Prefeito vistoria usina de reciclagem de resíduos da construção civil que entrará em operação dia 30
Hortolândia implanta estrutura pioneira no Estado de São Paulo
O prefeito Angelo Perugini visitou a Usina de Reciclagem de Entulhos e Resíduos da Construção Civil que entrará em operação no final deste mês, em Hortolândia. Localizada no Parque Peron, a usina é o primeiro passo para a implantação do Sigah (Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Hortolândia). O investimento de R$ 3 milhões garante destino adequado ao lixo da construção civil, preservação ambiental, geração de emprego e renda. Hortolândia é a primeira cidade do Estado a implantar uma usina que reaproveita o lixo da construção civil com estrutura completa: centro de recepção, triagem, processamento e transbordo.
A usina já processa resíduos da construção civil em fase de teste. O espaço receberá restos de demolição, como fragmentos de alvenaria, cerâmica, concreto, lajes e pisos, além de argamassa, cal e cimento. Componentes de concreto ou cerâmica, como telhas, tijolos, blocos, entre outros, também poderão ser descartados no local.
“Com o processamento, estes materiais serão transformados em areia de diversas densidades e outros materiais que poderão ser utilizados na pavimentação de ruas, manufatura de blocos de concreto, produção de piso intertravado, implantação de guias, entre outras finalidades. Daremos uma nova utilização para materiais que normalmente vão para o lixo”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Aldo Aluízio Silva.
Técnicos realizam os ajustes finais para colocar a estrutura em operação. Além dos benefícios ambientais, a usina vai gerar cerca de 100 empregos para a execução das atividades internas de processamento de resíduos. A capacidade de produção da usina será de 160 toneladas de material por dia. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Hortolândia produz, em média, nove mil toneladas de lixo da construção civil por mês.
“Vamos resolver um problema ambiental que incomoda muitos moradores, que é o descarte irregular de entulho em terrenos baldios e locais impróprios. Com a criação da usina, Hortolândia demonstra efetivamente seu interesse pela recuperação e proteção ambiental. Queremos que a cidade desenvolva sua economia de modo sustentável, sem perder de vista a qualidade de vida. É com esse pensamento que trabalhamos para garantir coleta e tratamento de esgoto em toda a cidade, recuperar nascentes d´água, construir parque no entorno de córregos, tirar famílias de área de risco”, disse o prefeito.
A implantação da usina é uma parceria da Prefeitura com o Instituto Inac (Instituto Nova Agora de Cidadania), Fundação Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiam o projeto.
Além da área de processamento de resíduos sólidos, o projeto contempla espaço para instalação de empresas agregadas (que produzirão materiais a partir do produto dos resíduos), área de triagem, administração, espaço de lazer e um mirante. Além disso, a obra atuará na recuperação ambiental do espaço, atualmente degradado.
SIGAH
A usina é a primeira etapa do Programa SIGAH (Sistema Integrado de Gestão Ambiental de Hortolândia), desenvolvido em uma área de 179 mil metros quadrados, cedida pelo Governo Federal, no Parque Peron.
O projeto prevê também a construção de usina de processamento dos resíduos urbanos (lixo doméstico), cooperativa de reciclagem, usina de processamento de biodisel e pneus, viveiro municipal, centro de atendimento comunitário, central de caçambas e ecopontos. O programa terá capacidade para processar todo o resíduo produzido pelo município. A Prefeitura busca recursos externos para executar o restante do programa.