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CRAM de Hortolândia registra aumento de 13,28% no primeiro semestre de 2022

CRAM de Hortolândia registra aumento de 13,28% no primeiro semestre de 2022

Centro de Referência e Atendimento à Mulher registrou 324 atendimentos, contra 286 no mesmo período em 2021

O CRAM (Centro de Referência e Atendimento à Mulher) “Debora Regina Leme dos Santos”, de Hortolândia, registrou no primeiro semestre de 2022 um aumento no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. É o que revela o balanço apresentado pelo Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Governo. Em 2022 foram registrados 324 atendimentos no primeiro semestre, um aumento de 13,28% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram anotadas 286 denúncias.


De acordo com a assistente social e coordenadora do CRAM, Josefa Teixeira, o aumento da demanda pode ser atribuído a alguns fatores, como por exemplo, a criação de novos canais de denúncias e o fortalecimento do trabalho de apoio às vítimas, incentivando que as mulheres busquem ajuda.


“Nos últimos anos houve a criação de novos canais de denúncia, peça importante para que as mulheres se sentissem confiantes para procurar as autoridades, denunciando o crime que estão sofrendo. Um bom exemplo destes novos canais de denúncia foi a implantação da delegacia eletrônica, uma vez que a mulher deixaria de passar pela exposição de ir até um balcão de distrito policial para relatar a violência sofrida. Outro ponto importante, em Hortolândia, vem sendo a atuação do CRAM, em conjunto com a Guarda Municipal, cujo trabalho se consolida ao longo dos anos e hoje transmite uma confiança a mais para as mulheres, para que possam denunciar com a total segurança que o caso exige. Outro ponto que merece ser destacado, é que agora a nossa cidade passa a contar com uma Delegacia de Defesa da Mulher, órgão importantíssimo e que vem para colaborar”, destacou Josefa.


Desde 2017, quando o órgão especializado foi criado, a equipe multiprofissional já socorreu mais de 2 mil mulheres, realizou e intermediou milhares de procedimentos, entre acolhimentos e atendimentos psicossociais; orientação jurídica à vítima; registro de Boletim de Ocorrência Eletrônico; acompanhamento ao IML (Instituto Médico Legal), a hospitais e UPAs-24h (Unidades de Pronto Atendimento); retiradas de pertences com apoio da Guarda Municipal; além de recâmbio para cidades de origem e famílias extensivas.


“O CRAM é uma estrutura essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que visa promover a ruptura de situações de violência e a construção da cidadania, por meio de ações globais e atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico e de orientação e informação) à mulher em situação de violência doméstica. Temos como premissa o atendimento humanizado. Procuramos estabelecer vínculos e relação de confiança porque, na maioria das vezes, as mulheres não nos procuram para fazer a denúncia com base na Lei Maria da Penha e, sim, porque necessitam ser ouvidas, desejam espaço para falar e desabafar, buscam alívio e conforto pessoal. Nosso atendimento acolhedor realiza escuta atenta e diferenciada com olhar sensível para as questões humanas e respeitamos a intimidade e as diferenças”, comentou a coordenadora.


REFORMA


Atualmente, para melhorar o atendimento, a Prefeitura de Hortolândia iniciou o trabalho de reforma e ampliação da sede do CRAM. Por conta da obra, o atendimento presencial passou a ser realizado no CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade) do Loteamento Remanso Campineiro - Rua Euclides Pires de Assis, 200.  “A nossa transferência de local não prejudicará em nada o atendimento às mulheres. Inclusive, contamos com o telefone e WhatsApp de plantão, que pode ser acessado pelo número (19) 97171-5655”, explicou Josefa.


A reforma e ampliação garantirão um novo conceito de atendimento no CRAM de Hortolândia. Dos atuais 248,65 m2 de construção, o espaço passará a ter 322,88 de área, um acréscimo de 30%. “Com a ampliação, o CRAM ganhará uma brinquedoteca, berçário, sala para a equipe técnica, sala de monitoramento e uma sala multiuso. Sem dúvida teremos um local muito mais acolhedor para atender a mulher e seus filhos que passam por uma situação de violência doméstica”, comentou a coordenadora.
O prédio do CRAM ganhará ainda um novo telhado, novo piso, reforma do sistema elétrico, hidráulico e uma nova pintura. Para isso foram destinados recursos na ordem de R$ 1 milhão, por meio de emenda parlamentar da então deputada federal Ana Perugini.

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