Menu


Decreto municipal contribui para realização de parcerias voltadas ao controle da leucena em Hortolândia

Decreto municipal contribui para realização de parcerias voltadas ao controle da leucena em Hortolândia

Prefeitura poderá a implantar o Plano Piloto de Controle da Espécie Invasora

Após decreto da Prefeitura de Hortolândia, assinado pelo prefeito Zezé Gomes no início deste mês, agora, é possível a realização de parcerias com entidades ou órgãos ambientais para estudos de estratégias básicas no manejo e controle da espécie leucena considerada “exótica” invasora.  O documento, que prevê o trabalho com outros órgãos e estabelece a implantação do “Plano Piloto de Controle da Espécie Invasora Leucena”, foi pensado a partir de um seminário ambiental realizado no ano passado.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Leucena (espécie Leucaena leucocephala), também conhecida por “sementeira” é considerada uma das 100 piores espécies invasoras do mundo. Ela se desenvolve facilmente e impede o nascimento de outras espécies. Esta ação "natural" afeta diretamente a arborização e a preservação de áreas verdes dos centros urbanos, por isso, a necessidade de desenvolver ações de combate. Alguns especialistas falam até no perigo da formação de um “deserto verde”, composto apenas por leucenas, em razão da sua capacidade de impedir o desenvolvimento de outras espécies.

"Mesmo possuindo legislações municipais que tratam da questão da arborização urbana, incluindo a lei municipal 1937/2007, que proíbe o plantio da espécie invasora em áreas públicas ou privadas, Hortolândia intensificou as ações no sentido de focar especificamente na leucena. A árvore está presente em diversos pontos da cidade, principalmente em áreas públicas às margens de córregos. O decreto fortalece a busca dessas  parcerias e de alternativas práticas para controle da espécie", explica a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimentos Sustentável, Eliane Nascimento.

O decreto

Logo após a definição das estratégias de manejo e controle, o decreto autoriza o estabelecimento das “melhores alternativas” para destinar os materiais remanescentes do corte das árvores, como galhos, raízes e sementes. Ao retirar as leucenas, as árvores destruídas foram enterradas, a fim de testar se a destinação foi correta. A nova norma prevê ainda a promoção e aperfeiçoamento de ações de prevenção, controle e erradicação da espécie, considerada “um problema no município e na região”. 

Seminário do Meio Ambiente

No ano passado, no Seminário de Meio Ambiente, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, evento que discutiu o desafio das Leucenas no cenário urbano e que reuniu ambientalistas da região, foram encaminhadas várias ações para o enfrentamento da proliferação da árvore na cidade. Entre os vários encaminhamentos estava a elaboração do decreto, publicado na semana passada. O PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) é um dos possíveis parceiros do município na luta pelo controle da espécie. Representantes do PCJ participaram do Seminário que discutiu a questão no ano passado.  

Plantio de árvores

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Hortolândia está desenvolvendo ações de recuperação das APPs (Áreas de Preservação Permanente). Nelas, é prevista a supressão de leucenas e posterior plantio de espécies nativas. No período de 2021 a 2024, está previsto o plantio de cerca de 80 mil árvores. As ações de preservação e de recuperação têm  sido intensificadas nos últimos anos em razão da implantação da política de sustentabilidade ambiental e urbana, que valoriza a abertura de Parques Ambientais e de novas vias, várias delas em trajetos que abrigam APPs, como é o caso do Superviário e do Lago da Fé.

 

voltar ao topo