, das 6h às 20h 

Entrada 1 (mais próxima ao Complexo Estufa): 

Rua Edivaldo Diogo, 399, no Jardim Santa Clara do Lago I.

Entrada 2 (mais próxima à Administração do Centro):

Rua Bolívia, 290, no Jardim Santa Clara do Lago II.

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